Paulo Portas foi reeleito presidente do CDS – era o candidato único e obteve 95% dos votos. Quem estiver distraído pode julgar que se trata de uma grande vitória – mas não o é. Para além do resultado ‘norte-coreano’, aquilo que sobressai é a ausência de debate e de diferença.
Ser do CDS, hoje em dia, é estar integrado num culto de personalidade que não admite a menor divergência com o pensamento oficial. Todos os que revelam ideias próprias são esmagados pela lógica do ‘leninismo’ popular. Até Nobre Guedes, a quem Portas tudo deve, foi humilhado nas eleições para delegados ao Congresso.
Tentando legitimar-se fugir ao êxito do seu isolamento, Portas equiparou-se à vitória de Sócrates no PS – mas é como comparar a avenida da Boavista com a viela do Anjo.
Carlos de Abreu AmorimCom a devida vénia Correio da Manhã
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