sexta-feira, 1 de março de 2013

Os crimes do comunismo IX



Prisões nazis e prisões comunistas

1.            Nyeste, húngaro e residente, dirigia depois da guerra uma organização de jovens; recusou-se a aderir ao PC. Condenado depois de processo, cumpriu a sua pena no campo de trabalho de Resz, onde permaneceu até ao ano de 1956; testemunhou que os detidos passavam doze horas por dia no Inverno, e dezasseis no Verão, o partir pedra. O mais difícil de suportar era no entanto a fome:
«A diferença entre a polícia secreta comunista e a dos nazis - sou um dos felizes eleitos a Ter experimentado ambas - não reside nos seus níveis de crueldade e de brutalidade. O local de tortura de uma masmorra nazi era idêntico ao de uma masmorra comunista. A diferença não está aí. Se os nazis o prendiam como dissidente político, queriam geralmente saber quais eram os suas actividades, quem eram os seus amigos, quais eram os seus planos e assim por diante. Os comunistas não perdiam tempo com isso. Sabiam já, ao prendê-lo, que tipo de confissão iria assinar. Mas o senhor não sabia. Eu não podia imaginar que me ia transformar num «espião americano!»

(Entrevista para a emissão «The Other Europe», Janeiro de 1988, citada in Jacques Rupnik, l’autre Europe. Crise et fin du communisme,
Paris, Odile Jacob, 1990, p. 147)

Sem comentários: