terça-feira, 27 de maio de 2014

Os idiotas da democracia


Na Grécia antiga, a palavra “idiota” era um rótulo atribuído aos indivíduos que se preocupavam apenas com os seus próprios assuntos, deixando de parte todos os interesses públicos da época, como o teatro ou a política. Nos dias que correm, a palavra “idiota” é esticada a variados contextos, mas continua associada a esse lugar chamado “democracia”. A democracia é, agora, um aterro sanitário onde são despejados camiões e camiões de idiotas.
Há os idiotas que pensam que somos todos idiotas. Mas também há uns quantos que, não sendo idiotas, se fazem de idiotas. Alguém perguntou pelos idiotas que fazem questão de apoiar outros idiotas? Também os temos. Depois há os ajuntamentos de idiotas, que são os idiotas que fazem coligações com outros idiotas. Vão todos vestidos a rigor para “a festa do idiota”. Acrescente-se ainda os idiotas que já foram idiotas no poder e agora são idiotas fora do poder.  Por outro lado, também temos os idiotas que não votam porque acham que votar é uma ideia idiota. Temos os idiotas que se deixam convencer por outros idiotas e ainda disfrutamos dos que se sentem idiotas depois de ter votado num idiota que não parecia sê-lo, mas acaba por se revelar ainda mais idiota que todos os outros idiotas.
Depois, há os super-idiotas. Também há quem lhes chame “filhos da puta”. São assim, uma espécie de super-vilões da democracia. Há muito mais idiotas do que super-idiotas e muitos idiotas juntos não fazem um super-idiota. Podemos até juntar um Passos Coelho, com um Sócrates, uns raminhos de Cavaco, uma calda de Guterres, uma marinada de Paulo Portas e dois dentes de Alberto João Jardim e ainda assim não conseguimos um super-idiota. Nem com uma Bimbi conseguimos um José Manuel Coelho. 
Fonte: JA

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