sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

UM SANTO 2011 para todos os leitores deste blog PPD


“Ano Novo vida Nova”, é uma expressão muito famosa entre nós e para alguns assustadora, pois muitos questionam-se “Como ter uma vida totalmente nova de um dia para o outro?”.

O novo nas nossas vidas faz-se dia após dia, e não apenas de um dia para o outro! Nós devemos ser como um livro com as folhas em branco, onde Deus vai escrevendo a nossa história e as novidades. Quando Deus escreve nós tornamo-nos cada vez mais semelhantes a Ele e por isso cada vez mais novos.

Que neste ano de 2011 nós nos abramos às novidades de Deus para nós e que em cada dia nós vivamos o novo de Cristo.

Deixemos a rotina, o nosso dia não se pode transformar numa rotina, mas estejamos atentos e vigilantes para as novidades do Espírito Santo. E essa novidade, meu caro leitor, não se encontra no complexo mas sim nas coisas simples da vida, num sorriso, num abraço, num gesto, num dia lindo de sol, no simples facto de podermos respirar, entre muitos outros acontecimentos. É na simplicidade que a novidade se manifesta.

Por isso, neste novo ano busquemos a simplicidade de cada dia, para que possamos vivenciar as novidades de Deus. Vivamos cada dia como se fosse o primeiro e o último da nossa vida, com expectativa, amor, alegria, esperança, mesmo mediante os sofrimentos e os pequenos acidentes de percurso. Que tenhamos o mesmo olhar e sentir de Cristo perante a alegria e o sofrimento.

E todos os dias ao acordar faça esta pergunta, sem medo mas com esperança e alegria: “Bom dia Espírito Santo! Qual é a novidade que tens para mim no dia de hoje?”

Com esta pergunta termino esta pequena partilha, e desejo-lhe a si meu querido leitor e queridos amigos do POLITICA PURA E DURA um Santo Ano Novo cheio das novidades de Deus. Que Jesus derrame o Seu Espírito Santo que é inovador sobre cada um de vós, sobre as vossas famílias, o vosso trabalho. Que Ele se faça novo e renovado nas profundezas dos vossos corações.

Que Deus vos abençoe

Administração do Blog PPD

Será que Alberto João Jardim já se esqueceu do mal que disse do Eng. Rui Vieira?


Coelho disposto a acampar à porta da RTP


Último candidato a apresentar-se revoltado por não participar nos debates. Audiências dos debates caíram 32,5% face a 2005.

José Manuel Coelho, candidato a presidente da República, prepara- -se para "acampar" frente à RTP caso seja excluído do ciclo de grandes entrevistas (3 a 7 de Janeiro), moderado pela jornalista Judite Sousa, garantiu ao DN Baltazar Aguiar, mandatário financeiro da candidatura apoiada pelo PND.

O advogado ameaça ir "até às últimas consequências", incluindo a hipótese de provocar o adiamento das eleições. "Para já, as televisões vão ter de repor os debates que já fizeram agora com a presença de José Manuel Coelho. Está em causa o princípio da igualdade. Como o Presidente da República é o garante da igualdade e neutralidade neste país, vamos pedir-lhe uma audiência. Aliás, Cavaco Silva como candidato deverá dar o exemplo e ser o primeiro a sentar-se à mesa com José Manuel Coelho da mesma forma que fez com Manuel Alegre, Fernando Nobre, Francisco Lopes e Defensor de Moura. Disso não abdicamos!", reiterou.

A CNE, para onde seguirá hoje uma queixa, é também alvo de críticas. "O silêncio da CNE é impressionante. A candidatura de Coelho era conhecida. Foi notícia nacional. Não estamos a brincar. Foram recolhidas mais de 8500 assinaturas aceites pelo Tribunal Constitucional. Arranjaram um problema e vão ter de se haver connosco. Se preciso, vamos recorrer aos tribunais", sublinha Baltazar

Ao longo dos dez debates televisivos das eleições presidenciais, o candidato apoiado pelo PS e BE, Manuel Alegre, foi visto por cerca de três milhões e 600 mil pessoas. Logo a seguir surge Cavaco Silva, que teve três milhões e 500 mil portugueses a ouvir as suas palavras. Francisco Lopes e Fernando Nobre obtiveram uma audiência pouco superior aos três milhões. Por último, aparece Defensor Moura, que chega perto, mas não atinge a barreira dos três milhões.

Os números das audiências, fornecidos ao DN pela Marketest, demonstram que, no total, mais de oito milhões de pessoas ligaram as suas televisões para ver os candidatos a Belém. Com dez frente-a-frente, representa uma média a rondar as 810 mil pessoas por debate. Um número que fica longe de 2005. Nas últimas eleições presidenciais, a média das audiências chegou ao milhão e 200 mil. Uma queda de 32,5%.

O debate mais visto foi o último, que opôs Alegre e Cavaco, visto por cerca de um milhão 380 mil pessoas. Um número que ficaria apenas em quarto lugar nas presidenciais de 2005 - ficaria empatado ex aequo com o debate entre Cavaco e Soares.

Fonte: DN Lisboa

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE BENTO XVI PARA A CELEBRAÇÃO DO XLIV DIA MUNDIAL DA PAZ - 1 DE JANEIRO DE 2011


LIBERDADE RELIGIOSA, CAMINHO PARA A PAZ

1. NO INÍCIO DE UM ANO NOVO, desejo fazer chegar a todos e cada um os meus votos: votos de serenidade e prosperidade, mas sobretudo votos de paz. Infelizmente também o ano que encerra as portas esteve marcado pela perseguição, pela discriminação, por terríveis actos de violência e de intolerância religiosa.

Penso, em particular, na amada terra do Iraque, que, no seu caminho para a desejada estabilidade e reconciliação, continua a ser cenário de violências e atentados. Recordo as recentes tribulações da comunidade cristã, e de modo especial o vil ataque contra a catedral siro-católica de «Nossa Senhora do Perpétuo Socorro» em Bagdad, onde, no passado dia 31 de Outubro, foram assassinados dois sacerdotes e mais de cinquenta fiéis, quando se encontravam reunidos para a celebração da Santa Missa. A este ataque seguiram-se outros nos dias sucessivos, inclusive contra casas privadas, gerando medo na comunidade cristã e o desejo, por parte de muitos dos seus membros, de emigrar à procura de melhores condições de vida. Manifesto-lhes a minha solidariedade e a da Igreja inteira, sentimento que ainda recentemente teve uma concreta expressão na Assembleia Especial para o Médio Oriente do Sínodo dos Bispos, a qual encorajou as comunidades católicas no Iraque e em todo o Médio Oriente a viverem a comunhão e continuarem a oferecer um decidido testemunho de fé naquelas terras.

Agradeço vivamente aos governos que se esforçam por aliviar os sofrimentos destes irmãos em humanidade e convido os católicos a orarem pelos seus irmãos na fé que padecem violências e intolerâncias e a serem solidários com eles. Neste contexto, achei particularmente oportuno partilhar com todos vós algumas reflexões sobre a liberdade religiosa, caminho para a paz. De facto, é doloroso constatar que, em algumas regiões do mundo, não é possível professar e exprimir livremente a própria religião sem pôr em risco a vida e a liberdade pessoal. Noutras regiões, há formas mais silenciosas e sofisticadas de preconceito e oposição contra os crentes e os símbolos religiosos. Os cristãos são, actualmente, o grupo religioso que padece o maior número de perseguições devido à própria fé. Muitos suportam diariamente ofensas e vivem frequentemente em sobressalto por causa da sua procura da verdade, da sua fé em Jesus Cristo e do seu apelo sincero para que seja reconhecida a liberdade religiosa. Não se pode aceitar nada disto, porque constitui uma ofensa a Deus e à dignidade humana; além disso, é uma ameaça à segurança e à paz e impede a realização de um desenvolvimento humano autêntico e integral.[1]

De facto, na liberdade religiosa exprime-se a especificidade da pessoa humana, que, por ela, pode orientar a própria vida pessoal e social para Deus, a cuja luz se compreendem plenamente a identidade, o sentido e o fim da pessoa. Negar ou limitar arbitrariamente esta liberdade significa cultivar uma visão redutiva da pessoa humana; obscurecer a função pública da religião significa gerar uma sociedade injusta, porque esta seria desproporcionada à verdadeira natureza da pessoa; isto significa tornar impossível a afirmação de uma paz autêntica e duradoura para toda a família humana.

Por isso, exorto os homens e mulheres de boa vontade a renovarem o seu compromisso pela construção de um mundo onde todos sejam livres para professar a sua própria religião ou a sua fé e viver o seu amor a Deus com todo o coração, toda a alma e toda a mente (cf. Mt 22, 37). Este é o sentimento que inspira e guia a Mensagem para o XLIV Dia Mundial da Paz, dedicada ao tema: Liberdade religiosa, caminho para a paz.

Direito sagrado à vida e a uma vida espiritual

2. O direito à liberdade religiosa está radicado na própria dignidade da pessoa humana,[2] cuja natureza transcendente não deve ser ignorada ou negligenciada. Deus criou o homem e a mulher à sua imagem e semelhança (cf. Gn 1, 27). Por isso, toda a pessoa é titular do direito sagrado a uma vida íntegra, mesmo do ponto de vista espiritual. Sem o reconhecimento do próprio ser espiritual, sem a abertura ao transcendente, a pessoa humana retrai-se sobre si mesma, não consegue encontrar resposta para as perguntas do seu coração sobre o sentido da vida e dotar-se de valores e princípios éticos duradouros, nem consegue sequer experimentar uma liberdade autêntica e desenvolver uma sociedade justa.[3]

A Sagrada Escritura, em sintonia com a nossa própria experiência, revela o valor profundo da dignidade humana: «Quando contemplo os céus, obra das vossas mãos, a lua e as estrelas que lá colocastes, que é o homem para que Vos lembreis dele, o filho do homem para dele Vos ocupardes? Fizestes dele quase um ser divino, de honra e glória o coroastes; destes-lhe poder sobre a obra das vossas mãos, tudo submetestes a seus pés» (Sl 8, 4-7).

Perante a sublime realidade da natureza humana, podemos experimentar a mesma admiração expressa pelo salmista. Esta manifesta-se como abertura ao Mistério, como capacidade de interrogar-se profundamente sobre si mesmo e sobre a origem do universo, como íntima ressonância do Amor supremo de Deus, princípio e fim de todas as coisas, de cada pessoa e dos povos.[4] A dignidade transcendente da pessoa é um valor essencial da sabedoria judaico-cristã, mas, graças à razão, pode ser reconhecida por todos. Esta dignidade, entendida como capacidade de transcender a própria materialidade e buscar a verdade, há-de ser reconhecida como um bem universal, indispensável na construção duma sociedade orientada para a realização e a plenitude do homem. O respeito de elementos essenciais da dignidade do homem, tais como o direito à vida e o direito à liberdade religiosa, é uma condição da legitimidade moral de toda a norma social e jurídica.

Liberdade religiosa e respeito recíproco

3. A liberdade religiosa está na origem da liberdade moral. Com efeito, a abertura à verdade e ao bem, a abertura a Deus, radicada na natureza humana, confere plena dignidade a cada um dos seres humanos e é garante do respeito pleno e recíproco entre as pessoas. Por conseguinte, a liberdade religiosa deve ser entendida não só como imunidade da coacção mas também, e antes ainda, como capacidade de organizar as próprias opções segundo a verdade.

Existe uma ligação indivisível entre liberdade e respeito; de facto, «cada homem e cada grupo social estão moralmente obrigados, no exercício dos próprios direitos, a ter em conta os direitos alheios e os seus próprios deveres para com os outros e o bem comum».[5]

Uma liberdade hostil ou indiferente a Deus acaba por se negar a si mesma e não garante o pleno respeito do outro. Uma vontade, que se crê radicalmente incapaz de procurar a verdade e o bem, não tem outras razões objectivas nem outros motivos para agir senão os impostos pelos seus interesses momentâneos e contingentes, não tem uma «identidade» a preservar e construir através de opções verdadeiramente livres e conscientes. Mas assim não pode reclamar o respeito por parte de outras «vontades», também estas desligadas do próprio ser mais profundo e capazes, por conseguinte, de fazer valer outras «razões» ou mesmo nenhuma «razão». A ilusão de encontrar no relativismo moral a chave para uma pacífica convivência é, na realidade, a origem da divisão e da negação da dignidade dos seres humanos. Por isso se compreende a necessidade de reconhecer uma dupla dimensão na unidade da pessoa humana: a religiosa e a social. A este respeito, é inconcebível que os crentes «tenham de suprimir uma parte de si mesmos – a sua fé – para serem cidadãos activos; nunca deveria ser necessário renegar a Deus, para se poder gozar dos próprios direitos».[6]

A família, escola de liberdade e de paz

4. Se a liberdade religiosa é caminho para a paz, a educação religiosa é estrada privilegiada para habilitar as novas gerações a reconhecerem no outro o seu próprio irmão e a sua própria irmã, com quem caminhar juntos e colaborar para que todos se sintam membros vivos de uma mesma família humana, da qual ninguém deve ser excluído.

A família fundada sobre o matrimónio, expressão de união íntima e de complementaridade entre um homem e uma mulher, insere-se neste contexto como a primeira escola de formação e de crescimento social, cultural, moral e espiritual dos filhos, que deveriam encontrar sempre no pai e na mãe as primeiras testemunhas de uma vida orientada para a busca da verdade e para o amor de Deus. Os próprios pais deveriam ser sempre livres para transmitir, sem constrições e responsavelmente, o próprio património de fé, de valores e de cultura aos filhos. A família, primeira célula da sociedade humana, permanece o âmbito primário de formação para relações harmoniosas a todos os níveis de convivência humana, nacional e internacional. Esta é a estrada que se há-de sapientemente percorrer para a construção de um tecido social robusto e solidário, para preparar os jovens à assunção das próprias responsabilidades na vida, numa sociedade livre, num espírito de compreensão e de paz.

Um património comum

5. Poder-se-ia dizer que, entre os direitos e as liberdades fundamentais radicados na dignidade da pessoa, a liberdade religiosa goza de um estatuto especial. Quando se reconhece a liberdade religiosa, a dignidade da pessoa humana é respeitada na sua raiz e reforça-se a índole e as instituições dos povos. Pelo contrário, quando a liberdade religiosa é negada, quando se tenta impedir de professar a própria religião ou a própria fé e de viver de acordo com elas, ofende-se a dignidade humana e, simultaneamente, acabam ameaçadas a justiça e a paz, que se apoiam sobre a recta ordem social construída à luz da Suma Verdade e do Sumo Bem.

Neste sentido, a liberdade religiosa é também uma aquisição de civilização política e jurídica. Trata-se de um bem essencial: toda a pessoa deve poder exercer livremente o direito de professar e manifestar, individual ou comunitariamente, a própria religião ou a própria fé, tanto em público como privadamente, no ensino, nos costumes, nas publicações, no culto e na observância dos ritos. Não deveria encontrar obstáculos, se quisesse eventualmente aderir a outra religião ou não professar religião alguma. Neste âmbito, revela-se emblemático e é uma referência essencial para os Estados o ordenamento internacional, enquanto não consente alguma derrogação da liberdade religiosa, salvo a legítima exigência da justa ordem pública.[7] Deste modo, o ordenamento internacional reconhece aos direitos de natureza religiosa o mesmo status do direito à vida e à liberdade pessoal, comprovando a sua pertença ao núcleo essencial dos direitos do homem, àqueles direitos universais e naturais que a lei humana não pode jamais negar.

A liberdade religiosa não é património exclusivo dos crentes, mas da família inteira dos povos da terra. É elemento imprescindível de um Estado de direito; não pode ser negada, sem ao mesmo tempo minar todos os direitos e as liberdades fundamentais, pois é a sua síntese e ápice. É «o papel de tornassol para verificar o respeito de todos os outros direitos humanos».[8] Ao mesmo tempo que favorece o exercício das faculdades humanas mais específicas, cria as premissas necessárias para a realização de um desenvolvimento integral, que diz respeito unitariamente à totalidade da pessoa em cada uma das suas dimensões.[9]

A dimensão pública da religião

6. Embora movendo-se a partir da esfera pessoal, a liberdade religiosa – como qualquer outra liberdade – realiza-se na relação com os outros. Uma liberdade sem relação não é liberdade perfeita. Também a liberdade religiosa não se esgota na dimensão individual, mas realiza-se na própria comunidade e na sociedade, coerentemente com o ser relacional da pessoa e com a natureza pública da religião.

O relacionamento é uma componente decisiva da liberdade religiosa, que impele as comunidades dos crentes a praticarem a solidariedade em prol do bem comum. Cada pessoa permanece única e irrepetível e, ao mesmo tempo, completa-se e realiza-se plenamente nesta dimensão comunitária.

Inegável é a contribuição que as religiões prestam à sociedade. São numerosas as instituições caritativas e culturais que atestam o papel construtivo dos crentes na vida social. Ainda mais importante é a contribuição ética da religião no âmbito político. Tal contribuição não deveria ser marginalizada ou proibida, mas vista como válida ajuda para a promoção do bem comum. Nesta perspectiva, é preciso mencionar a dimensão religiosa da cultura, tecida através dos séculos graças às contribuições sociais e sobretudo éticas da religião. Tal dimensão não constitui de modo algum uma discriminação daqueles que não partilham a sua crença, mas antes reforça a coesão social, a integração e a solidariedade.

Liberdade religiosa, força de liberdade e de civilização:
os perigos da sua instrumentalização

7. A instrumentalização da liberdade religiosa para mascarar interesses ocultos, como por exemplo a subversão da ordem constituída, a apropriação de recursos ou a manutenção do poder por parte de um grupo, pode provocar danos enormes às sociedades. O fanatismo, o fundamentalismo, as práticas contrárias à dignidade humana não se podem jamais justificar, e menos ainda o podem ser se realizadas em nome da religião. A profissão de uma religião não pode ser instrumentalizada, nem imposta pela força. Por isso, é necessário que os Estados e as várias comunidades humanas nunca se esqueçam que a liberdade religiosa é condição para a busca da verdade e que a verdade não se impõe pela violência mas pela «força da própria verdade».[10] Neste sentido, a religião é uma força positiva e propulsora na construção da sociedade civil e política.

Como se pode negar a contribuição das grandes religiões do mundo para o desenvolvimento da civilização? A busca sincera de Deus levou a um respeito maior da dignidade do homem. As comunidades cristãs, com o seu património de valores e princípios, contribuíram imenso para a tomada de consciência das pessoas e dos povos a respeito da sua própria identidade e dignidade, bem como para a conquista de instituições democráticas e para a afirmação dos direitos do homem e seus correlativos deveres.

Também hoje, numa sociedade cada vez mais globalizada, os cristãos são chamados – não só através de um responsável empenhamento civil, económico e político, mas também com o testemunho da própria caridade e fé – a oferecer a sua preciosa contribuição para o árduo e exaltante compromisso em prol da justiça, do desenvolvimento humano integral e do recto ordenamento das realidades humanas. A exclusão da religião da vida pública subtrai a esta um espaço vital que abre para a transcendência. Sem esta experiência primária, revela-se uma tarefa árdua orientar as sociedades para princípios éticos universais e torna-se difícil estabelecer ordenamentos nacionais e internacionais nos quais os direitos e as liberdades fundamentais possam ser plenamente reconhecidos e realizados, como se propõem os objectivos – infelizmente ainda menosprezados ou contestados – da Declaração Universal dos direitos do homem de 1948.

Uma questão de justiça e de civilização:
o fundamentalismo e a hostilidade contra os crentes prejudicam
a laicidade positiva dos Estados

8. A mesma determinação, com que são condenadas todas as formas de fanatismo e de fundamentalismo religioso, deve animar também a oposição a todas as formas de hostilidade contra a religião, que limitam o papel público dos crentes na vida civil e política.

Não se pode esquecer que o fundamentalismo religioso e o laicismo são formas reverberadas e extremas de rejeição do legítimo pluralismo e do princípio de laicidade. De facto, ambas absolutizam uma visão redutiva e parcial da pessoa humana, favorecendo formas, no primeiro caso, de integralismo religioso e, no segundo, de racionalismo. A sociedade, que quer impor ou, ao contrário, negar a religião por meio da violência, é injusta para com a pessoa e para com Deus, mas também para consigo mesma. Deus chama a Si a humanidade através de um desígnio de amor, o qual, ao mesmo tempo que implica a pessoa inteira na sua dimensão natural e espiritual, exige que lhe corresponda em termos de liberdade e de responsabilidade, com todo o coração e com todo o próprio ser, individual e comunitário. Sendo assim, também a sociedade, enquanto expressão da pessoa e do conjunto das suas dimensões constitutivas, deve viver e organizar-se de modo a favorecer a sua abertura à transcendência. Por isso mesmo, as leis e as instituições duma sociedade não podem ser configuradas ignorando a dimensão religiosa dos cidadãos ou de modo que prescindam completamente da mesma; mas devem ser comensuradas – através da obra democrática de cidadãos conscientes da sua alta vocação – ao ser da pessoa, para o poderem favorecer na sua dimensão religiosa. Não sendo esta uma criação do Estado, não pode ser manipulada, antes deve contar com o seu reconhecimento e respeito.

O ordenamento jurídico a todos os níveis, nacional e internacional, quando consente ou tolera o fanatismo religioso ou anti-religioso, falta à sua própria missão, que consiste em tutelar e promover a justiça e o direito de cada um. Tais realidades não podem ser deixadas à mercê do arbítrio do legislador ou da maioria, porque, como já ensinava Cícero, a justiça consiste em algo mais do que um mero acto produtivo da lei e da sua aplicação. A justiça implica reconhecer a cada um a sua dignidade,[11] a qual, sem liberdade religiosa garantida e vivida na sua essência, fica mutilada e ofendida, exposta ao risco de cair sob o predomínio dos ídolos, de bens relativos transformados em absolutos. Tudo isto expõe a sociedade ao risco de totalitarismos políticos e ideológicos, que enfatizam o poder público, ao mesmo tempo que são mortificadas e coarctadas, como se lhe fizessem concorrência, as liberdades de consciência, de pensamento e de religião.

Diálogo entre instituições civis e religiosas

9. O património de princípios e valores expressos por uma religiosidade autêntica é uma riqueza para os povos e respectivas índoles: fala directamente à consciência e à razão dos homens e mulheres, lembra o imperativo da conversão moral, motiva para aperfeiçoar a prática das virtudes e aproximar-se amistosamente um do outro sob o signo da fraternidade, como membros da grande família humana.[12]

No respeito da laicidade positiva das instituições estatais, a dimensão pública da religião deve ser sempre reconhecida. Para isso, um diálogo sadio entre as instituições civis e as religiosas é fundamental para o desenvolvimento integral da pessoa humana e da harmonia da sociedade.

Viver no amor e na verdade

10. No mundo globalizado, caracterizado por sociedades sempre mais multiétnicas e pluriconfessionais, as grandes religiões podem constituir um factor importante de unidade e paz para a família humana. Com base nas suas próprias convicções religiosas e na busca racional do bem comum, os seus membros são chamados a viver responsavelmente o próprio compromisso num contexto de liberdade religiosa. Nas variadas culturas religiosas, enquanto há que rejeitar tudo aquilo que é contra a dignidade do homem e da mulher, é preciso, ao contrário, valer-se daquilo que resulta positivo para a convivência civil.

O espaço público, que a comunidade internacional torna disponível para as religiões e para a sua proposta de «vida boa», favorece o aparecimento de uma medida compartilhável de verdade e de bem e ainda de um consenso moral, que são fundamentais para uma convivência justa e pacífica. Os líderes das grandes religiões, pela sua função, influência e autoridade nas respectivas comunidades, são os primeiros a ser chamados ao respeito recíproco e ao diálogo.

Os cristãos, por sua vez, são solicitados pela sua própria fé em Deus, Pai do Senhor Jesus Cristo, a viver como irmãos que se encontram na Igreja e colaboram para a edificação de um mundo, onde as pessoas e os povos «não mais praticarão o mal nem a destruição (...), porque o conhecimento do Senhor encherá a terra, como as águas enchem o leito do mar» (Is 11, 9).

Diálogo como busca em comum

11. Para a Igreja, o diálogo entre os membros de diversas religiões constitui um instrumento importante para colaborar com todas as comunidades religiosas para o bem comum. A própria Igreja nada rejeita do que nessas religiões existe de verdadeiro e santo. «Olha com sincero respeito esses modos de agir e viver, esses preceitos e doutrinas que, embora se afastem em muitos pontos daqueles que ela própria segue e propõe, todavia reflectem não raramente um raio da verdade que ilumina todos os homens».[13]

A estrada indicada não é a do relativismo nem do sincretismo religioso. De facto, a Igreja «anuncia, e tem mesmo a obrigação de anunciar incessantemente Cristo, “caminho, verdade e vida” (Jo 14, 6), em quem os homens encontram a plenitude da vida religiosa e no qual Deus reconciliou consigo mesmo todas as coisas».[14] Todavia isto não exclui o diálogo e a busca comum da verdade em diversos âmbitos vitais, porque, como diz uma expressão usada frequentemente por São Tomás de Aquino, «toda a verdade, independentemente de quem a diga, provém do Espírito Santo».[15]

Em 2011, tem lugar o 25º aniversário da Jornada Mundial de Oração pela Paz, que o Venerável Papa João Paulo II convocou em Assis em 1986. Naquela ocasião, os líderes das grandes religiões do mundo deram testemunho da religião como sendo um factor de união e paz, e não de divisão e conflito. A recordação daquela experiência é motivo de esperança para um futuro onde todos os crentes se sintam e se tornem autenticamente obreiros de justiça e de paz.

Verdade moral na política e na diplomacia

12. A política e a diplomacia deveriam olhar para o património moral e espiritual oferecido pelas grandes religiões do mundo, para reconhecer e afirmar verdades, princípios e valores universais que não podem ser negados sem, com os mesmos, negar-se a dignidade da pessoa humana. Mas, em termos práticos, que significa promover a verdade moral no mundo da política e da diplomacia? Quer dizer agir de maneira responsável com base no conhecimento objectivo e integral dos factos; quer dizer desmantelar ideologias políticas que acabam por suplantar a verdade e a dignidade humana e pretendem promover pseudo-valores com o pretexto da paz, do desenvolvimento e dos direitos humanos; quer dizer favorecer um empenho constante de fundar a lei positiva sobre os princípios da lei natural.[16] Tudo isto é necessário e coerente com o respeito da dignidade e do valor da pessoa humana, sancionado pelos povos da terra na Carta da Organização das Nações Unidas de 1945, que apresenta valores e princípios morais universais de referência para as normas, as instituições, os sistemas de convivência a nível nacional e internacional.

Para além do ódio e do preconceito

13. Não obstante os ensinamentos da história e o compromisso dos Estados, das organizações internacionais a nível mundial e local, das organizações não governamentais e de todos os homens e mulheres de boa vontade que cada dia se empenham pela tutela dos direitos e das liberdades fundamentais, ainda hoje no mundo se registam perseguições, descriminações, actos de violência e de intolerância baseados na religião. De modo particular na Ásia e na África, as principais vítimas são os membros das minorias religiosas, a quem é impedido de professar livremente a própria religião ou mudar para outra, através da intimidação e da violação dos direitos, das liberdades fundamentais e dos bens essenciais, chegando até à privação da liberdade pessoal ou da própria vida.

Temos depois, como já disse, formas mais sofisticadas de hostilidade contra a religião, que nos países ocidentais se exprimem por vezes com a renegação da própria história e dos símbolos religiosos nos quais se reflectem a identidade e a cultura da maioria dos cidadãos. Frequentemente tais formas fomentam o ódio e o preconceito e não são coerentes com uma visão serena e equilibrada do pluralismo e da laicidade das instituições, sem contar que as novas gerações correm o risco de não entrar em contacto com o precioso património espiritual dos seus países.

A defesa da religião passa pela defesa dos direitos e liberdades das comunidades religiosas. Assim, os líderes das grandes religiões do mundo e os responsáveis das nações renovem o compromisso pela promoção e a tutela da liberdade religiosa, em particular pela defesa das minorias religiosas; estas não constituem uma ameaça contra a identidade da maioria, antes, pelo contrário, são uma oportunidade para o diálogo e o mútuo enriquecimento cultural. A sua defesa representa a maneira ideal para consolidar o espírito de benevolência, abertura e reciprocidade com que se há-de tutelar os direitos e as liberdades fundamentais em todas as áreas e regiões do mundo.

Liberdade religiosa no mundo

14. Dirijo-me, por fim, às comunidades cristãs que sofrem perseguições, discriminações, actos de violência e intolerância, particularmente na Ásia, na África, no Médio Oriente e de modo especial na Terra Santa, lugar escolhido e abençoado por Deus. Ao mesmo tempo que lhes renovo a expressão do meu afecto paterno e asseguro a minha oração, peço a todos os responsáveis que intervenham prontamente para pôr fim a toda a violência contra os cristãos que habitam naquelas regiões. Que os discípulos de Cristo não desanimem com as presentes adversidades, porque o testemunho do Evangelho é e será sempre sinal de contradição.

Meditemos no nosso coração as palavras do Senhor Jesus: «Felizes os que choram, porque hão-se ser consolados. (...) Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados. (...) Felizes sereis quando, por minha causa, vos insultarem, vos perseguirem e, mentido, vos acusarem de toda a espécie de mal. Alegrai-vos e exultai, pois é grande nos Céus a vossa recompensa» (Mt 5, 4-12). Por isso, renovemos «o compromisso por nós assumido no sentido da indulgência e do perdão – que invocamos de Deus para nós, no “Pai-nosso” – por havermos posto, nós próprios, a condição e a medida da desejada misericórdia: “perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”(Mt 6, 12)».[17] A violência não se vence com a violência. O nosso grito de dor seja sempre acompanhado pela fé, pela esperança e pelo testemunho do amor de Deus. Faço votos também de que cessem no Ocidente, especialmente na Europa, a hostilidade e os preconceitos contra os cristãos pelo facto de estes pretenderem orientar a própria vida de modo coerente com os valores e os princípios expressos no Evangelho. Mais ainda, que a Europa saiba reconciliar-se com as próprias raízes cristãs, que são fundamentais para compreender o papel que teve, tem e pretende ter na história; saberá assim experimentar justiça, concórdia e paz, cultivando um diálogo sincero com todos os povos.

Liberdade religiosa, caminho para a paz

15. O mundo tem necessidade de Deus; tem necessidade de valores éticos e espirituais, universais e compartilhados, e a religião pode oferecer uma contribuição preciosa na sua busca, para a construção de uma ordem social justa e pacífica a nível nacional e internacional.

A paz é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, um projecto a realizar, nunca totalmente cumprido. Uma sociedade reconciliada com Deus está mais perto da paz, que não é simples ausência de guerra, nem mero fruto do predomínio militar ou económico, e menos ainda de astúcias enganadoras ou de hábeis manipulações. Pelo contrário, a paz é o resultado de um processo de purificação e elevação cultural, moral e espiritual de cada pessoa e povo, no qual a dignidade humana é plenamente respeitada. Convido todos aqueles que desejam tornar-se obreiros de paz e sobretudo os jovens a prestarem ouvidos à própria voz interior, para encontrar em Deus a referência estável para a conquista de uma liberdade autêntica, a força inesgotável para orientar o mundo com um espírito novo, capaz de não repetir os erros do passado. Como ensina o Servo de Deus Papa Paulo VI, a cuja sabedoria e clarividência se deve a instituição do Dia Mundial da Paz, «é preciso, antes de mais nada, proporcionar à Paz outras armas, que não aquelas que se destinam a matar e a exterminar a humanidade. São necessárias sobretudo as armas morais, que dão força e prestígio ao direito internacional; aquela arma, em primeiro lugar, da observância dos pactos».[18] A liberdade religiosa é uma autêntica arma da paz, com uma missão histórica e profética. De facto, ela valoriza e faz frutificar as qualidades e potencialidades mais profundas da pessoa humana, capazes de mudar e tornar melhor o mundo; consente alimentar a esperança num futuro de justiça e de paz, mesmo diante das graves injustiças e das misérias materiais e morais. Que todos os homens e as sociedades aos diversos níveis e nos vários ângulos da terra possam brevemente experimentar a liberdade religiosa, caminho para a paz!

Vaticano, 8 de Dezembro de 2010.



BENEDICTUS PP XVI





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[1] Cf. BENTO XVI, Carta enc. Caritas in veritate, 29.55-57.
[2] Cf. CONC. ECUM. VAT. II, Decl. sobre a liberdade religiosa Dignitatis humanae, 2.
[3] Cf. BENTO XVI, Carta enc. Caritas in veritate,, 78.
[4] Cf. CONC. ECUM. VAT. II, Decl. sobre as relações da Igreja com as religiões não-cristãs Nostra aetate, 1.
[5] CONC. ECUM. VAT. II, Decl. sobre a liberdade religiosa Dignitatis humanae, 7.
[6] BENTO XVI, Discurso à Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (18 de Abril de 2008): AAS 100 (2008), 337.
[7] Cf. CONC. ECUM. VAT. II, Decl. sobre a liberdade religiosa Dignitatis humanae, 2.
[8] JOÃO PAULO II, Discurso aos participantes na Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) (10 de Outubro de 2003), 1: AAS 96 (2004), 111.
[9] Cf. BENTO XVI, Carta enc. Caritas in veritate, 11.
[10] Cf. CONC. ECUM. VAT. II, Decl. sobre a liberdade religiosa Dignitatis humanae, 1.
[11] Cf. CÍCERO, De inventione, II, 160.
[12] Cf. BENTO XVI, Discurso aos Representantes de outras Religiões do Reino Unido (17 de Setembro de 2010): L’Osservatore Romano (ed. portuguesa de 25/IX/2010), 6-7.
[13] CONC. ECUM. VAT. II, Decl. sobre as relações da Igreja com as religiões não-cristãs Nostra aetate, 2.
[14] Ibid., 2.
[15] Super evangelium Joannis, I, 3.
[16]Cf. BENTO XVI, Discurso às Autoridades civis e ao Corpo Diplomático em Chipre (5 de Junho de 2010): L’Osservatore Romano (ed. portuguesa de 12/VI/2010), 4; COMISSÃO TEOLÓGICA INTERNACIONAL, À procura de uma ética universal: um olhar sobre a lei natural (Cidade do Vaticano 2009).
[17] PAULO VI, Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 1976: AAS 67 (1975), 671.
[18] Ibid.: o.c., 668.

© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana

Fonte:
Vaticano

RTP esqueceu-se de José Manuel Coelho mas corrigiu


A RTP anunciou ontem a apresentação na próxima semana de uma série de cinco entrevistas individuais aos candidatos presidenciais, todas moderadas pela jornalista Judite de Sousa. As entrevistas foram divulgadas à agência Lusa, falhando apenas num pormenor. É que a estação pública esqueceu-se do sexto candidato, o madeirense José Manuel Coelho.

Segundo a agência Lusa, Defensor Moura, Fernando Nobre, Francisco Lopes, Manuel Alegre e Cavaco Silva, por esta ordem, estarão presentes na 'Grande Entrevista' entre segunda-feira e sexta-feira da próxima semana. Aparentemente a RTP só se lembrou de José Manuel Coelho quando o DIÁRIO procurou apurar as razões da sua exclusão. Cerca de uma hora após ser contactado, o director de Informação, José Alberto Carvalho, informou que o deputado do PND também vai ser entrevistado por Judite de Sousa, sendo que a mesma será agendada após um contacto ainda a fazer ao candidato.

Queixa à CNE a pedir debates
As entrevistas individuais dos candidatos na RTP1 surgem depois de dez frente-a-frente entre os outros candidatos, repartidos pelas três estações de televisão entre 14 e 29 de Dezembro, e dos quais José Manuel Coelho foi excluído. Ora o candidato presidencial madeirense formalizou ontem uma queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE), onde afirma que os citados debates conferiram aos seus adversários nestas eleições presidenciais "ilegítima vantagem". Por isso, requereu à CNE que ordene à RTP1, TVI e SIC a organização e agendamento de debates tipo frente-a-frente com cada um dos outros cinco candidatos, de modo "a repor a igualdade de tratamento" que está prevista no artigo 46.º da Lei Eleitoral do Presidente da República.

Fonte:DN Madeira

Este foi um Santo Natal!


quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Cavaco vai gastar 2,12 milhões de euros em campanha!


Fonte: DN Lisboa

O Homem de quem se fala! Ele não pactua com o sistema "jardinista"

Fonte: DN Lisboa

O palhaço que vive noutro planeta. Não neste!


Rui Miguel Moura Coelho

Data de Nascimento: 1973/12/10

Habilitações Literárias: 12º Ano

Profissão: Funcionário Público

"Ontem no Par(a)lamento Madeirense passou em branco uma traiçoeira agressão de um deputado do PSD-M ao líder do PND, Baltazar Gonçalves. Quando Baltazar Gonçalves (Deputado com o mandato suspenso e que deu lugar a José Manuel Coelho) estava a sair da zona destinada ao público, escoltado/acompanhado pela PSP, onde dircursou e bem com veemência contra a inconstitucional decisão da ALM de proibir a entrada do Deputado José Manuel Coelho, foi agredido, pelas costas, com um cobarde pontapé pelo Deputado do PSD-M Rui Miguel Moura Coelho, homem de mão de Jaime Ramos e Jaime Filipe Ramos. A RTP-M filmou esta situação e chegou a transmiti-la, mas obviamente que depois a situação foi esquecida e a própria imprensa da Região (jornais e rádios) fizeram de conta que não foi nada, como se fosse normal um Deputado andar a dar pontapés dentro da Assembleia. O Deputado do Bloco de Esquerda, Roberto Almada, já se prontificou para testemunha desta agressão, só que neste caso o PSD-M não vai retirar a imunidade do pontapeador. Agradecia a publicação deste texto pois já chega de branqueamento/esquecimento de 30 e tal anos deste tipo de comportamentos, como se fosse o PND e o Deputado Coelho quem primeiro e durante anos a fio desrespeitassem a Assembleia Legislativa e outros órgãos de soberania, além de adversários políticos.

Emanuel Bento"


Respondendo ao apelo, para que estas situações não passem ao lado e encapotadas: http://acagarra.blogspot.com/2008/11/e-este-senhor-no-expulso-da-alm.html

Se alguém gravou estas cenas na RTP/M... Se alguém possui tais imagens documentadas em vídeo... A "gerência" agradece a publicação do mesmo.

Fonte:
http://desbobina.blogspot.com/2008_11_01_archive.html
Fonte: DN Madeira

Tribuna da Madeira já nas bancas


"O senhor Coelho até pode ser candidato, mas noutro planeta. Não neste." Disse o deputado Rui Coelho do PSD


Fonte: DN Madeira

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

José Manuel Coelho oficialmente é candidato à Presidência da República



ACÓRDÃO Nº 504/2010

ACTA

Aos vinte e sete de Dezembro do ano de dois mil e dez, no Palácio Ratton, sede do Tribunal, reuniu a primeira secção do Tribunal Constitucional, sob a presidência do Excelentíssimo Juiz Conselheiro Rui Manuel Gens de Moura Ramos e com a presença dos Excelentíssimos Juízes Conselheiros Maria João da Silva Baila Madeira Antunes, Carlos José Belo Pamplona de Oliveira, José Manuel Cardoso Borges Soeiro e Gil Manuel Gonçalves Gomes Galvão, para apreciação dos processos das candidaturas apresentadas à eleição do Presidente da República a realizar no dia 23 de Janeiro de 2011, conforme Decreto do Presidente da República nº 99/2010 de 11 de Outubro, e verificar a elegibilidade dos correspondentes candidatos.
Finda a apreciação, foi, pelo Excelentíssimo Presidente, ditado o seguinte:


ACÓRDÃO Nº 504/2010


1. Foram sucessivamente apresentadas no Tribunal Constitucional as candidaturas a Presidente da República, com vista à eleição a realizar na data supra mencionada dos seguintes cidadãos:


a) - DIAMANTINO MAURÍCIO DA SILVA, de 57 anos de idade, portador do Bilhete de Identidade nº 4298456 emitido pelo Arquivo de Identificação de Viseu em 20 de Setembro de 2005, filho de Joaquim Agostinho da Silva e de Maria Maurício, natural de Carvalhal, concelho de Bombarral, casado e residente na Estrada Principal, n.º 7 em Gafanhão, 3600-345 Castro Daire;


b) - FRANCISCO JOSÉ DE ALMEIDA LOPES, de 55 anos de idade, portador do cartão do cidadão n.º 02645780, válido até 03/12/2014, filho de Américo Lopes e de Isaura dos Prazeres Almeida, electricista/funcionário de partido político, divorciado, natural da freguesia de Vila Cova de Alva, concelho de Arganil e residente na Praça da Liberdade, Torre 6-8.º A, parque residencial em Vialonga, concelho de Vila Franca de Xira;


c) - DEFENSOR DE OLIVEIRA MOURA, de 65 anos de idade, portador do Bilhete de Identidade n.º 1919585, emitido pelo Arquivo de Identificação de Viana do Castelo, filho de Defensor Ferreira de Moura e de Amélia Nunes de Oliveira, médico aposentado e deputado na Assembleia da República em efectividade de funções, nascido na freguesia de Santa Maria Maior em Viana do Castelo e residente na Avenida da Povoença, 91 – Areosa 4900-874 Viana do Castelo;


i) - DIAMANTINO MAURÍCIO DA SILVA, de 52 anos de idade, portador do Bilhete de Identidade nº 4298456 emitido pelo Arquivo de Identificação de


d) - MANUEL ALEGRE DE MELO DUARTE, de 74 anos de idade, portador do Bilhete de Identidade nº 464273, emitido pelo Arquivo de Identificação de Lisboa em 18 de Abril de 2000, filho de Francisco José de Faria e Melo Ferreira Duarte e de Maria Manuela Alegre de Melo Duarte, casado, escritor, natural da Freguesia e concelho de Águeda, residente na Praça João do Rio nº 11, 4º Dtº, Lisboa;

e)-JOSUÉ RODRIGUES GONÇALVES PEDRO, de 76 anos de idade, portador do Bilhete de Identidade nº 2367179, emitido pelo Arquivo de Identificação de Santarém em 15 de Novembro de 2000, filho de Manuel Gonçalves Pedro e de Genoveva Rodrigues Frade, divorciado, mercador, natural e residente na Rua do Comércio no lugar de Outeiro Grande, Freguesia de Assentiz, concelho de Torres Novas;

f) - ANÍBAL ANTÓNIO CAVACO SILVA, de 71 anos de idade, portador do Bilhete de Identidade nº 1146601, emitido pelo Arquivo de Identificação de Lisboa em 9 de Fevereiro de 2005, filho de Teodoro Gonçalves Silva e de Maria do Nascimento Cavaco, casado, professor universitário, natural de Boliqueime, concelho de Loulé e residente na Travessa do Possolo nº 13, 1º Dtº em Lisboa;


g) - FERNANDO JOSÉ DE LA VIETER RIBEIRO NOBRE, de 59 anos de idade, portador do Bilhete de identidade n.º 8605146, emitido pelo arquivo de Identificação de Lisboa em 3 de Agosto de 2007, filho de José Alves Ribeiro Nobre e de Maria Alice La Vieter Nobre, casado, médico, natural de Angola e residente na Estrada da Alapraia, n.º 235 – 2765-013 Estoril – Cascais;


h) - LUÍS FILIPE BOTELHO RIBEIRO, de 43 anos de idade, portador do Bilhete de Identidade nº 7678228, emitido pelo Arquivo de Identificação do Porto em 7 de Dezembro de 2004, filho de Luís dos Santos Ribeiro e de Maria Júlia Pereira Botelho, solteiro, professor universitário, natural de Santo Tirso e residente em Castelões de Cepeda, concelho de Paredes;


i) - JOSÉ MANUEL DA MATA VIEIRA COELHO, 58 anos de idade e portador do Bilhete de Identidade n.º 5652291, emitido em 05/02/2007, pelo arquivo de identificação do Funchal, filho de José Vieira Coelho e de Isabel da Mata, nascido a 22 de Julho de 1952, casado, Operário da Construção Civil, natural da freguesia de Santa cruz (Madeira),residente na Rua das Regadinhas, n.º 4, freguesia e concelho de Santa Cruz (Madeira);

2. Examinados os diferentes processos, e atenta a informação prestada, nos autos, pela secretaria, relativamente ao número de proponentes de cada candidatura, e à observância, pelos mesmos, do disposto nos artigos 15º e seguintes do Decreto-Lei nº 319-A/76, de 19 de Maio, na redacção actualmente em vigor, verificou o Tribunal o seguinte:


- no tocante às candidaturas dos cidadãos Francisco José de Almeida Lopes, Defensor de Oliveira Moura, Manuel Alegre de Melo Duarte, Aníbal António Cavaco Silva, Fernando José de La Vieter Ribeiro Nobre e José Manuel da Mata Vieira Coelho, que os respectivos processos se acham regularmente organizados, sendo autênticos os documentos que os integram e demonstrativos da elegibilidade de todos esses candidatos, e contendo um número de declarações de apresentação de cada candidatura que se situa entre o mínimo de 7.500 e o máximo de 15.000 eleitores, constitucional e legalmente estabelecidos, pelo que tais candidaturas se encontram desde já, e sem mais, em condições de serem oportunamente admitidas;


- no tocante à candidatura do cidadão Diamantino Maurício da Silva, que do respectivo processo não consta qualquer declaração de propositura subscrita por cidadãos eleitores nos termos do nºs 1 e 5 do Artº 15º do Decreto-Lei nº 319-A/76 de 3 de Maio; não consta a declaração de aceitação de candidatura; não consta o documento de constituição de mandatário nacional; não consta a certidão negativa do registo da tutela; não consta o certificado de nacionalidade;

- no tocante à candidatura do cidadão Josué Rodrigues Gonçalves Pedro, não consta qualquer declaração de propositura subscrita por cidadãos eleitores nos termos dos nºs 1 e 5 do Artº 15º do Decreto-Lei nº 319-A/76, de 3 de Maio , não consta o certificado de nacionalidade; não consta a certidão negativa do registo da tutela; não se indica o domicilio do mandatário nacional não se dando assim cumprimento ao Artº 16º do decreto-lei referido;

- no tocante à candidatura do cidadão Luís Filipe Botelho Ribeiro, o processo não apresenta o número de declarações de propositura legalmente exigidas, visto que o candidato é apenas proposto por 29 cidadãos eleitores.

3. Assim, e conforme o disposto no artigo 93º, nº 3 da Lei do Tribunal Constitucional (Lei nº 28/82, de 15 de Novembro, na redacção da Lei nº 143/85, de 26 de Novembro), o Tribunal decide:

- Ordenar a notificação imediata do mandatário do candidato Luís Filipe Botelho Ribeiro para, no prazo de 2 dias, suprir as irregularidades antes discriminadas quanto ao respectivo candidato;

- Ordenar a notificação imediata dos candidatos Diamantino Maurício da Silva e Josué Rodrigues Gonçalves Pedro para, no dito prazo de 2 dias suprirem as irregularidades acima identificadas.

Maria João Antunes
Carlos Pamplona de Oliveira
José Borges Soeiro
Gil Galvão
Rui Manuel Moura Ramos


terça-feira, 28 de dezembro de 2010

“Uma grande vitória da Madeira” José Manuel Coelho acredita ter 'luz verde' do Tribunal Constitucional


José Manuel Coelho considera que a inclusão do seu nome no sorteio da ordem dos candidatos para os boletins de voto às presidenciais é um sinal de que o Tribunal Constitucional dá 'luz verde' na corrida a Belém.

Embora não se trate ainda de uma validação da candidatura, o nome do deputado do PND à Assembleia Legislativa da Madeira surge em quinto lugar no boletim de voto.

“O Presidente do Tribunal Constitucional já sorteou o meu nome é quase impossível o Tribunal Constitucional andar para trás”, afirmou à TSF-M, José Manuel Coelho.
“É realmente a primeira vez que a Madeira e Porto Santo conseguem um candidato à Presidência da República de maneira que todos os madeirenses e portossantenses estão de parabéns”, continuou.

Para José Manuel Coelho uma duplicação nas urnas do número de assinaturas recolhidas para propositura seria um bom resultado.

À TSF-M, Coelho reiterou que a candidatura é contra o Jardinismo.

Fonte: DN Madeira

Coelho vai fazer campanha de norte a sul do País. Candidato solidário com Carlos Pereira


A confirmar-se a aceitação da candidatura presidencial pelo Tribunal Constitucional, José Manuel Coelho fará campanha de norte a sul do País.

Para o continente não irá o carro funerário, que tem servido de apoio às campanhas na Madeira. O candidato esclarece que, na Madeira, se justifica a sátira por não haver uma veradeira democracia. No continente, que é minimamente democrático, a campanha terá uma forma mais séria.

Nesta manhã, Coelho deu uma conferência de imprensa junto à ALM, para falar da candidatura. Na ocasião, manifestou total solidariedade ao deputado do PS Carlos Pereira, devido à agressão que sofreu na Noite do Mercado. O candidato à Presidência da República atribui a agressão ao clima criado por Jardim e demais membros do poder regional.

Fonte: DN-Madeira

O meu "nosso" candidato a Presidência da República, José Manuel Coelho!


domingo, 26 de dezembro de 2010

Mensagem de Natal de Bento XVI


“Deixemos o coração iluminar-se com a luz que brilha na gruta de Belém!”


CIDADE DO VATICANO, sábado, 25 de dezembro de 2010 (ZENIT.org) - Apresentamos, a seguir, a mensagem de Natal que Bento XVI pronunciou ao meio-dia de hoje, da sacada central da Basílica Vaticana, antes de dar sua bênção urbi et orbi.

* * *

«Verbum caro factum est - o Verbo fez-Se carne» (Jo 1, 14).

Queridos irmãos e irmãs, que me ouvis em Roma e no mundo inteiro, é com alegria que vos anuncio a mensagem do Natal: Deus fez-Se homem, veio habitar no meio de nós. Deus não está longe: está perto, mais ainda, é o «Emanuel», Deus-connosco. Não é um desconhecido: tem um rosto, o rosto de Jesus.

Trata-se de uma mensagem sempre nova, que não cessa de surpreender, porque ultrapassa a nossa esperança mais ousada. Sobretudo porque não se trata apenas de um anúncio: é um acontecimento, um facto sucedido, que testemunhas credíveis viram, ouviram, tocaram na Pessoa de Jesus de Nazaré! Permanecendo com Ele, observando os seus actos e escutando as suas palavras, reconheceram em Jesus o Messias; e, ao vê-Lo ressuscitado, depois que fora crucificado, tiveram a certeza de que Ele, verdadeiro homem, era simultaneamente verdadeiro Deus, o Filho unigénito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade (cf. Jo 1, 14).

«O Verbo fez-Se carne». Fitando esta revelação, ressurge uma vez mais em nós a pergunta: Como é possível? O Verbo e a carne são realidades opostas entre si; como pode a Palavra eterna e omnipotente tornar-se um homem frágil e mortal? Só há uma resposta possível: o Amor. Quem ama quer partilhar com o amado, quer estar-lhe unido, e a Sagrada Escritura apresenta-nos precisamente a grande história do amor de Deus pelo seu povo, com o ponto culminante em Jesus Cristo.

Na realidade, Deus não muda: mantém-se fiel a Si mesmo. Aquele que criou o mundo é o mesmo que chamou Abraão e revelou o seu próprio Nome a Moisés: Eu sou Aquele que sou... o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob... Deus misericordioso e compassivo, cheio de amor e fidelidade (cf. Ex 3, 14-15; 34, 6). Deus não muda: Ele é Amor, desde sempre e para sempre. Em Si mesmo, é Comunhão, Unidade na Trindade, e cada obra e palavra sua tem em vista a comunhão. A encarnação é o ápice da criação. Quando no ventre de Maria, pela vontade do Pai e a acção do Espírito Santo, se formou Jesus, Filho de Deus feito homem, a criação atingiu o seu vértice. O princípio ordenador do universo, o Logos, começava a existir no mundo, num tempo e num espaço.

