domingo, 17 de fevereiro de 2013

Com esta gente não era de esperar outra coisa...


"ADM é caso de polícia"


Dirigente bateu com a porta, tal como todos os órgãos sociais da moribunda ADM


Menos de dois meses depois de terem tomado posse, a 17 de Dezembro do ano passado, os recém-eleitos órgãos sociais da Associação de Desportos da Madeira (ADM) apresentaram a demissão em bloco, tal como o DIÁRIO avançou na edição de ontem.
"Se o arrependimento matasse não estaríamos mortos mas, se soubéssemos o que sabemos hoje, certamente que teríamos pensado duas vezes antes de nos metermos nisto. Apresentamos uma equipa nova com o objectivo de não deixar morrer a Associação de Desportos da Madeira, com a prioridade de reorganizarmos financeiramente a instituição, para depois começarmos com uma prática desportiva mais coesa e forte. Mas mal metemos mãos à obra tivemos a noção de que o cenário com que nos deparamos não era de todo aquele que era expectável e não tivemos outra solução senão apresentar a demissão em bloco", começou por explicar o presidente demissionário, Marco Freitas, que não teve pejo em afirmar que "a Associação de Desportos da Madeira é um caso de polícia". "E perante um caso de polícia somos impotentes e por muito que quiséssemos salvar a ADM, que era o nosso objectivo, com todas as situações jurídicas e judiciais, é-nos impossível levar o mandato até ao fim", justificou.
Marco Freitas sente que não há salvação para a Associação de Desportos da Madeira e que o pedido  insolvência requerido pela empresa 'Prestipneu Comércio Pneus Lda.' apenas irá apressar um duro processo. "Por isso, até para nos salvaguardarmos a nós próprios, para não sermos responsabilizados por dívidas, erros ou negligências cometidas no passado, foi decidida a demissão em bloco. Esta é uma situação muito complicada e não se poderia exigir às pessoas que desempenhavam funções de dirigentes na forma de puro voluntariado qualquer tipo de responsabilidade. Perdoem-me a expressão mas não estamos a fugir com o rabo à seringa, é uma questão de coerência e a bem da verdade", avisou.
A demissão em bloco aconteceu no dia 1 de Fevereiro, mesmo antes de Marco Freitas ter recebido em casa o pedido de insolvência da ADM. "Fizemos uma reunião alargada com todos os órgãos sociais, na qual transmiti o real estado da Associação de Desportos e vi alguns dirigentes de boca aberta por causa da situação. Só eu é que não apanhei grande surpresa porque já estava a receber, quase diariamente, cartas e notificações de advogados e de empresas de execução fiscal com cobranças de dívidas. Ninguém estava à espera de tanto e perante o cenário apresentado, as evidências de alegada prática criminosa que houve, a situação financeira, os processos judiciais e actual conjuntura foi decidido unanimemente a demissão em bloco", registou o presidente demissionário.
Apesar de estar na presença de um cenário financeiro dantesco, a direcção demissionária não teme que possa vir a ser chamada a prestar contas. "Demarcámos-nos de toda a situação financeira existente, ainda para mais no tempo em que durou o nosso mandato não fizemos qualquer transacção financeira, não mexemos em dinheiro nenhum, até porque não havia. Aliás, consta da acta de demissão que iremos facultar toda a documentação que temos em nossa posse ao Ministério Público, a quem demostraremos total disponibilidade para sermos ouvidos na investigação caso assim entendam as entidades competentes", disse Marco Freitas.
As dívidas, os processos judiciais e pedido de insolvência resultam dos mandatos da direcção liderada por Alfredo Heinz, com quem a direcção demissionária nunca teve contactos. "Recebi apenas uma mensagem do antigo presidente a desejar votos de um bom mandato e muito sucesso. De resto, fiz questão de manter o distanciamento em relação aos antigos dirigentes da ADM porque tínhamos de ser isentos, porque precisávamos de começar do zero, apurar primariamente a dívida e toda a situação existente. Não quero com isto estar a menosprezar os antigos dirigentes, limitamos-nos apenas a seguir um código de ética que julgámos ser o adequado, para fazermos um trabalho isento", explicou.
A finalizar, