Agora que a sua candidatura à Presidência da República foi legalmente aceite, qual vai ser o seu plano de acção nestas três semanas até às eleições?
No imediato, vou lutar para repor a igualdade de tratamento das diversas candidaturas pelas estações de televisão, pois estas estão a fazer os debates só com os candidatos do sistema, os mesmos que têm levado este país à bancarrota e ao descalabro financeiro, não querem fazer um debate com um candidato que vem do povo e que não é apoiado pelas máquinas partidárias.
Mas a minha mensagem nesta campanha vai ser norteada por três vectores essenciais.
Primeiro, combater os ordenados escandalosos e privilégios dos políticos profissionais que vão para o poder para instalarem a família e os amigos nas empresas e instituições do Estado.
Em segundo lugar, lutar pela reforma da justiça em Portugal, porque a maioria dos magistrados do Ministério Público não defende o Estado Português e a justiça.
Em terceiro lugar quero combater a corrupção, porque sem isso não teremos um país moderno e próspero. Só num país corrupto é que os velhinhos são abandonados nos hospitais por falta de lares, enquanto os políticos se banqueteiam com dinheiro e fazem estádios de futebol.
Estamos habituados a que as acções do PND sejam marcadas pela sátira. Esta campanha poderá ser mais séria?
Estamos habituados a que as acções do PND sejam marcadas pela sátira. Esta campanha poderá ser mais séria?
Nós utilizamos a sátira e o teatro de rua aqui na Madeira, porque o nosso povo é alegre e gosta de divertir-se e de festa. Recorremos à sátira para fazer passar uma mensagem. No continente as instituições do Estado funcionam um pouco melhor do que aqui e as regras democráticas também são mais respeitadas, embora não totalmente. Por isso, a nossa mensagem no continente não terá que ser tão teatral. Será mais séria e objectiva. Se fizermos teatro de rua, será muito pouco. Na Madeira vamos continuar com a sátira, porque o regime jardinista é uma caricatura de democracia e merece ser ridicularizado.
A concretização da candidatura não lhe coloca problemas de logística (meios materiais e humanos) e até orçamentais?
A concretização da candidatura não lhe coloca problemas de logística (meios materiais e humanos) e até orçamentais?
Nós não pensamos gastar muito dinheiro, porque não temos as grandes organizações partidárias do sistema a nos financiar, como os outros candidatos. Temos os nossos parcos meios e vamos usá-los de uma forma comedida. Vamos viajar pelo país nos transportes públicos, comendo nos restaurantes mais baratinhos, nos locais onde o povo come, bebendo um copo de vinho com os trabalhadores e desempregados, porque esta é uma candidatura do povo e para o povo.
Fonte: DN Madeira
Fonte: DN Madeira
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