«O Verbo fez-Se carne». A luz desta verdade manifesta-se a quem a acolhe com fé, porque é um mistério de amor. Somente aqueles que se abrem ao amor, são envolvidos pela luz do Natal. Assim sucedeu na noite de Belém, e assim é hoje também. A encarnação do Filho de Deus é um acontecimento que se deu na história, mas ao mesmo tempo ultrapassa-a. Na noite do mundo, acende-se uma luz nova, que se deixa ver pelos olhos simples da fé, pelo coração manso e humilde de quem espera o Salvador. Se a verdade fosse apenas uma fórmula matemática, em certo sentido impor-se-ia por si mesma. Mas, se a Verdade é Amor, requer a fé, o «sim» do nosso coração.

E que procura, efectivamente, o nosso coração, senão uma Verdade que seja Amor? Procura-a a criança, com as suas perguntas tão desarmantes e estimuladoras; procura-a o jovem, necessitado de encontrar o sentido profundo da sua própria vida; procuram-na o homem e a mulher na sua maturidade, para orientar e sustentar os compromissos na família e no trabalho; procura-a a pessoa idosa, para levar a cumprimento a existência terrena.

«O Verbo fez-Se carne». O anúncio do Natal é luz também para os povos, para o caminho colectivo da humanidade. O «Emanuel», Deus-connosco, veio como Rei de justiça e de paz. O seu Reino - bem o sabemos - não é deste mundo, e todavia é mais importante do que todos os reinos deste mundo. É como o fermento da humanidade: se faltasse, definhava a força que faz avançar o verdadeiro progresso, o impulso para colaborar no bem comum, para o serviço desinteressado do próximo, para a luta pacífica pela justiça. Acreditar em Deus que quis compartilhar a nossa história, é um constante encorajamento a comprometer-se com ela, inclusive no meio das suas contradições; é motivo de esperança para todos aqueles cuja dignidade é ofendida e violada, porque Aquele que nasceu em Belém veio para libertar o homem da raiz de toda a escravidão.

A luz do Natal resplandeça novamente naquela Terra onde Jesus nasceu, e inspire Israelitas e Palestinianos na busca duma convivência justa e pacífica. O anúncio consolador da vinda do Emanuel mitigue o sofrimento e console nas suas provas as queridas comunidades cristãs do Iraque e de todo o Médio Oriente, dando-lhes conforto e esperança no futuro e animando os Responsáveis das nações a uma efectiva solidariedade para com elas. O mesmo suceda também em favor daqueles que, no Haiti, ainda sofrem com as consequências do terramoto devastador e com a recente epidemia de cólera. Igualmente não sejam esquecidos aqueles que, na Colômbia e na Venezuela mas também na Guatemala e na Costa Rica, sofreram recentemente calamidades naturais.

O nascimento do Salvador abra perspectivas de paz duradoura e de progresso autêntico para as populações da Somália, do Darfour e da Costa do Marfim; promova a estabilidade política e social em Madagáscar; leve segurança e respeito dos direitos humanos ao Afeganistão e Paquistão; encoraje o diálogo entre a Nicarágua e a Costa Rica; favoreça a reconciliação na Península Coreana.

A celebração do nascimento do Redentor reforce o espírito de fé, de paciência e de coragem nos fiéis da Igreja na China continental, para que não desanimem com as limitações à sua liberdade de religião e de consciência e, perseverando na fidelidade a Cristo e à sua Igreja, mantenham viva a chama da esperança. O amor do «Deus-connosco» dê perseverança a todas as comunidades cristãs que sofrem discriminação e perseguição, e inspire os líderes políticos e religiosos a empenharem-se pelo respeito pleno da liberdade religiosa de todos.

Queridos irmãos e irmãs, «o Verbo fez-Se carne», veio habitar no meio de nós, é o Emanuel, o Deus que Se aproximou de nós. Contemplemos, juntos, este grande mistério de amor; deixemos o coração iluminar-se com a luz que brilha na gruta de Belém! Boas-festas de Natal para todos!

© Copyright 2010 - Libreria Editrice Vaticana

Financiamento público só com 300 mil dos votos. Os candidatos à república precisam de 5% dos votos para receberem dinheiro público.


José Manuel Coelho só vai ter financiamento público, para a sua campanha eleitoral à Presidência da República, se obtiver pelo menos 5% dos votos que vierem a ser expressos. Tendo como referência as últimas presidenciais, 2006, equivale a dizer que o candidato madeirense precisa de perto de 300 mil votos.

Continuando a ter como referência as eleições de 2006, o resultado necessário para ter financiamento público é semelhante ao alcançado pelo então candidato Francisco Louçã. Nessa altura o presidente do BE obteve 292 mil votos, o equivalente a 5,3% dos total de boletins validados, que ascenderam a 5 milhões 590 mil.

Campanha começa dia 9
A campanha oficial para a Presidência da República, de acordo com a lei, começa no 14º dia anterior ao da eleição. No caso do próximo ano, significa que a campanha começa às zero horas do dia 9 de Janeiro, um domingo, e termina à meia noite do dia 21, a sexta-feira anterior ao dia da eleição.

Já neste dias, o Tribunal Constitucional decide que candidatos são aceites ou não, o que está intimamente ligado às assinaturas recolhidas.
Os juízes têm estado a trabalhar na validação das proposituras e, muito em breve, devem anunciar quem foi admitido definitivamente, quem o foi de forma condicional e precisa regularizar algum documento, e quem foi definitivamente excluído.

Quem não tiver tudo como determina a lei, mas não for excluído, tem até ao dia 29, próxima quarta-feira, para suprir irregularidades processuais detectadas pelo Tribunal. Deverá fazê-lo através do respectivo mandatário.

Cumprindo cegamente a lei eleitoral, o sorteio do número de ordem a atribuir às candidaturas, pelo Constitucional, nos boletins de voto, deveria acontecer na véspera de Natal. Mas, porque foi decretada tolerância de ponto para esse dia, acto formal foi adiado para a próxima segunda-feira, dia 27.

Um dos efeitos do processo em curso é o da suspensão da actualização do recenseamento eleitoral. Essa suspensão dá-se no 60º dia antes das eleições, que estão marcadas para 23 de Janeiro. Quer isso dizer que os cadernos eleitorais não são mexidos desde o dia 24 de Novembro e que só voltarão a ser actualizados a partir do dia 23 do próximo mês.

DN-Madeira

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

UM SANTO NATAL

"Eu quero trazer à ribalta nacional uma situação que se vive há anos na Madeira, e que se prende com a faltade democracia existente na região"

Coelho 'a meio caminho' da candidatura a Belém


Dirigente da Nova Democracia quer denunciar jardinismo ao país e já está ao ataque

José Manuel Coelho formalizou ontem em Lisboa, mesmo ao cair do pano, aquela que é a primeira candidatura madeirense à Presidência da República. Mais discreto que o habitual, o dirigente da Nova Democracia não esperava que fosse tão difícil. "Isto está feito para que só os grandes partidos, que têm uma grande máquina por trás, consigam cumprir requisitos", denunciou ontem ao DIÁRIO em Lisboa.

Apesar de tudo, o deputado do PND está convencido de que conseguiu cumprir o desafio a que se propôs. "Foi uma grande luta, muito trabalho, mas estamos aqui com 7700 assinaturas e ainda temos aqui umas de reserva caso seja preciso", disse.

O Tribunal Constitucional confirmou a entrega. Ao todo foram recebidas sete candidaturas. Cavaco Silva, Manuel Alegre, Fernando Nobre, Francisco Lopes, Luís Botelho Ribeiro, Defensor Moura e José Manuel Coelho. Os técnicos do palácio Ratton têm agora até 29 de Dezembro para se pronunciarem sobre a conformidade das candidaturas, havendo ainda a hipótese de apresentação de recurso até três de Janeiro.

Coelho apresenta queixa à CNE
Entretanto, o madeirense já está em campanha e ressalvou que valeu a pena o esforço e o trabalho árduo. O responsável disse que esta foi "a segunda grande derrota de Jardim depois da vaia monumental nos barreiros quando quis unir os três clubes". "O PSD não acreditava que tivéssemos capacidade de recolher assinaturas de tanta gente", regozijou-se. "Os pedidos de certidão de assinatura começaram a chegar a conta-gotas às juntas de freguesia e não levaram a sério", afirmou. E prosseguiu: "Quando perceberam iniciaram desesperadamente uma campanha para calar os madeirenses, mas já era tarde".

