José Manuel Coelho entrega na próxima quinta-feira, em Lisboa, as assinaturas para formalizar no Tribunal Constitucional a candidatura à Presidência da República. A campanha de rua recolheu 8.500 assinaturas e o candidato acredita chegar às 9.000, mas o processo ainda não começou e Coelho tem já queixas no modo como está a ser tratado pelas televisões.
"A democracia distingue-se dos outros regimes porque garante a todos a igualdade de oportunidades e condições à partida. Ora isto não está acontecer com as televisões, que mesmo sabendo que a minha candidatura ainda não estava formalizada, fizeram já as grelhas de debates, já os iniciaram".
Contra a 'chapelada'
Inconformado, o candidato que só por isto, por este tratamento desigual e antidemocrático merece a pena entrar na campanha. "Nem que seja só para desmascarar esta 'chapelada', onde os candidatos e os debates existem para legitimar a eleição de Cavaco Silva. Assim como acontecia no tempo de Salazar e de Marcelo Caetano". José Manuel Coelho quer desmontar este esquema em que "uma meia dúzia de candidatos cinzentões fazem o favor" de eleger actual Presidente da República.
Por isso, vai a Lisboa entregar as assinaturas na quinta-feira, vai fazer campanha e vai tentar mostrar ao povo português o estado em que se encontra a democracia. "Basta ver os debates nas televisões e os comentadores de serviço após os debates. O discurso é sempre o mesmo. Começam por apontar o dedo, por criticar o papel pouco interveniente de Cavaco Silva, mas depois acabam a dizer que é do mal o menos".
A verdade, segundo o polémico candidato, é que as televisões e os grandes meios de comunicação social - sustentados pelos grandes grupos económicos e banqueiros - não querem que o povo português vote em Cavaco Silva. "Querem vender Cavaco Silva como um produto como quem vende uma marca de sabonete ou detergente para a roupa".
Perante este estado de coisas, de televisões que já fizeram a sua grelha de debates, de uma burguesia que quer impor um produto para continuar a manter os seus privilégios, o homem que se apresentou à frente do Mercado dos Lavradores em cima de um carro funerário entende que a sua campanha é um serviço ao País. "Tudo isto se passa enquanto o povo fica cada vez mais desamparado".
Os políticos são produtos de marketing, a burguesia mantém o nível de vida e os tribunais, o sistema de Justiça fecha aos olhos, deixa que tudo fique como está. Ou seja, na mesma. De facto, para José Manuel Coelho os juízes fazem até mais do que deixar tudo na mesma. "De facto, quem denuncia é perseguido e interrogado como se fosse o ladrão. Se um jornalista investiga é logo importunado como se fosse o bandido".
Além dos políticos, da burguesia e dos grandes meios de comunicação que servem os interesses dos privilegiados, o candidato José Manuel Coelho insurge-se também contra a Justiça, a quem diz que falta uma revolução. "Os militares mexeram em tudo no 25 de Abril - eu fui um soldado de Abril - mas não tocaram na Justiça. E, por isso, ficaram lá os juízes reaccionários do tempo da ditadura, que entretanto fizeram escola. E é essa escola que domina em 90% dos tribunais deste País".
De modo que, depois de entregar as assinaturas no Tribunal Constitucional, o candidato vai fazer campanha, exigir o direito a participar nos debates televisivos e lutar para que a democracia portuguesa não seja uma 'chapelada', mas efectiva, que garanta à partida igualdade de oportunidades a todos os cidadãos.
Fonte: DN Madeira
"A democracia distingue-se dos outros regimes porque garante a todos a igualdade de oportunidades e condições à partida. Ora isto não está acontecer com as televisões, que mesmo sabendo que a minha candidatura ainda não estava formalizada, fizeram já as grelhas de debates, já os iniciaram".
Contra a 'chapelada'
Inconformado, o candidato que só por isto, por este tratamento desigual e antidemocrático merece a pena entrar na campanha. "Nem que seja só para desmascarar esta 'chapelada', onde os candidatos e os debates existem para legitimar a eleição de Cavaco Silva. Assim como acontecia no tempo de Salazar e de Marcelo Caetano". José Manuel Coelho quer desmontar este esquema em que "uma meia dúzia de candidatos cinzentões fazem o favor" de eleger actual Presidente da República.
Por isso, vai a Lisboa entregar as assinaturas na quinta-feira, vai fazer campanha e vai tentar mostrar ao povo português o estado em que se encontra a democracia. "Basta ver os debates nas televisões e os comentadores de serviço após os debates. O discurso é sempre o mesmo. Começam por apontar o dedo, por criticar o papel pouco interveniente de Cavaco Silva, mas depois acabam a dizer que é do mal o menos".
A verdade, segundo o polémico candidato, é que as televisões e os grandes meios de comunicação social - sustentados pelos grandes grupos económicos e banqueiros - não querem que o povo português vote em Cavaco Silva. "Querem vender Cavaco Silva como um produto como quem vende uma marca de sabonete ou detergente para a roupa".
Perante este estado de coisas, de televisões que já fizeram a sua grelha de debates, de uma burguesia que quer impor um produto para continuar a manter os seus privilégios, o homem que se apresentou à frente do Mercado dos Lavradores em cima de um carro funerário entende que a sua campanha é um serviço ao País. "Tudo isto se passa enquanto o povo fica cada vez mais desamparado".
Os políticos são produtos de marketing, a burguesia mantém o nível de vida e os tribunais, o sistema de Justiça fecha aos olhos, deixa que tudo fique como está. Ou seja, na mesma. De facto, para José Manuel Coelho os juízes fazem até mais do que deixar tudo na mesma. "De facto, quem denuncia é perseguido e interrogado como se fosse o ladrão. Se um jornalista investiga é logo importunado como se fosse o bandido".
Além dos políticos, da burguesia e dos grandes meios de comunicação que servem os interesses dos privilegiados, o candidato José Manuel Coelho insurge-se também contra a Justiça, a quem diz que falta uma revolução. "Os militares mexeram em tudo no 25 de Abril - eu fui um soldado de Abril - mas não tocaram na Justiça. E, por isso, ficaram lá os juízes reaccionários do tempo da ditadura, que entretanto fizeram escola. E é essa escola que domina em 90% dos tribunais deste País".
De modo que, depois de entregar as assinaturas no Tribunal Constitucional, o candidato vai fazer campanha, exigir o direito a participar nos debates televisivos e lutar para que a democracia portuguesa não seja uma 'chapelada', mas efectiva, que garanta à partida igualdade de oportunidades a todos os cidadãos.
Fonte: DN Madeira
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