segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Denuncia pública resolve calote do PSD Cartaz a expor dívida do partido social democrata surtiu efeito imediato


‘O PSD que pague o que deve e entregue as chaves’. A denuncia pública em letras garrafais impressa num cartaz laranja que esteve colocado no edifício da antiga sede do PSD Porto Moniz, nas imediações da igreja da Santa, surtiu efeitos quase imediatos.
É que além de ter sido motivo de muitos reparos, motivou também a rápida reacção de influentes militantes locais. “Imediatamente o senhor deputado Jaime Lucas contactou-me a pedir para tirar o cartaz, com a promessa que na terça-feira de manhã seria regularizada a minha situação”, declarou Manuel ‘Alhinhos’, o reclamante. O compromisso revelou-se suficiente para retirar o cartaz “porque sou um homem de palavra. Não sou como certos senhores do PSD”, criticou.
Diz ter colocado o cartaz porque “a minha paciência esgotou-se” e então “resolvi fazer isto à minha maneira”, colocando o cartaz  “para chamar a atenção”.
Isto já depois de diversas diligências feitas junto de elementos do secretariado do partido, que nalguns casos, acusa de ainda terem sido “agressivos”. Agastado com o arrastar da situação, deixou um ultimato: “Dei um prazo de uma semana ao PSD para regularizar a minha situação. Passaram-se 15 dias e como não pagaram, coloquei o cartaz”.
Garante ter “pelo menos cinco meses” a receber, além da chave. Diz-se convencido que esta terça-feira a dívida será saldada e entregue a chave, porque “se não me pagarem, volto a por o cartaz”, avisa.
Comissão política demarca-se
O presidente da comissão política do PSD no Porto Moniz põe-se de parte neste contencioso.

“A responsabilidade dessas questões são exclusivas do secretariado do partido”, remeteu Juan França, que é também vice-presidente na Câmara Municipal do Porto Moniz.
Sobre o cartaz, que também viu, recusou tirar partido. “Não sei quem tem razão. Mas acho um bocado esquisito que tenham [PSD] saído sem pagar as rendas todas. Por isso tenho dúvidas que isso seja verdade, mas não posso afirmar, porque não tenho dados concretos”, alegou.
De resto ‘lavou as mãos’ neste diferendo, reforçando que “tudo o que são contratos não são com a comissão política, mas sim da responsabilidade do secretariado”.
Até no processo de mudar de sede Juan França distancia-se. “Ninguém me perguntou se eu queria mudar de sede e não foi por sugestão da comissão política. O que sempre se colocou foi a situação das anteriores instalações colocarem problemas de humidade, nomeadamente nos computadores. Por isso aquilo que me transmitiram é que à bastante tempo o partido procurava um local com melhores condições”, justificou.
Fonte DN Madeira

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