O Partido da Nova Democracia
compareceu à presente audiência convocada pelo Sr. Presidente da República e no
decurso da mesma teve a ocasião de transmitir ao Sr. Presidente da República o
seguinte:
1º) Entendemos que, no particular momento vivido na Madeira,
estas audiências deveriam ter tido lugar na Madeira com o Sr. Presidente da
República e com todos os representantes regionais de todos os partidos - mais
concretamente no Palácio de São Lourenço, símbolo da soberania portuguesa sobre
aquela Região.
2º) Consideramos que, quando se levanta a delicada questão da
reivindicação pela Espanha das águas marítimas das Selvagens, senão mesmo
dessas ilhas portuguesas, este seria o momento ideal para o Chefe de Estado afirmar
na Madeira a soberania portuguesa sobre as Selvagens e seus mares perante a
poderosa Espanha e a comunidade internacional.
3º) O Presidente da República é o garante da independência e
unidade nacional e não pode permitir que se subtraia a Portugal nem mais um
metro quadrado dos seus domínios: não se pode repetir, agora com as Selvagens, a
história da “descolonização exemplar”.
4º) Pensamos, aliás, que a deslocação do Presidente da República
à Madeira seria uma ocasião única para corrigir o erro grave da sua última
visita à nossa terra, na qual, recebeu os dirigentes regionais dos partidos num
hotel, como se tratasse de um qualquer chefe de estado estrangeiro.
5º) Comunicámos ao Sr. Presidente da República que ficará ao seu
critério, dentro dos parâmetros legais, a questão da marcação ou não das
eleições e da oportunidade da realização destas, mas pedimos-lhe que não se
deixasse convencer pelo desejo do Dr. jardim (recém aliado do novo Presidente
do Partido Social Democrata da Madeira, o Dr. Miguel Albuquerque) de as
realizar no mais curso espaço de tempo, assim aproveitando a vergonhosa campanha
de propaganda feita ao longo de mais de três meses pela RTP-Madeira a favor do
PSD, na cobertura da disputa eleitoral interna desse partido.
6º) De todo o modo, manifestámos ao Sr. Presidente da República a
nossa disponibilidade para concorrermos a eleições na data que ele designar,
mesmo que, por absurdo e com violação da lei, tal data seja para depois de
amanhã.
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