Enquanto o dinheiro jorrava abundantemente e, depois, enquanto a dívida
crescia pela calada, o governo regional alimentou artificialmente uma economia
que cresceu viciada nos orçamentos regionais e que, agora, desmamada
repentinamente, não consegue ganhar vida própria. A alguns privilegiados do
sistema, nesses tempos de fartura, coube grossas fatias do bolo. Ao povo, nesses
mesmos tempos, apenas chegaram as migalhas que caíam das mesas fartas. Agora,
sem dinheiro e com dívida até à 5ª geração, nem as migalhas chegam ao povo e o
peixe graúdo começa a levantar guerras, entre eles, para disputar os
despojos.
Enquanto os arquitetos da "Madeira Nova" se entretêm a rapar o
fundo ao tacho, a sociedade madeirense assiste a um avolumar de escombros à sua
volta, vendo esfarelar-se em ruínas a obra que chegou a acreditar ser eterna. Os
madeirenses sabem bem que são eles próprios quem paga esta "Madeira Nova", que
agora só dá despesa. E sabem bem, igualmente, que quem assinou o termo de
responsabilidade e deu todas as garantias em relação a essa sumptuosa "Madeira
Nova" foi o governo de Alberto João Jardim e todo o PSD-Madeira. Sabem também
que, durante muito tempo, às escondidas, esse mesmo PSD-Madeira foi varrendo o
lixo para debaixo do tapete e empurrando os verdadeiros problemas com a
barriga.
Os madeirenses estão bem elucidados sobre quem devem responsabilizar
por terem de viver agora numa sociedade em escombros.
Fonte: DN Madeira
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