quinta-feira, 21 de junho de 2012

PND oferece máquina a Ireneu Barreto para o ajudar a "branquear o sistema".Representante da República comporta-se como "avençado do Governo", diz Rubina Sequeira


O Partido da Nova Democracia (PND) ofereceu hoje uma máquina de lavar roupa ao Representante da República para a Madeira por "branquear o sistema", acusando Ireneu Barreto de se comportar como um "avençado do Governo Regional".
"O senhor Representante da República para a Madeira fez declarações miseráveis sobre o último relatório do Tribunal de Contas (TC) para a Região. Para ele, termos ultrapassado os limites de endividamento em mil milhões de euros não é importante, para ele termos encargos assumidos e não pagos de 2010 no valor de 1.400 milhões de euros é pouco relevante, ele próprio assumiu que nem leu o relatório, não obstante considera que a coisa não está tão má como as pessoas querem fazer parecer", afirmou a deputada do PND Rubina Sequeira, numa conferência de imprensa junto ao Palácio de São Lourenço, a residência oficial de Ireneu Barreto, no Funchal. A deputada disse que "ao PND parece que o senhor Representante da República se está a comportar como mais um avençado do Governo Regional e comporta-se como se a sua função fosse branquear o sistema". "Ora bem, senhor Representante da República, se a sua função é branquear o sistema o PND oferece uma máquina de lavar porque é uma função ingrata aquela que lhe compete, a roupa está mesmo suja", declarou Rubina Sequeira, convicta de que o equipamento "vai ajudar bastante" Ireneu Barreto "a desempenhar as suas funções". "Ele neste momento está só a branquear, ele comporta-se como se tivesse sido contratado para isso, ele assumiu não ter lido o relatório e trata de adoçar aquilo que é amargo para todos nós", adiantou a parlamentar.
Na terça-feira, Ireneu Barreto considerou que o parecer do Tribunal de Contas (TC) à Conta da região relativa a 2010 "não é tão mau como querem fazê-lo parecer". "Eu vou lê-lo, como faço em relação a tudo o que interessa à região, mas tanto quanto eu me apercebi das notícias que vi na comunicação social o relatório não é, na minha perspetiva, tão mau como parece que querem fazê-lo", declarou. No dia seguinte, em comunicado, Ireneu Barreto esclareceu que as suas declarações foram uma reacção a uma notícia que tinha acabado de conhecer onde se afirmava que a Madeira corria o "risco de ficar sem verbas do Orçamento de Estado". "Jamais o Representante da República desejou pôr em causa o trabalho do Tribunal de Contas, órgão que muito admira na sua atividade de garante do rigor e da disciplina financeira e orçamental", acrescentou.
No parecer do TC à Conta da região de 2010, divulgado a semana passada, lê-se que os encargos assumidos e não pagos da administração regional direta e indireta da Madeira foram em 2010 de 1.455,7 milhões de euros, valor que deve ser corrigido em alta devido a compromissos não reportados. O parecer, elaborado pela Secção Regional da Madeira do TC, acrescenta que a região "ultrapassou o seu limite de endividamento em 1,05 mil milhões de euros".
Fonte: DN Madeira

segunda-feira, 18 de junho de 2012

A Assembleia Legislativa da Madeira vota louvor à rainha de Inglaterra

A Assembleia Legislativa da Madeira vai votar a manhã um voto de louvor apresentado pelo PND à rainha de Inglaterra pelo seu Jubileu de Diamante. No documento, enviado pelo chefe de Gabinete da Presidência da ALM, a deputada única da Nova Democracia lembra "a ligação ancestral da nossa ilha com o Reino Unido", afirmando ser reconhecida a saudável influência sócio-cultural, económica e cultural da laboriosa comunidade britânica estabalecida há séculos na nossa região".

Assim, Rubina Sequeira propõe que a ALM celebre o 60.º aniversário de coroação da rainha, através de um singelo voto à sua longevidade.

O PND aproveita a ocasião, numa altura em que o desemprego atinge "números exorbitantes e nunca vistos ", para exaltar aqueles que, "certamente com muito esforço e por mérito próprio, contra ventos e tempestades, conseguem manter o seu posto de trabalho".

"Deus salve a rainha da Inglaterra e que a sua ilha seja sempre o farol da liberdade democrática e do respeito pelas instituições parlamentares", conclui a Nova Democracia.

Fonte: DN Madeira

Quem escreveu este artigo de opinião: Um padre de sacristia? Um cunhado do advogado do Bispo? Ou o autor de um blog de maledicência?

Fonte: DN Madeira

Portugal segue em frente no Euro2012 e joga quinta-feira contra a República Checa.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Jesus Expulsa o Diabo da Igreja. Por Hélder Spínola


O Diabo fez os madeirenses acreditarem que possuía o poder de transformar pedras em pão e, com isso, fez da Madeira um autêntico inferno. Desesperados por fugir ao demoníaco e escaldante deserto em que o Diabo transformou a Madeira, os madeirenses acorreram aos templos da Igreja em busca de alguma frescura. Mas o Diabo é persistente e maneja com destreza a tentação. A Patrulha Pelo Diabo (PPD) cercou os templos com discursos enganadores dizendo que as duras pedras que temos diante de nós são pães quentinhos acabados de sair do forno. Manhoso como é, para além de assaltar os adros, o Diabo encontrou forma de fazer circular a sua palavra no interior dos templos sagrados. Com o dinheiro dos madeirenses (porque o Diabo não faz milagres, é tudo à nossa conta), imprimiu o JM (Jornal da Malandreira) e enganou uma inocente devota a introduzi-lo no interior da Igreja através da sacristia.

Por sorte, naquele dia, Jesus Cristo desceu novamente à Terra para tocar, com a palavra de Deus, o coração dos madeirenses que enchiam as igrejas em busca de algum conforto e paz. Ao deparar-se com a presença da palavra e da tentação do Diabo na Casa do Senhor (naquele momento os paroquianos liam no JM um tal de Teixeirinha que tratava os sacerdotes por padrecos), levantou um dedo e indicou a saída. Atrás desse movimento seguiram todos os Jornais da Malandreira e só pararam no ecoponto mais próximo para serem reciclados em papel higiénico. Ao ouvir a vozearia demoníaca que a Patrulha Pelo Diabo (PPD) levantava no adro, fez surgir um vendaval que varreu para fora dos seus domínios o mal que havia tomado conta da Madeira e da Igreja.

Diário de Notícias da Madeira, 15 de Junho de 2012

"Povo superior "ou "patas rapadas"

PND entrega verba do jackpot à Associação de Deficientes

A deputada do PND, Rubina Sequeira, entregou esta tarde um cheque no valor de dois mil euros à delegação regional da Associação Portuguesa de Deficientes. Este montante, que servirá para pagar parte de uma prótese no valor de 7 mil euros, sairá do chamado 'jackpot', as verbas que todos os meses são transferidas da Assembleia Legislativa da Madeira para os cofres partidários.

A este propósito, Rubina Sequeira deixou um recado: "O Governo Regional diz que não há dinheiro e que continua à espera que o Governo da República nos mande dinheiro, mas há dinheiro aqui, na Região. Estão é a investir mal o nosso dinheiro. O PND é um partido pequeno, tem despesas e funcionários como os outros partidos, paga impostos e multas, mas ainda assim sobra dinheiro para dar. Eu gostaria de perguntar ao CDS o que é que faz aos 30% da subvenção que prometeu que ia abdicar ou dar à população".
 
Fonte: DN Madeira

Há lodo no cais!

O Porto do Funchal, que graças  a Jardim  funciona em monopólio, anda desde há anos, pelos piores motivos, nas páginas dos jornais. E cheira mal que tresanda. Não pelas águas, mas por todo o ambiente que o envolve. Pelo lodo que salta por todo o lado.

Portugal pode perder com a Holanda e passar, mas também pode golear e ser eliminado.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

"Madeira Nova", a teia.


Em política, disse Salasar, o que parece é. Na Madeira de Jardim, velho admirador dp ditador, é igual: também o que parece é. Ou o que é, parece. Umas tantas famílias tomaram conta da administração pública regional. São todas ligadas ao PSD Madeira. Parece uma teia.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Gostaria de saber, o que esta “canalha” vai escrever, depois da queda do regime jardinista?

Porque será que a RTP Madeira não filmou os bombeiros vaiaram no final o presidente do Governo? Nem disse que o mesmo foi apupado pela população da Ribeira Brava?



Alberto João Jardim foi apupado e vaiado pelos Bombeiros da Corporação da Ribeira Brava quando abandonava o local onde Inaugurou uma das Pontes destruidas pelo 20 de Fevereiro de 2010.


Os Bombeiros protestavam com a sua presença por terem 3 meses de salários em atraso e por estarem a ser pressionados e coagidos pelo Governo para reduzirem os seus ordenados em quase 25%, com efeitos nos meses em atraso...
Este protesto vem demonstrar o estado de calamidade e as grandes dificuldades em que vivem muitos milhares de Madeirenses que têm ordenados em atraso, vêm os seus salários serem cortados e são arrastados para o desemprego, para a miséria e para a fome.





"Desde quando a "patarapada" fala com doutores?" Alberto João Jardim. Presidente do GR. Bonita imagem para quem tem o dever de representar todos os Madeirenses. Ou será que somos todos doutores?

sábado, 9 de junho de 2012

Carta aberta a quem de direito. Por Bernardino da Purificação

Vá lá, dr. Jardim. Atreva-se. Mostre a ousadia que tem. Afronte o situacionismo nacional que tanto tem denunciado. Decida-se. Mergulhe de cabeça na política a sério. Não quer fazê-lo? Compreendo. A maçonaria não deixa. A comunicação social também não. O eixo Lisboa-Cascais muito menos. E o bloco central dos interesses anda mesmo à espera de lhe dar uma boa coça. Sendo assim, faça-nos um favor. Acabe com as rábulas. Deixe-se de ameaçar muito e fazer muito pouco. E, já agora, perceba de uma vez por todas que o seu lugar é aqui. Nesta política pequenina onde só há lugar para quem manda. Nesta refrega de campanário mais ou menos acomodada ao polimento lustroso dos seus modos, à sereníssima expressão da sua vontade, à suavidade aveludada do seu estilo.

Note. Quem, como vosselência, tem a seu crédito a proeza de criar dependentes como quem faz o milagre da multiplicação dos servos não pode pura e simplesmente virar as costas e zarpar para outras paragens. Não só é preciso cuidar dos órfãos, como parece pouco cristão puxar o tapete aos comensais que, a seu convite, se sentam consigo à mesa do nosso orçamento. Pode ser que lhe doa. E acredito até que isso lhe possa trazer imensa infelicidade. Mas acredite, meu caro dr. Jardim: a política madeirense é um cálice que vai ter de tragar até à última gota. Porque o futebol profissional precisa de si. Porque a política de transportes marítimos não o dispensa. Porque as vias litorais e expresso, e as demais correlativas ou congéneres criaturas, exigem o aval da sua presença. Porque as sociedades de desenvolvimento não aguentam o amparo único do notável estadista que chamou para seu vice. Porque há mais meia dúzia de centros cívicos por fazer. Uma mancha de laurissilva por destruir. Um pedaço de frente-mar por descaracterizar. Uma ilha para continuar a esburacar.

Santa paciência, dr. Jardim. Conforme-se ou não com a tristeza da perspectiva, vossa mercê não tem outra saída. O seu lugar é junto dos seus. De maneira que lhe peço encarecidamente: deixe-se de fitas. Trabalhe. Comece a preocupar-se mais com as competências que tem e menos com as que diz que ainda lhe faltam. Dê atenção à crescente pobreza que já nem consegue esconder-se. Analise como deve os trágicos números da escola que nos envergonha e hipoteca o futuro. Repare que as desigualdades aumentam apesar das carradas de euros que nos caem em cima. Olhe com atenção para as dificuldades do nosso tecido empresarial. Observe o desemprego que sobe. As falências que aumentam. O turismo que soluça. Em suma, comece a governar com os meios que tem. Demonstre de forma positiva e em actos que é vantajoso para todos aprofundar e alargar a autonomia que temos. E deixe-se de subterfúgios. E acabe com as rábulas. E ponha termo aos números de mau circo em que incorre cada vez que deixa cair a sugestão de que é desta que vai atirar-se à política nacional.

Ou então, dr. Jardim, decida-se de uma vez e vá. Mande às urtigas os dependentes dos milhões da bola. Marimbe-se para os que têm feito consigo a Madeira Nova de realizações notáveis, obras discutíveis e exclusões evitáveis. E, ao menos uma vez na vida, tenha a coragem de assumir riscos. Como sou tão modesto a pedir como indigente a pensar, só lhe peço que resista à tentação de participar activamente na escolha do seu sucessor. Não é por nada. Mas suspeito que a paródia seria assim bastante maior.

A Madeira deixou de ter autonomia político-administrativa desde 27-01-2012, porque perdeu importantes competências no domínio financeiro

Compare-se:

« 3.º O plano quadrienal da Junta Geral será remetido, com os seus documentos e a cópia das actas das reuniões em que foi discutido, à Presidência do Conselho, e depois de aprovado em Conselho de Ministros, com as modificações que forem tidas por convenientes, só poderá ser alterado pelo mesmo processo.»

(art. 27.º do Estatuto dos Distritos Autónomos das Ilhas Adjacentes, 31-12-1940)

«1. O Governo Regional da Madeira compromete-se a submeter para análise do Ministério das Finanças, até março de 2012, a proposta de orçamento da RAM para 2012 antes da sua aprovação pelo GRM para efeitos de submissão à Assembleia Legislativa da RAM. As propostas de Orçamento para os anos de aplicação deste Programa serão analisadas pelo Ministério das Finanças no mês de Outubro do ano anterior ao exercício a que dizem respeito.

[… até ao 11.º do capítulo Processo orçamental e gestão da dívida]»

(Plano de Ajustamento Económico e Financeiro da Região Autónoma da Madeira assinado pelo presidente do Governo Regional da Madeira e pelo secretário regional do Plano e Finanças, 27-01-2012)

Público, Lisboa, 13 de Setembro de 2011, 1.ª página:

«Dívida de cada madeirense é de 30 mil euros, o dobro da média de todo o país»




Euro 2012: Portugal estreia-se frente à Alemanha e quer apagar «má imagem»

Recomenda-se uma leitura

Este já aprendeu com os outros. Será que o avião foi de lado? Ficou alguém para tratar dos cães?

José Manuel Coelho já está em Londres a convite do jornal “PALOP News”, integrada nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Durante 4 dias o Deputado do PTP fará vários contactos com a comunidade Portuguesa, e em particular, com a comunidade Madeirense radicada no Reino Unido.

O Grupo Parlamentar do PTP explica que, apesar de a viagem se dever ao facto de Coelho ser Deputado, não traz qualquer encargo para o Partido ou para o Grupo Parlamentar. Todas as despesas ficam a cargo da entidade organizadora desta deslocação, o jornal de notícias em Português no Reino Unido, “PALOP News”.
A visita enquadra-se nas comemorações do Dia de Portugal. O Deputado José Manuel Coelho tinha tratamento VIP, contudo recusou e optou por um percurso no meio da multidão, que, de acordo com a organização, rondará as 20 mil pessoas.
José Manuel Coelho tem previstas visitas aos principais pontos onde existem Madeirenses, associações e estruturas de apoio à comunidade, entre elas o Clube Santa Cruzense de Londres. O Deputado deslocar-se-á também a estabelecimentos comerciais de Madeirenses e visitará um local em Londres conhecido, entre a população Madeirense, como “Little Portugal”.
Aliás, é de realçar que, as comunidades Madeirenses são as que mais se envolvem na comemoração do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. No dia 9 de Junho, Coelho dará uma entrevista exclusiva ao jornal “PALOP News”.
José Manuel Coelho diz que a comunidade Madeirense está descontente com o Conselheiro que, supostamente, a representa. O Deputado afirma que, quem compõe o Conselho das Comunidades, deve ser eleito pela respectiva comunidade e não um elemento imposto pelo Governo Regional da Madeira.
Abaixo encontra-se a agenda completa desta deslocação enviada pela organização do evento.
7/6/12 – 4pm – Chegada do Deputado José Manuel Coelho a Gatwick.
7/6/12 – 8pm – Jantar com o Deputado José Manuel Coelho no Restaurante “Grelha Douro”. 151-153 South Lambeth, London SW8 1XN.
8/6/12 – Manhã – Passeio por Londres. Passagem por pontos turísticos com motorista Madeirense.
8/6/12 – 1pm – Almoço no Restaurante “Cantinho de Portugal”, 137 Stockwell Road – London SW9 9TN.
8/6/12 – Durante a tarde – passeio por Wilcox Road, South Lambeth Road, Wandsworth Road, visita às instalações da Associação Cultural, visita ao Clube Stª Cruzense, Visita a Brixton (mercado) e à Vauxhall.
8/6/12 – 8pm – Jantar no “O Torto” (Lusobrasileiro), 137 Barking Road – Canning Town London E16 4HQ.
9/6/12 – 2pm – Almoço – “Mandarim Chinese Restaurant”, Queens Way.
9/6/12 – 4pm – Entrevista com José Manuel Coelho. Local a anunciar.
9/6/12 – 8pm – Jantar no Restaurante “Mar Azul”- 124 Clapham Road, London SW9 0LA.
10/6/12 – 10am – Chegada ao recinto do Dia de Portugal.
10/6/12 – 2pm – Almoço no recinto (são esperadas cerca de 20 mil pessoas).
10/6/12 – 8pm – Jantar no Restaurante “A Toca” 343 Wandsworth Road London SW8 2JH.
11/6/12 – Parte da manhã – Regresso dos convidados ao aeroporto com destino ao Porto e Funchal.

Fonte: Site pago pelo outro

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Ora ai está uma dedicatória ao Sr. Mijinhas

Conheça os números das PPP












A renegociação das parcerias público privadas é um dos pontos em que a troika mais tem feito pressão para que haja mudanças. Não surpreende: conforme os números provam, a situação é insustentável.


Ler mais: http://visao.sapo.pt/conheca-os-numeros-das-ppp=f668747#ixzz1xE23AcBfO Governo decidiu avançar com a renegociação das parcerias público privadas (PPP) que, nos primeiros três meses do ano, custaram ao Estado 323,8 milhões de euros.

O ministro das Finanças, Vítor Gaspar, está à espera de que lhe seja entregue a auditoria a 36 daquelas parcerias, trabalho de que foi encarregada a consultora Ernst & Young, para dar início às revisões de contratos. Segundo o governante, a auditoria deverá ficar concluída no final de junho. Este é, aliás, um dos pontos em que a troika mais tem feito pressão para que haja mudanças. Não surpreende: conforme os números provam, a situação é insustentável.

Ler mais: http://visao.sapo.pt/conheca-os-numeros-das-ppp=f668747#ixzz1xE1piwzj

Por pôr em risco o pluralismo e a concorrência da imprensa regional. ERC obriga Jornal da Madeira a alterar estatuto editorial

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), em reunião do conselho regulador realizada na quarta-feira, decidiu notificar a administração da Empresa do Jornal da Madeira, Lda, a proceder à alteração do estatuto editorial deste matutino controlado pelo Governo Regional da Madeira.

A ERC entende que existe uma “evidente desadequação do estatuto editorial do Jornal da Madeira a um órgão de comunicação social detido maioritariamente pelo Estado”, além da sua desconformidade com a Lei de Imprensa, no que respeita à “definição clara da orientação e objectivos daquele jornal, o que constitui contra-ordenação, punível com coima”.

Dando um prazo de 40 dias a partir da notificação da deliberação, para a gerência do JM remeter à ERC o novo estatuto editorial – elaborado pelo director do jornal e ratificado pela entidade proprietária, com parecer do conselho de redacção –, o conselho regulador adverte os administradores desta empresa que “serão pessoalmente responsáveis pelo cumprimento desta decisão, designadamente em termos de responsabilidade criminal por prática de crime de desobediência”.

Contactado pelo PUBLICO, o director do JM, Henrique Correia recusou comentar a deliberação da ERC, cuja aprovação foi confirmada por um membro do conselho regulador. Alegou que não tinha ainda sido notificado do verídico final ao processo no decurso do qual a administração do jornal e o Governo Regional foram ouvidos.
Sem consequências concretas

A nova deliberação foi tomada na sequência de uma nova queixa que a empresa Diário de Noticias da Madeira (EDN-M) entendeu apresentar contra a Região Autónoma da Madeira e a Empresa do Jornal da Madeira, em que argumenta que o instrumento de regulação escolhido pela ERC para afrontar os graves perigos identificados em anterior decisão, aprovada em Outubro de 2010, “não possui carácter vinculativo, nem visa provocar qualquer alteração na esfera jurídica das denunciadas” que não procederam à alteração do estatuto editorial.

“De nada serviu a correcta identificação dos perigos para o pluralismo e para a subsistência da EDN-M, considerando que nenhuma consequência concreta se extraiu dessa constatação”, frisa a segunda queixa da empresa proprietária do centenário matutino, de que é principal accionista o grupo Blandy. Lembra que “todas as práticas que foram observadas e condenadas na [anterior] deliberação persistem, nomeadamente: a distribuição gratuita de um jornal com o formato de jornal pago; a discriminação na atribuição de publicidade; a manutenção do estatuto editorial e a instrumentalização do Jornal da Madeira pelo Governo Regional; o financiamento discriminatório e ilimitado que permite viver à margem das regras normais do mercado e asfixiar qualquer concorrente”.

Separação Igreja/Estado

Na deliberação de 2010, a ERC instava a Região Autónoma, enquanto sócia maioritária da Empresa Jornal da Madeira, Lda, a reformular o respectivo estatuto editorial. Tal derivava do facto de o dito estatuto editorial caracterizar o Jornal da Madeira como “um diário de perspectiva cristã aberta a um são pluralismo ideológico, na fidelidade ao Evangelho”. Para o conselho regulador que rejeitou a argumentação da empresa – que em sua defesa invocou o passado histórico do jornal fundado pela diocese, que é ainda sócia minoritária, aquela situação “não se configura conforme, num jornal editado por uma empresa pública, ao princípio constitucional da separação entre as igrejas e o Estado”.

A Lei de Imprensa, lembra a ERC, estatui que o estatuto editorial de uma publicação periódica informativa deverá definir “claramente a sua orientação e os seus objectivos”, para além de incluir o compromisso de assegurar o respeito pelos princípios deontológicos e pela ética profissional dos jornalistas, assim como pela boa-fé dos leitores. Devendo constituir ainda referência para os jornalistas que trabalham na publicação, nos termos do Estatuto do Jornalista que, em caso de alteração profunda na linha de orientação ou na natureza do órgão de comunicação social, permite ao jornalista requerer a cessação da relação de trabalho com justa causa.

A ERC reiterou o teor da deliberação de Outubro de 2010, quanto à “subsistência de um risco objectivo e grave para a preservação de um quadro pluralista no subsector da imprensa diária na Região Autónoma da Madeira, que justificará a adopção de medidas, da parte do Governo Regional, que suprimam os efeitos nefastos que a sua actuação tem provocado”. A nova decisão acrescenta que “o modelo e sustentabilidade da política de fixação de preço de capa e distribuição gratuita do Jornal da Madeira levantam várias interrogações e é susceptível de perturbar o funcionamento do mercado da imprensa escrita na Região Autónoma da Madeira, em termos da sua transparência e equidade”. Por este motivo decidiu remeter estes factos à Autoridade da Concorrência, para apreciação e possível actuação.

Fonte: Público

Um artigo sempre actual...

Fonte: DN Madeira