quinta-feira, 2 de maio de 2013

A decadência de Mário Soares.



A radicalização do discurso de Mário Soares nos últimos tempos é inacreditável. É mesmo decadente e profundamente lamentável. A sua demagogia e discurso fáceis é de um mau gosto evidente e de uma falta de sentido de Estado. Dizer que "o Rei D. Carlos foi morto por menos", referindo-se a Passos Coelho, é uma enormidade. Ninguém, muito menos um ex-Chefe de Estado, deve vangloriar o assassinato de um Rei - que também foi Chefe do Estado - ameaçando gratuitamente o atual primeiro-ministro. Depois Soares fala nos direitos dos mais pobres que estão a ser atacados por este governo e pelo neoliberalismo. Esquece Soares que recebe avultados fundos públicos para sua Fundação? Dinheiro do povo. Esquece Soares que tem uma reforma milionária paga por todos os portugueses, incluindo os mais pobres? Esquece Soares que tem direito a um gabinete, que tem direito a uma secretária, que tem direito a um motorista, que tem direito a uma viatura de luxo com combustível a guardas nas suas casas e ao que parece ao pagamento de multas quando anda a alta velocidade… e queixa-se ele do sistema e defende os mais pobres. É preciso ter coragem. Ou será lata? Pior é vê-lo dizer, com orgulho, que "anda a conspirar contra o governo" e a exigir ao PS que não dialogue com o governo. Que grande exemplo de democrata tolerante e responsável... Soares deveria era prescindir das suas mordomias em solidariedade com o povo - demagogia com demagogia se paga - e tudo fazer para que os consensos políticos existam para bem do mesmo povo. Já quanto ao neoliberalismo: Portugal nem liberal é quanto mais neoliberal. Mas mesmo aí há falta de coerência de Soares. Veja-se quem são os membros (vivos) dos vários Órgãos da Fundação de Soares. Uma surpresa!

Por :Paulo Neves

Fonte: DN Madeira

Sem comentários: