sexta-feira, 12 de julho de 2013

Com a verdade me enganas

CDS Madeira não vale um caracol




Acreditam no líder do CDS-M? Demitiu-se de vice de Portas, por interesse, e perante a irresponsável atitude do seu líder, correu para Lisboa, para uma reunião, onde só compareceu por inerência de cargo, e vaidade pessoal. Ao sair da Madeira, levianamente, disse que a demissão de Portas “é um acto de coragem e um exemplo de dignidade”?
O incoerente José Manuel Rodrigues “defende a saída imediata do partido da coligação governamental, abrindo caminho á queda do executivo e á intervenção do Presidente da República”. No dia seguinte, escreveu umas patacoadas no diário, que o CDS e o PS-M sustentam com dinheiro dos nossos impostos via ALM. Quis esbater as enormidades que proclamara, insultando a nova Ministra das Finanças, que nesse mesmo dia, foi tão elogiada pelo Presidente do BCE Mário Draghi. Falhou outra vez!
A verdade é que o CDS não é Portas. Velhos amigos confessaram não saber daquela decisão “irrevogável”, que fez o País recuar anos de sacrifícios, em termos de aumento das taxas de juro em todas as maturidades, e nas descidas acentuadas que se verificaram na Bolsa. Ninguém foi da opinião de JMR, nem mesmo o sacrificado colega Barreto. A chacota é qualificar a atitude cobarde de Portas de “acto de coragem e um exemplo de dignidade”. Portas que fizera juras de amor a Portugal, contaminou JMR que procede de modo igual com a Madeira.
Há pessoas sem vergonha. Mas há limites para tudo. Até para sobreviver. Esta atitude (a quarta) desrespeita regras básicas de ética e deontologia. JMR vive sobre brasas, atropela tudo e todos para ser candidato a qualquer poder. Para perder. Este CDS não vale um caracol. Com gente desmiolada, que mente, e não conhece a sua própria história. A sua existência deve-se a vários e ilustres senhores, com particular destaque para o saudoso e tenaz Dr. Baltazar Gonçalves e o Dr. Cabral Fernandes.
Desfaçam as dúvidas: se o CDS está vivo, teve a ajuda do Jornal da Madeira e do Director Alberto João Jardim. No Verão quente de 1975 todas as tipografias desta terra, recusavam imprimir um folheto que fosse desse partido. Temiam represálias dos comunistas. Abordado por responsáveis do partido, sugeri que esse material de propaganda fosse feito na tipografia do JM. Recorrendo a donativos anónimos, todo o material que foi impresso por decisão de Alberto João Jardim, era transportado no meu carro, depois da meia-noite, para um anexo do Hotel Voga, onde Sérgio Rodrigues e Manuel Fernandes Pereira mais conhecido por “Bolecas” o recepcionavam para posterior distribuição. Quem dirigia o CDS nessa altura, merecia apoio incondicional e teve-o. De muita gente conhecida. Democracia sem o CDS não era democracia. A situação de hoje é miserabilista e pacóvia
Não sei, que fazia José Manuel Rodrigues nesse tempo. Foi aprendiz de jornalismo, anos mais tarde, neste JM que tanto persegue. Passaram-se 38 anos. A história é simples. Que grande “acto de coragem e exemplo de dignidade” deram todos aqueles que foram ao primeiro comício do CDS em Câmara de Lobos. Era de gente desse gabarito que o CDS precisava.
Amaro da Costa, foi impedido por uma corja comunista de discursar. Coube a Cabral Fernandes substitui-lo no palco, sabendo que corria graves riscos. Foram necessários tiros da PSP para afastar os energúmenos que impediram a conclusão do comício. E houve porrada da grossa. Aí sim houve gente de coragem a enfrentar os desordeiros. Não conheci cobardes como alguns que andam por aí agora.
A liderança do CDS-M dessa época era de porcelana fina. Desenvolveu uma campanha sem tréguas, contra quem recorria à violência. Tinha talentos políticos, impolutos, acutilantes, carismáticos. Pessoas educadas, respeitáveis, pela nobreza da acção que desenvolviam na sociedade. Só esses foram heróis e pioneiros!
O que este CDS tem neste momento grave para a Madeira e para o País, são fanáticos do mediatismo, que não percebem nada de política, e salvo raras excepções, revelam uma gritante ausência de princípios. 
Não valem um caracol.

Fonte: Jornal da Madeira

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