terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Ponto de não regresso














Caso Manuel Alegre faça a ruptura, pouca coisa ficará na mesma no sistema político português. A renovação da maioria absoluta do PS desvanecer-se-á.

A liderança, quase indisputada, de José Sócrates ficará periclitante. E se o PSD retomar a lucidez política, ou seja, caso prescinda da actual liderança (que cai a pique nas sondagens semana após semana), até a questão do vencedor das próximas Legislativas poderá estar em jogo.

Alegre divergiu de Sócrates irremediavelmente. Dirigiu-se directamente aos descontentes da área do PS. Alegre pode corporizar a insatisfação generalizada que se sente em toda a parte mas que não tem quem apoiar e transformá-la em votos. Então, a teimosia de Sócrates perderá os trunfos que a Oposição lhe tem ofertado.

Carlos de Abreu Amorim

Com a devida vénia Correio da Manhã

Sem comentários: