quinta-feira, 26 de março de 2015

Nem vou comentar...

Três sondagens depois, uma certeza: o PSD-M, em contínuo crescendo, vai ganhar eleições do próximo domingo, provavelmente com maioria absoluta, objectivo que, contudo, depende da concentração de votos.
Só que essa temida dispersão de votos pelas 11 candidaturas é um cenário de elevada probabilidade: os estudos de opinião quer da Eurosondagem para o DIÁRIO, quer da Católica para a RTP, revelam que apenas 3 ou 4 das 11 forças políticas que disputam as ‘Regionais’ de 2015 não estão em condições de eleger deputados.
Mantém-se assim a propensão do eleitorado para a diversidade, pois contando com todas as componentes das candidaturas que vão a votos, há 11 forças partidárias com elevadas probabilidades de ter assento parlamentar na próxima legislatura.
Outra certeza é que, à medida que as eleições se aproximam, a ‘Mudança’ perde expressão. A coligação afirma-se como a segunda força, mas tem vindo a registar quebras de uma sondagem para outra. Pior, em termos percentuais, a aliança vale nesta altura menos do que a soma das partes e só no melhor dos cenários, iguala os 11 mandatos actuais. As sondagens projectam resultados que na pior das hipóteses colocam a candidatura a 31 pontos do PSD.
O CDS tem registado valores que variam entre os 11 e 12,5%, insuficientes para manter os 9 mandatos actuais e o título de líder da oposição. Começa a ganhar forma que os 6 deputados são possíveis.
O movimento agora partido JPP estabilizou nos 6%, depois da entrada vistosa na primeira sondagem e da descida de 2,2 pontos para 5,5% o que podem valer 2 a 3 deputados, projecção que se mantém. A CDU continua estabilizada casa dos 5%, logo, a duplicar preferências que garantem o regresso do grupo parlamentar comunista. O regresso da representação do BE ao parlamento e a probabilidade do PND continuar na ALM são outras notas constantes dos estudos de opinião feitos de forma diferente.
A última sondagem foi revelada ontem à tarde pelo serviço público de rádio e televisão dá maioria absoluta do PSD, com 49% das intenções de voto e uma projecção de 23 - margem mínima estimada se houver oito candidaturas com representação parlamentar-  a 27 deputados.
A ‘Mudança’ surge em 2.º lugar, com 18%,  que podem garantir  8 a 10 deputados. O CDS é terceira força com 11%, susceptíveis de eleger 4 a 6 deputados. O ‘Juntos pelo Povo’ deverá afirmar-se como a quarta força, com 2 a 3 deputados, o mesmo número de lugares a obter pela CDU com 2 a 3 deputados.
O Bloco volta ao Parlamento com 1 a 2 deputados e a novidade é a possibilidade do PCTP/MRPP eleger um deputado, equiparando-se ao PND.
Plataforma dos cidadãos questiona CNE
O estudo da Universidade Católica levou a ‘Plataforma dos Cidadãos’ a pedir esclarecimentos à Comissão Nacional de Eleições. Isto porque alegadamente na sondagem, em urna, no papel de simulação do boletim de voto, “surge a designação de duas das coligações - Mudança e CDU - indicando os partidos que as constituem e, quanto à Plataforma dos Cidadãos, não surge tal designação, conforme aprovado pelo Tribunal Constitucional, mas apenas a junção dos partidos que a constituem - PPM/PDA -, o que nos parece não cumprir os ditames de uma sondagem deste tipo por não fornecer aos eleitores toda a informação necessária”.
A sondagem divulgada ontem foi realizada pelo CESOP da Universidade Católica Portuguesa para a RTP e Antena 1 nos dias 21, 22 e 23 de Março de 2015. O universo alvo é composto por recenseados na Região. Foram obtidos 1.357 inquéritos válidos, sendo 53% do sexo feminino. A  taxa de resposta foi de 82%. A margem de erro é de 2,7%, com um nível de confiança de 95%.
No caso dos estudos da  Eurosondagem , as entrevistas foram feitas através  de telefone da rede fixa.
Fonte: DN Madeira

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