segunda-feira, 29 de julho de 2013

Alberto João Jardim com a t-shirt da organização terrorista FLAMA



O sobrinho e afilhado do representante da Acção Nacional Popular na ilha adjacente da Madeira e director do jornal Voz da Madeira, onde se arranjou um lugarzinho para o jovem escrevinhar umas crónicas a enaltecer o fascismo, depois de concluído o curso, à rasquinha e depois de muito tempo, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, confortavelmente hospedado numa casa da Mocidade Portuguesa, dispensado que foi de combater na Guerra Colonial e colocado num quartel da ilha adjacente da Madeira, departamento Acção Psicológica Militar, graças a uma vaga caída do céu e que lhe permitia dar aulas no liceu [há gente com muita sorte na vida], como ia a dizer, o sobrinho-afilhado quer fazer com as greves o que se deixou de fazer com as greves logo a seguir ao dia 25 de Abril de 1974, quando os sobrinhos-afilhados e os seus tios e pais e mães foram metidos no devido lugar.


sexta-feira, 26 de julho de 2013

PND monta tenda no jardim da casa do Governo




PND diz que condições de utilização das casas “gozam com os madeirenses”
Foi uma acção de protesto, promovida por 
elementos do PND e protagonizada por Hélder Spínola. O deputado montou “a sua tenda no relvado da casa de férias do Governo Regional no Porto Santo.”
O objectivo foi “protestar pelo facto de Brazão de Castro, ex-secretário regional e actualmente reformado, estar alojado com a família numa casa que é propriedade da Região Autónoma da Madeira, pagando apenas 20 euros por dia”.
O deputado explicou que antigo secretário regional, Brazão de Castro, a esposa, as filhas e outros dois familiares estão a pernoitar naquela casa no Porto Santo, propriedade da Região Autónoma da Madeira, desde o dia 11 de Julho, onde usufruem, a um preço simbólico, não só da casa mas também de um court de ténis, jardins e acesso directo à praia.
Hélder Spínola considera “inadmissível que, ainda mais num momento em que os madeirenses e porto-santenses suportam pesados sacrifícios, os senhores do PSD queiram continuar a usufruir de mordomias à custa do erário público. Depois de falirem a Região, criando uma dívida que desgraça a vida das famílias, os senhores do PSD não mudaram de atitude e julgam poder continuar a gozar com a cara dos madeirenses e porto-santenses. Só um sinal claro nas próximas eleições poderá mostrar, a estes senhores, que já não estamos disponíveis para, à custa da nossa desgraça, continuar a pagar os seus luxos”, acrescentou o deputado.
A tenda ficou montada durante todo o dia, desde a chegada dos três elementos do PND, à ilha, a bordo do Lobo Marinho, até ao regresso à Madeira, pelo mesmo meio.
Polícia identificou ‘campistas’
De acordo com o testemunho de Hélder Spínola, a PSP esteve no local, com três elementos, um deles seria o comandante da unidade do Porto Santo. A polícia identificou Márcio Amaro, Dionísio Andrade e o próprio Hélder Spínola. E mais não fez.
A PSP informou que não havia recebido nenhuma reclamação e que, por isso, se ia embora. Se houvesse alguma mudança, regressaria, o que não aconteceu até o PND desmontar a tenda e regressar à Madeira.
O deputado disse que, durante a sua permanência no relvado da casa da Região / Governo Regional, recebeu muitos incentivos. “Força, não saiam daí” terá sido uma das frases mais ouvidas. Outras pessoas levantavam o polegar, em sinal de apoio. Outras ainda, tiraram fotografias, que prometiam divulgar na rede Facebook.
Os manifestantes do PDN também receberam “a visita do senhor deputado José Pedro Pereira e de alguns colegas”. Um encontro sem quaisquer incidentes.
Quanto aos actuais hospedes da casa do Governo, Hélder Spínola disse que, os que passaram no local, cumprimentaram os elementos do PND e que os contactos se ficaram por aí.
*Com Élvio Passos

Fonte: DN Madeira

quarta-feira, 17 de julho de 2013

O que é que os outros deputados do PSD-M dizem disto ? Acham-se bem representados ? Têm medo ? Ou esperam pelo terramoto de 29 de Setembro para correrem com este juntamente com outros inertes ?