José Manuel Coelho lamentou, contudo, a perseguição política que já se está a fazer a pessoas afectas ao PSD, que participaram na sua propositura. "É inadmissível que as Juntas de Freguesia, com aquela fidelidade canina à Quinta Vigia, tenham cedido documentos confidenciais à imprensa, denunciando quem subscreveu a minha candidatura", acusou. O candidato prometeu apresentar queixa à Comissão Nacional de Eleições (CNE), a propósito dos casos da professora Zita Cardoso, presidente da Junta da Associação de Comércio e Indústria de Machico e de Luís Ferreira, ex-presidente da Junta de São Gonçalo, cujo 'apoio' a Coelho foi denunciado n o Jornal da Madeira. "Isto é uma caça às bruxas do tipo que se fazia na Rússia no tempo de Estaline", acusou.

Em Lisboa sem teatro
José Manuel Coelho tem um objectivo claro e garante que a sua candidatura "não é de fantochada". No continente não haverá "teatro de rua". "Na Madeira usamos a sátira para caricaturar a falsa ideia de que existe democracia", afirmou. "É como fazem os professores da pré-primária, primeiro fazem um teatro de marionetes para captar a atenção dos meninos", justificou.

"Aqui as instituições do Estado funcionam, não precisamos ridicularizar", adiantou ainda. E, já em pose de campanha atirou: "Ao votarem na minha candidatura, os portugueses ajudam a restaurar a democracia da Madeira", que é um enclave dominada por um tiranete". A luta por um país moderno, sem corrupção, vem logo a seguir na lista de prioridades do candidato.

À porta do Tribunal Constitucional, José Manuel Coelho, Gil Canha e Baltasar Aguiar suspiravam ontem de alívio. Num troley levavam as assinaturas de reserva. "Isto não é para qualquer um", atirava Aguiar. "Só para loucos como nós", respondia Canha. Mas ainda agora começou a primeira aventura presidencial madeirense.

O pintor que até tem cultura acima da média

José Manuel da Mata Vieira Coelho nasceu em Santa Cruz em 22 de Julho de 1952 (58 anos). Casado, tem duas filhas. A profissão que faz questão de anunciar (pintor de construção) pode suscitar equívocos e levar a que se menospreze os seus conhecimentos políticos, económicos e culturais. É que se só completou o 12.º ano de escolaridade (ainda frequentou uma licenciatura em Física), José Manuel Coelho é um cidadão que revela uma cultura acima da média, capaz de surpreender os seus interlocutores. Esse aspecto foi realçado pelo Representante da República, Monteiro Diniz, após uma audiência com o deputado do PND. Na Assembleia regional, o agora candidato a Presidente da República tem-se destacado com acções que têm tanto de aparatoso quanto de polémico. Para protestar contra o tempo de intervenção limitado concedido aos deputados da oposição, chegou ao plenário com um relógio de cozinha pendurado ao pescoço. Associou uma bandeira nazi ao regime jardinista por este não comemorar o 25 de Abril. Ousadia que agora pode levar para outros palcos políticos.

DN-Madeira

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

José Manuel Coelho apresenta candidatura às 15h30 no Tribunal Constitucional


Um comunicado, assinado pelo secretário-geral do PND, Joel Viana, recebido esta manhã, refere que José Manuel Coelho apresentará a sua candidatura à Presidência da República, esta tarde, às 15h30, no Tribunal Constitucional.

Fonte: DN Madeira

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Coelho continua recolha de assinaturas, com medo do rigor do Constitucional


José Manuel Coelho tenciona levar a sua campanha eleitoral ao continente. As datas ainda não estão definidas, nem tão pouco os meios a usar. Mas é certo que, se tudo correr como o candidato prevê, haverá mesmo campanha fora da Madeira.

Coelho ainda não sabe, por exemplo, se usará no continente, o carro funerário que tem servido de base à sua campanha na Madeira, à semelhança do que aconteceu em 2007, quando da candidatura à ALM.

Também não está definido ainda um orçamento de campanha. Isso vai depender dos montantes que sejam angariados, para o que já existe uma conta bancária. José Manuel Coelho diz não saber exactamente quanto é que já foi angariado, pois, apesar de a conta estar em seu nome, não é gerida por si.

Sobre os apoios políticos com que conta, não os limita ao PND, como resulta óbvio. José Manuel Coelho diz que a maioria das pessoas que o têm proposto para candidato a Presidente da República, são da esquerda: PS, PCP e BE, mas também alguns do PSD.

Sobre este últimos, caracteriza-os essencialmente como donas de casa, descontentes com os cortes nos abonos e com o desemprego dos maridos, e com funcionários públicos insatisfeitos com os cortes salariais.

Recolha até quarta-feira à noite
A recolha de assinaturas vai continuar até depois de amanhã. Apesar de, ao que afirma, já ter conseguido praticamente nove mil proposituras, José Manuel Coelho teme que, no Tribunal Constitucional, sejam anuladas algumas.

Explica o candidato que várias assinaturas, essencialmente de gente mais idosa, não estão totalmente iguais aos bilhetes de identidade.

Por ser uma candidatura diferente, como reconhece e afirma, Coelho teme que isso influencie a apreciação do Tribunal.

Sobre a sua ausência dos debates que estão a acontecer nas televisões nacionais, sem a sua presença, Coelho diz que nada pode fazer quanto à TVI e à SIC, por serem estações sem obrigatoriedade de serviço público. Já o mesmo não acontece relativamente à RTP.

Em relação às privadas, acusa de estarem a querer vender um produto: Cavaco Silva.

Os eleitores comprarão o produto que lhe for vendido e não outro, afirma. Por isso é que não será convidado afirma.

Fonte: DN Madeira

Coelho candidato entrega assinaturas na quinta-feira


José Manuel Coelho entrega na próxima quinta-feira, em Lisboa, as assinaturas para formalizar no Tribunal Constitucional a candidatura à Presidência da República. A campanha de rua recolheu 8.500 assinaturas e o candidato acredita chegar às 9.000, mas o processo ainda não começou e Coelho tem já queixas no modo como está a ser tratado pelas televisões.

"A democracia distingue-se dos outros regimes porque garante a todos a igualdade de oportunidades e condições à partida. Ora isto não está acontecer com as televisões, que mesmo sabendo que a minha candidatura ainda não estava formalizada, fizeram já as grelhas de debates, já os iniciaram".

Contra a 'chapelada'

Inconformado, o candidato que só por isto, por este tratamento desigual e antidemocrático merece a pena entrar na campanha. "Nem que seja só para desmascarar esta 'chapelada', onde os candidatos e os debates existem para legitimar a eleição de Cavaco Silva. Assim como acontecia no tempo de Salazar e de Marcelo Caetano". José Manuel Coelho quer desmontar este esquema em que "uma meia dúzia de candidatos cinzentões fazem o favor" de eleger actual Presidente da República.

Por isso, vai a Lisboa entregar as assinaturas na quinta-feira, vai fazer campanha e vai tentar mostrar ao povo português o estado em que se encontra a democracia. "Basta ver os debates nas televisões e os comentadores de serviço após os debates. O discurso é sempre o mesmo. Começam por apontar o dedo, por criticar o papel pouco interveniente de Cavaco Silva, mas depois acabam a dizer que é do mal o menos".

A verdade, segundo o polémico candidato, é que as televisões e os grandes meios de comunicação social - sustentados pelos grandes grupos económicos e banqueiros - não querem que o povo português vote em Cavaco Silva. "Querem vender Cavaco Silva como um produto como quem vende uma marca de sabonete ou detergente para a roupa".

Perante este estado de coisas, de televisões que já fizeram a sua grelha de debates, de uma burguesia que quer impor um produto para continuar a manter os seus privilégios, o homem que se apresentou à frente do Mercado dos Lavradores em cima de um carro funerário entende que a sua campanha é um serviço ao País. "Tudo isto se passa enquanto o povo fica cada vez mais desamparado".

Os políticos são produtos de marketing, a burguesia mantém o nível de vida e os tribunais, o sistema de Justiça fecha aos olhos, deixa que tudo fique como está. Ou seja, na mesma. De facto, para José Manuel Coelho os juízes fazem até mais do que deixar tudo na mesma. "De facto, quem denuncia é perseguido e interrogado como se fosse o ladrão. Se um jornalista investiga é logo importunado como se fosse o bandido".

Além dos políticos, da burguesia e dos grandes meios de comunicação que servem os interesses dos privilegiados, o candidato José Manuel Coelho insurge-se também contra a Justiça, a quem diz que falta uma revolução. "Os militares mexeram em tudo no 25 de Abril - eu fui um soldado de Abril - mas não tocaram na Justiça. E, por isso, ficaram lá os juízes reaccionários do tempo da ditadura, que entretanto fizeram escola. E é essa escola que domina em 90% dos tribunais deste País".

De modo que, depois de entregar as assinaturas no Tribunal Constitucional, o candidato vai fazer campanha, exigir o direito a participar nos debates televisivos e lutar para que a democracia portuguesa não seja uma 'chapelada', mas efectiva, que garanta à partida igualdade de oportunidades a todos os cidadãos.

Fonte: DN Madeira