terça-feira, 18 de novembro de 2008

A CULTURA DA TASCA























Depois do Presidente do Governo Regional, pedir ao povo para "ir tratando dos seus opositores", veio agora o Presidente do Nacional dizer aos seus adeptos que "temos que nos mostrar hostis em relação à comunicação social, eles têm que saber que também somos guerreiros e que damos duas bofetadas quando fazem estas atordoadas em relação ao nosso clube".
A realidade mostra que a maior parte dos líderes desta terra simbolizam bem a cultura madeirense, que não se podendo generalizar a todos os que têm os genes deste "povo superior", poderia denominar-se como a "cultura da tasca". Na verdade são os expoentes máximos de um modo de vida enraizado no sangue madeirense, e que socialmente merecia um estudo científico, se é que a ciência pode explicar...
A sociedade madeirense é uma sociedade demasiado conservadora, dominada pelo homem machão, frequentador da tasca onde bebe desalmadamente com os amigos do copo, que discute com esses mesmos amigos a sua opinião até à exaustão, que não aceita opiniões diferentes, que parte para a pancadaria quando alguém lhe faz frente, que chega a casa e descarrega com violência na mulher todas as frustrações do dia, que inveja o sucesso e bem estar dos vizinhos, que está sempre à espera de subir na vida ou conseguir "mais qualquer coisa" com cunhas ou favorecimentos pessoais, que fala maliciosamente da vida dos outros, envenenando e magicando enredos maquiavélicos.
Estes cenários passam-se a um nível sócio-económico baixo, mas de igual modo nos mais elevados, embora com outro requinte e outros ambientes. É por isso que o maior problema desta terra, é não termos gente de qualidade na liderança da maior parte das instituições, seja a associação cultural da esquina, passando ao clube local, à Câmara Municipal, ou até ao próprio Governo.

Com a devida vénia besoirar

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