Jaime Ramos ofende mãe de Víctor Freitas


Foi José Manuel Coelho quem primeiro chamou a atenção da Mesa e do plenário, dizendo que, nas chamadas bocas, Jaime Ramos chamou prostituta à mãe de Victor Freitas, presidente e deputado do PS, mas usando outras palavras.
Coelho insistiu com Miguel Mendonça de que não deveria permitir tal tipo de comportamento.
Lino Abreu intervinha. Logo de seguida, Carlos Pereira qualificou de “inqualificável” a atitude e palavras do líder parlamentar do PSD e prometeu tomar medidas.
Jaime Ramos falou de seguida. Disse estar no parlamento desde 1980 e nunca ter seguido a estratégia em causa. Mas, desde 2007, com Victor Freitas e Carlos Pereira, que Ramos acusou de ofenderem todos os dias, Jaime Ramos prometeu: “Vamos responder na mesma moeda”.
Sobre os demais deputados disse ainda: “Ficam todos ofendidos como mulheres com honra, que não são”.
Victor Freitas garantiu que nunca houve um líder parlamentar do PS que não fosse atacado e ofendido por Jaime Ramos. Se dúvidas houver sobre a capacidade de Jaime Ramos: “Miguel de Sousa sabe muito bem”.
Miguel Mendonça interveio para dizer que, no seu lugar não consegue ouvir as bocas “rasteiras”, mas que é “absolutamente contra, venham de onde vierem".
Fonte: DN Madeira

José Manuel Rodrigues plagiou cartaz de Paulo Portas: Já não bastava o plagiador do Roberto Rodrigues de Câmara de Lobos?



Próximas eleições não se esqueça PPD/PSD Madeira! Madeira Nova


domingo, 14 de julho de 2013

Acto de protesto do PND visou "chamar a atenção para os piratas dos novos tempos"



A 'Nova Democracia' hasteou ao final da manhã uma bandeira pirata nas imediações da praia em frente à Quinta do Lorde como forma de protesto por este resort estar a exigir 15 euros a cada madeirense que queira aceder e utilizar como zona balnear aquele espaço do domínio público marítimo.
Com o objectivo de "chamar a atenção para os piratas dos novos tempos que se vão apropriando de recursos e de espaços que não são seus", Hélder Spínola e restante comitiva tentou chegar à 'praia privada', acedendo através da costa litoral, mas acabou por ser barrado por um segurança e um funcionário da unidade turística.
Ainda assim ficou o acto de protesto, com o deputado do PND a condenar a exorbitante tarifa cobrada e a acusar o promotor de querer  apenas "afugentar e afastar os madeirenses de um espaço que a Quinta do Lorde quer que seja seu e usá-lo em exclusivo para benefício próprio.
O PND promete não se ficar por aqui no que diz respeito a esta polémica. Hélder Spínola sustenta que foram já pedidos esclarecimentos à Capitania do Porto do Funchal, para se apurar "qual é o enquadramento legal que está a ser usado para permitir esta apropriação. Vamos aguardar e depois vamos ver que medidas a tomar", concretizou.
Fonte: DN Madeira

São sempre os mesmos. até parece os candidatos do PPD/PSD Madeira!


sexta-feira, 12 de julho de 2013

Alberto João Jardim está em todas menos na entrega de Listas do PSD.


Sobre a manifestação semanal do PCP

Ontem um grupo organizado do PCP, controlado por Ana Avoila e Mário Nogueira, interrompeu ilegalmente a sessão do Parlamento. Este grupo organizado do PCP foi descrito em alguns órgão de comunicação como “cidadãos”, “povo” e “pessoas”. A opinião pública ficou muito indignada com o que disse a presidente do Parlamento e com a possibilidade de passar a haver um controlo mais apertado nas entradas do público.

Com a verdade me enganas

CDS Madeira não vale um caracol




Acreditam no líder do CDS-M? Demitiu-se de vice de Portas, por interesse, e perante a irresponsável atitude do seu líder, correu para Lisboa, para uma reunião, onde só compareceu por inerência de cargo, e vaidade pessoal. Ao sair da Madeira, levianamente, disse que a demissão de Portas “é um acto de coragem e um exemplo de dignidade”?
O incoerente José Manuel Rodrigues “defende a saída imediata do partido da coligação governamental, abrindo caminho á queda do executivo e á intervenção do Presidente da República”. No dia seguinte, escreveu umas patacoadas no diário, que o CDS e o PS-M sustentam com dinheiro dos nossos impostos via ALM. Quis esbater as enormidades que proclamara, insultando a nova Ministra das Finanças, que nesse mesmo dia, foi tão elogiada pelo Presidente do BCE Mário Draghi. Falhou outra vez!
A verdade é que o CDS não é Portas. Velhos amigos confessaram não saber daquela decisão “irrevogável”, que fez o País recuar anos de sacrifícios, em termos de aumento das taxas de juro em todas as maturidades, e nas descidas acentuadas que se verificaram na Bolsa. Ninguém foi da opinião de JMR, nem mesmo o sacrificado colega Barreto. A chacota é qualificar a atitude cobarde de Portas de “acto de coragem e um exemplo de dignidade”. Portas que fizera juras de amor a Portugal, contaminou JMR que procede de modo igual com a Madeira.
Há pessoas sem vergonha. Mas há limites para tudo. Até para sobreviver. Esta atitude (a quarta) desrespeita regras básicas de ética e deontologia. JMR vive sobre brasas, atropela tudo e todos para ser candidato a qualquer poder. Para perder. Este CDS não vale um caracol. Com gente desmiolada, que mente, e não conhece a sua própria história. A sua existência deve-se a vários e ilustres senhores, com particular destaque para o saudoso e tenaz Dr. Baltazar Gonçalves e o Dr. Cabral Fernandes.
Desfaçam as dúvidas: se o CDS está vivo, teve a ajuda do Jornal da Madeira e do Director Alberto João Jardim. No Verão quente de 1975 todas as tipografias desta terra, recusavam imprimir um folheto que fosse desse partido. Temiam represálias dos comunistas. Abordado por responsáveis do partido, sugeri que esse material de propaganda fosse feito na tipografia do JM. Recorrendo a donativos anónimos, todo o material que foi impresso por decisão de Alberto João Jardim, era transportado no meu carro, depois da meia-noite, para um anexo do Hotel Voga, onde Sérgio Rodrigues e Manuel Fernandes Pereira mais conhecido por “Bolecas” o recepcionavam para posterior distribuição. Quem dirigia o CDS nessa altura, merecia apoio incondicional e teve-o. De muita gente conhecida. Democracia sem o CDS não era democracia. A situação de hoje é miserabilista e pacóvia
Não sei, que fazia José Manuel Rodrigues nesse tempo. Foi aprendiz de jornalismo, anos mais tarde, neste JM que tanto persegue. Passaram-se 38 anos. A história é simples. Que grande “acto de coragem e exemplo de dignidade” deram todos aqueles que foram ao primeiro comício do CDS em Câmara de Lobos. Era de gente desse gabarito que o CDS precisava.
Amaro da Costa, foi impedido por uma corja comunista de discursar. Coube a Cabral Fernandes substitui-lo no palco, sabendo que corria graves riscos. Foram necessários tiros da PSP para afastar os energúmenos que impediram a conclusão do comício. E houve porrada da grossa. Aí sim houve gente de coragem a enfrentar os desordeiros. Não conheci cobardes como alguns que andam por aí agora.
A liderança do CDS-M dessa época era de porcelana fina. Desenvolveu uma campanha sem tréguas, contra quem recorria à violência. Tinha talentos políticos, impolutos, acutilantes, carismáticos. Pessoas educadas, respeitáveis, pela nobreza da acção que desenvolviam na sociedade. Só esses foram heróis e pioneiros!
O que este CDS tem neste momento grave para a Madeira e para o País, são fanáticos do mediatismo, que não percebem nada de política, e salvo raras excepções, revelam uma gritante ausência de princípios. 
Não valem um caracol.

Fonte: Jornal da Madeira

Utentes do Lar de Idosos do PSD Funchal visitaram o Tribunal Judicial do Funchal.


Com três milhões de euros de prejuízo em 2012 e com 45 milhões de capitais próprios negativos, o 'Jornal da Madeira' vai ser reestruturado.

O título detido pela Região Autónoma da Madeira e com uma participação mínima da Diocese do Funchal voltou a registar prejuízos em 2012, no valor de três milhões e 57 mil euros, mais 300 mil do que em 2011. Juros, encargos bancários e imparidades estão entre as principais razões elencadas para justificar os resultados negativos de um jornal que já conta com 45,4 milhões de euros de capitais próprios negativos.
Face a estes resultados, que indicam a falência técnica do Jornal da Madeira, fontes próximas do jornal adiantaram que a indicação é de "reestruturar a empresa". Fonte social-democrata da região reconhece que "tem havido má gestão por parte das várias administrações".
O órgão de comunicação social, tutelado pelo Governo de Alberto João Jardim, tem custado aos contribuintes entre oito e 11 mil euros por dia nos últimos anos, tendo consumido 51 milhões de euros do erário público em 20 anos, estando agora a caminho dos 54 milhões.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Paulo Portas mandou copiar mais de 60 mil papéis do Ministério da Defesa, antes de sair do Governo. O que será que fez desta vez???


Cirúgico


Jeronimo de Sousa ao poder!!! lol


Paulo Portas és um vil um traidor! Quando o País precisava mais de si para manter a nossa credibilidade externa, o menino vai se embora por birra de ser o nº1, uma vergonha, deve ir para a prisão.


Nem dá para acreditar, José Pedro Pereira expulso da JSD.

O ex-líder da JSD-M, José Pedro Pereira, foi expulso desta organização de juventude. O próprio confirmou a decisão que lhe foi comunicada pelo conselho de jurisdição regional e que o processo se refere a afirmações que terá feito, dirigidas a dirigentes nacionais.
O ex-líder da JSD-M, que é deputado na ALM, não vai recorrer desta decisão, mas diz-se "estupefacto" em relação à decisão.
Fonte: DN Madeira

Como é que o PPD/PSD Madeira vai disfarçar o fracasso que foi o comício ontem no ilhéu de Câmara de Lobos?



O PAN entendeu beneficiar o Diário, através de publicidade com 11 mil euros nos próximos tempos. Resta saber quais os fretes que o mesmo Diário vai dar ao Partido dos Animais.


“Choca-me a maneira como afastamos os nossos militantes” A candidatura de Albuquerque à liderança deveria ter sido encarada como natural


Sara André foi deputada do PSD durante dez anos. Sobretudo nas questões sociais, discordou da partido e acabou fora das listas. Lamenta a forma como os militantes são afastados.
Depois da actividade associativa e da Assembleia, o que tem feito nos últimos tempos? Como técnica superior da secretaria regional da Educação fui mobilizada para uma escola de 1º ciclo onde desempenho funções de apoio ao Estudo, alimentação e recreio das crianças e outras que sejam necessárias do âmbito da escola. A nível associativo sou presidente da Associação dos Antigos Alunos da Uma, e da Assembleia Geral das Associações de Basquetebol e de Surf da Madeira e faço parte da direcção da Associação de Natação da Madeira. A nível pessoal além de ser mãe a 200%, estou a iniciar um projecto empresarial.
E ao nível político? A nível político continuo a ser militante de base do PSD-M, embora sem qualquer responsabilidade partidária.
 

Como foi a passagem pela Assembleia? Foi o que esperava? No início a adaptação foi difícil. Vinha de uma experiência associativa onde havia grande dinamismo, onde o tempo parecia ser insuficiente para tudo e trabalhava sempre sob pressão. Na Assembleia o quotidiano é muito diferente. Assumimos funções deliberativas, não executamos. Discutimos e aprovamos, não fazemos.
Não foi o que esperava? A inexperiência e a idade faziam-me crer que podia mudar o mundo. Não é assim. Cresci muito politicamente e infelizmente descobri que afinal a política não é só defender os interesses da população. Dei por mim a combater contra a demagogia e a partidarite, contra diplomas da oposição sem conteúdo ou sentido prático, apenas com títulos bonitos para a opinião pública. Mas nem sempre foi assim. Conseguimos estabelecer pontes com a oposição e houve matérias importantes que foram trabalhadas com todos os partidos e que chegaram a bom termo e isso é que tem de ser ressalvado. Considero no geral, que a experiência parlamentar foi muito positiva.
Chegou a ter algumas divergências com a sua própria bancada. Como foi? Dizer que tive divergências com a bancada não é correcto, pois isso significaria que estava contra todos os meus colegas de então. Nem sempre partilhei da mesma opinião de alguns, e transmitia sempre a minha, de forma frontal e não nas costas de ninguém. Se calhar essa era a diferença.
Essa rebeldia custou-lhe a continuidade no parlamento? Não sei responder a esta questão. Terá que perguntar ao presidente do meu partido que foi quem elaborou as listas.
Sentiu-se prejudicada no PSD-M por ter manifestado opiniões que nem sempre eram as da direcção do grupo e até da liderança do partido? Sempre encarei o PSD como um partido da liberdade, onde se tinha liberdade de expressão. A minha postura foi sempre igual ao longo de dez anos em que estive no parlamento e em outras funções partidárias. Leal aos meus princípios e leal aos princípios da Social Democracia.
Lealdade não é sinónimo de seguidismo. Obviamente, para mim, lealdade não tem o mesmo significado de seguidismo cego. Não me sinto prejudicada no PSD Madeira, porque fiz muitos amigos. Sei que continuo a ter o respeito de muitos dirigentes do meu partido e de outros e da população, por ser como sou. Para mim sentir que sou respeitada e que cumpri o meu dever com competência enquanto deputada ou dirigente política, é o mais importante. Sempre acreditei que ninguém é insubstituível e na política tudo tem o seu tempo. Certamente consideraram que não era uma mais valia para o lugar que ocupava e que haveria outros mais competentes do que eu. Aceitei a saída com naturalidade.
 

Nas questões sociais assumiu posições algo críticas em relação ao Governo, foi isso que marcou a sua passagem pela Assembleia e definiu a saída? Sinceramente, quero pensar que o que marcou a minha passagem pela Assembleia foi o facto de ter sido uma deputada preocupada e competente, que se preparava para os diplomas, que ia discutir, até à exaustão. Que os defendia com um discurso baseado no respeito, na verdade e na vertente técnica dos mesmos. Não gostaria de ser lembrada como polémica, até porque acho que os deputados devem proteger a imagem da casa da autonomia como é o parlamento. Uma coisa são as actividades políticas ou partidárias em comícios e acções no seio do partido, outra coisa é a postura parlamentar.
Uma postura que nem sempre é respeitada. Devo dizer que essa postura parlamentar desejável, é assumida por muitos deputados no parlamento da Madeira.
Como vê o momento político, regional e nacional? A crise e a austeridade justificam tudo o que se está a viver? Olho para todo este momento com grande preocupação, por mim, pelo meu filho e por toda a sociedade. Para além de uma crise económica e social, vivemos uma crise de valores onde a classe política está completamente desacreditada, o que é um perigo para a nossa democracia. O problema não é a crise - a crise tem de ser vista como uma oportunidade para a mudança, para a adaptação de toda a sociedade para uma nova realidade -, o problema é a austeridade extrema que limita todas as oportunidades que a crise possa trazer. 


Que alternativas tem a Madeira, com uma dívida gigantesca e um PAEF que limita tudo? A Madeira tem de olhar para o mundo e aproveitar os bons exemplos de como a crise foi ultrapassada noutros locais. Incentivar a inovação e as boas ideias, abandonar formas de estar e procedimentos totalmente desadequados aos novos tempos, aprender a trabalhar em parceria, cooperar e abandonar a visão da “nossa quintinha”, na minha opinião, esse deve ser o caminho. Mas este esforço tem de ser feito por todos, tanto pela classe política como a empresarial e associativa. 


Uma mudança de comportamentos complicada. A sociedade tem de se unir para ultrapassar as dificuldades com esperança. Este trabalho tem de ser feito com a maior transparência e honestidade, sem demagogia ou falsas promessas. Identificar e potenciar o que a Região tem de melhor, unificar e estabelecer pontes entre os diferentes sectores. Será difícil? Sem duvida, mas acredito que com a vontade de todos, tudo é possível.
E que futuro para o PSD-M? O Partido Social Democrata na Madeira é um partido forte e como muita gente de valor. Por vezes, confesso que me choca a forma como afastamos os nossos militantes mais válidos, em favor de pessoas que sempre criticaram este partido ou que nunca nada por ele fizeram. São chamados os “isentos” ou as “vozes da sociedade civil”. Pergunto eu: os nossos militantes não são também as vozes da sociedade civil? Será que os militantes também não são pessoas isentas? 
 

É preciso agarrar os militantes válidos? É importante saber ouvir todos, mas temos de acarinhar e não deixar “fugir” as nossas mais valias, aqueles que tudo dão ou deram para que este partido se tornasse o partido da liberdade, da autonomia e que defende a Madeira e os madeirenses acima de tudo. Continuo a pensar que o futuro da Madeira passa obrigatoriamente pelo PSD-M, e que, não apenas nos momentos chave, mas sempre, nos manteremos unidos em prol desta Região. Só temos todos de trabalhar para que isso seja uma realidade.
 

Como viu a disputa interna, entre Jardim e Albuquerque? Com alguma tristeza porque acompanhei alguns contornos. Por vezes quando estamos “de fora” temos outra visão das coisas. Todos têm legitimidade para se candidatarem à liderança de um partido. Para mim não era novidade nenhuma que Miguel Albuquerque o fosse fazer, como não deveria ser para ninguém pois este anunciou que o iria fazer, mesmo antes de o dr. Alberto João ter anunciado a sua candidatura novamente. Sei que por diversas razões, posturas, atitudes, etc, o dr. Alberto João foi prejudicado por pessoas que com ele estavam mais conotadas e isso ele não merecia. Ganhou, e isso tem de ser respeitado por todos.
 

Acredita que Alberto João Jardim cumpre a promessa de sair em 2014? Não ouvi essa promessa.
Como classifica o que aconteceu, nos dois últimos anos, na JSD-M, com guerras abertas entre dirigentes, acusações, ameaças e até incidentes mais graves? É a mesma organização de que fez parte? Sinto grande tristeza por tudo o que aconteceu. “Uma vez da Jota sempre da Jota”.
Uma situação para a qual chegou a chamar a atenção. Ainda me lembro que tentei avisar o perigo que se avizinhava para o partido. Cheguei mesmo a escrever um artigo de opinião no DN “aprendiz de feiticeiro”, mas acho que ninguém imaginou as proporções que as coisas iam tomar. Eu sabia, não tinha duvidas. Uma certa experiência no movimento associativo, no partido e a visão dos comportamentos, anteviam tudo o que se passou.
Também teve as suas divergências na ‘jota’ mas nada que atingisse este nível. Foi pública a minha divergência na JSD com o presidente de então, quando era membro daquela organização, mas devo dizer que houve limites e fronteiras que nunca foram ultrapassados. No final, um certo bom senso sempre imperou o que não aconteceu nos últimos tempos. Mas penso que tudo deve ser encarado como uma lição. Temos de aprender com os erros e essa aprendizagem é que fará com que a JSD seja e se torne uma organização mais forte. A JSD-M é uma organização política que deve preparar os jovens civicamente e isso é o mais importante e o que deve ser preservado.
 

Admite regressar à política activa? Em que condições? Eu considero-me uma militante de base activa. Pago as quotas do meu partido e continuo a defendê-lo. Mais do que as pessoas, o importante são os valores. O voltar a desempenhar funções, sejam elas quais forem, naturalmente, não depende de mim, mas de quem faz as escolhas. A disponibilidade depende, simplesmente, dos projectos que são apresentados e da liberdade de se poder trabalhar de acordo com o que acreditamos.
Fonte: DN Madeira