sábado, 29 de março de 2014

The Jungle. Por Rubina Sequeira


Cada vez me custa mais escrever sobre a política regional. Gastaram-se as palavras do poeta, e as minhas. Razão pela qual, em nome de uma democracia que ainda vem longe, cedo este espaço a um amigo que se quer fazer ouvir. (Aprende Alberto!)
“The jungle
Nos últimos 36 anos, na selva madeirense, com ajuda de alguns parceiros de caça, o caçador tem vivido e reinado acima de todos. Hoje, vários animais aparecem convencidos de que podem tomar o lugar do caçador:
O rinoceronte, um animal do topo da cadeia alimentar, calmo e sossegado, protege o seu terreno (leia-se interesses). Não se trata de um animal endotérmico (animais que hibernam), mas o rinoceronte madeirense deve ter estado hibernado nos últimos 10 anos, pois só agora não concorda com o que se fez.
O leopardo, um grande predador, rápido e letal, ultimamente tem sido infligido com vários golpes. Pensou que derrotava o caçador mas cometeu um erro infantil. Subestimou o Homem.
O búfalo, animal de grande porte, herbívoro de preferência biológica, é calmo e move-se em manada. No entanto, o búfalo madeirense parece estar muito abandonadinho.
O gnu reúne-se em várias da zona da selva e muitas vezes na sua casa. A sua destreza, contudo, de nada lhe serviu. Há patos que custam mais a ser abatidos.
A maior parte destes animais estão no topo da cadeia alimentar mas, para o caçador, matá-los será mera formalidade. O caçador só será derrotado contra um grupo de leões pois não há animal mais forte e com melhor estratégia de caça em grupo.
Tudo o resto é paisagem da savana…”
 Por razões de (des)ordem pública, o autor do texto preferiu manter o anonimato.
Fonte: DN Madeira

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