Caso Manuel Alegre faça a ruptura, pouca coisa ficará na mesma no sistema político português. A renovação da maioria absoluta do PS desvanecer-se-á.
A liderança, quase indisputada, de José Sócrates ficará periclitante. E se o PSD retomar a lucidez política, ou seja, caso prescinda da actual liderança (que cai a pique nas sondagens semana após semana), até a questão do vencedor das próximas Legislativas poderá estar em jogo.
Alegre divergiu de Sócrates irremediavelmente. Dirigiu-se directamente aos descontentes da área do PS. Alegre pode corporizar a insatisfação generalizada que se sente em toda a parte mas que não tem quem apoiar e transformá-la em votos. Então, a teimosia de Sócrates perderá os trunfos que a Oposição lhe tem ofertado.
Carlos de Abreu AmorimCom a devida vénia Correio da Manhã
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