quarta-feira, 27 de março de 2013

Parabéns Rómulo Coelho!



Rómulo Coelho demite-se de assessor do grupo parlamentar do PSD. Uma decisão que foi concretizada na passada sexta-feira e que surge como resposta à ameaça e críticas de Alberto João Jardim, feitas na última Comissão Política Regional do partido.
Nessa ocasião, o presidente do partido criticou Rómulo Coelho por não ter estado junto à Assembleia, no dia da Moção de Confiança, para o receber e apoiar.  Jardim lembrou que Rómulo Coelho era empregado do grupo parlamentar e que por isso, ou mudava de atitude ou ia haver consequências.
Na mesma ocasião, Alberto João Jardim falou mesmo na instauração de uma Comissão de Gestão para liderar a JSD. A 'resposta' de Rómulo Coelho veio agora, através da demissão. Assim deixa de ser funcionário ao serviço do PSD.
Confrontado com a decisão, pelo DIÁRIO, o líder da JSD explicou: "Ao decidir neste sentido, de cessação de funções, procuro certificar a minha lealdade ao compromisso que assumi com a minha organização. Só assim fica assegurada a dignidade da JSD-Madeira. Esta sempre foi franca e insubmissa."
Rómulo Coelho sai do grupo parlamentar por não querer que qualquer coisa, que possa haver contra a sua pessoa, possa prejudicar a JSD. "Este meu posicionamento passa a ser mais uma ferramenta para mim e para a organização, mais um activo."
Rómulo garante que a sua posição é entendida pela JSD e pela juventude em geral, assim como por "muitos e prestigiados seniores".
O líder da JSD, "para que não subsistam dúvidas", lembra que a sua direcção apoiou a actual Comissão Política Regional, nas últimas eleições internas. Mas, "a lealdade é um acto livre".
O presidente da 'jota' garante que o apoio da estrutura às várias candidaturas do partido, nas eleições deste ano, "é total e inequívoco", pois o caminho num futuro próximo passa por garantir para o PSD uma vitória  nas autárquicas.
Mas fica o aviso: "Não seremos mais um grupo de apoio político 'bagunceiro', que, em vez de desfraldar a bandeira da autonomia e do PSD-M, prefere encenar gestos e linguagem vernacular." Rómulo Coelho pergunta: "Quem, nos dias de hoje, nos actuais contexto e agitação, se revê nessas atitudes? Quem?"
Numa clara ruptura com a liderança que o antecedeu, o actual líder da JSD afirma: "A minha 'jota' caracteriza-se pela educação e pelo respeito e a juventude apoia-nos. Que não restem dúvidas."
Como referido, tudo começou no dia da Moção de Confiança, que o Governo Regional levou à Assembleia Legislativa. Foi nesse dia que houve a reunião da Comissão Política, já referida.
Rómulo Coelho não só não foi à porta do parlamento gritar o nome de Alberto João Jardim, como se demarcou e à JSD da manifestação e da ocupação da bancada do parlamento.
"Nós só queremos Alberto presidente!" foi a frase adoptada por cerca de 30 jovens mobilizados por José Pedro Pereira, deputado e ex-líder da JSD.
Perante notícias que davam conta dessa iniciativa como sendo da JSD, nas vésperas do debate, a direcção da JSD disse que tinha órgãos eleitos, que representam a 
instituição, e que no parlamento regional só Edgar Garrido fala em seu nome. Na Assembleia da República esse papel é desempenhado por Cláudia Aguiar.

Logo que se soube do descontentamento de Jardim, Rómulo Coelho garantiu que a sua JSD ia manter a orientação aprovada no Congresso em que fora eleito.
Posições políticas: críticas a iniciativas do CDS e da JS

A JSD não percebe a lógica da proposta do CDS sobre o Estatuto do Aluno e Ética Escolar. Rómulo Coelho pergunta que razão existira para se adaptar à Madeira o Estatuto nacional, quando este foi elaborado com base no que já existia na região e que foi pioneiro.

"Se o estatuto Ético nacional se inspirou no nosso modelo, com que lógica e com que sentido se volta a intervir?".
A JSD também se opõe à pretensão da JS que, nas palavras de Rómulo Coelho, pretende transformar o Conselho de Juventude numa Assembleia. Ora, recorda o líder da JSD, aquele é um órgão "consultivo".
"É uma oportunidade que as organizações  mais representativas da juventude madeirense têm de intervir nos actos políticos e de Governo da Região".
"Não é um órgão de disputa ideológica, nem de bate-boca e, muito menos, um miniparlamento. Discordamos da sua instrumentalização como ferramenta política pela oposição".
Fonte: DN Madeira

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