Depois de Alberto João Jardim ter evitado a declaração de calamidade pública para evitar prejuízos no turismo, começam a haver sinais de que a administração regional tudo faz para eliminar todos os sinais de catástrofe, tentando não só poupar a imagem turística da ilha, mas também escamotear as causas do que sucedeu e minimizar os prejuízos políticos.
Mais tarde, ou mais cedo o país terá de reflectir sobre o que se passou e analisar as suas causas, até porque deverão se adoptadas medidas para que no futuro não suceda nada de semelhante, mas também para apurar responsabilidades, se as houverem. Alberto João está a assumir a postura de Marquês de Pombal, até usou expressões atribuídas ao marquês, mas é um facto que o presidente do governo regional tem mais responsabilidades políticas na extensão do desastre do que Sebastião José de Carvalho e Melo teve no terramoto de Lisboa.
A boa resposta do governo regional e do país é louvável mas não poderá nem deverá servir para iludir as causas do desastre ou pelo menos a aplicação das consequências das chuvas, até porque para muitos era um desastre anunciado.
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