domingo, 15 de setembro de 2013

Voto útil dos populares vai para Paulo Cafôfo



Cabral Fernandes não se conforma com o que chama "falta de visão" do seu descendente na presidência do CDS-PP. "Não sou só eu a pensar assim, como é evidente. Tenho falado com muita gente do partido e o desgosto alarga-se a muitos militantes. Pelo que já percebemos, o PP não terá hipóteses de chegar ao segundo lugar, quanto mais à vitória!"
No seu entendimento, melhor para José Manuel Rodrigues é que Paulo Cafôfo ganhe. Porque, se perde, e por pouca percentagem, todos lhe cairão em cima, acusando-o de ter entregue a vitória ao "inabalável" PSD. 
Conforme corre a pré-campanha, Cabral Fernandes acredita num salto da coligação que a coloque acima do PSD. Porque, com a sua atitude, Rodrigues já está a ver os votos do PP transferirem-se para Cafôfo. Da sondagem do Expresso para a do DN-Madeira, o PP perdeu 2% e a coligação ganhou 2%. Os números falam.
"Esta é a melhor ocasião que já vi para tentar um corte com o velho poder do PPD", teima Cabral Fernandes. "Quem não percebe isto não tem discernimento político. E dou comigo a pensar por que diabo é que o José Manuel decide retardar a mudança!"

José Manuel Rodrigues, 'encostado' pelas sondagens, sente já estas reacções. Mas poucos acreditam numa "chicotada psicológica" na Mouraria, depois das eleições, se os resultados forem os que estão nas previsões. Há barões populares que, nos bastidores, se dizem tratados com ingratidão pelo líder, aquando da constituição das listas. Mas não se manifestam perto do chefe. O aparelho está montado e tanto Lopes da Fonseca e Lino Abreu como o próprio Rui Barreto, a par de outros hoje bem colocados na estrutura, não admitem qualquer descolagem do líder, aconteça o que acontecer.
Os lugares no parlamento continuam garantidos...

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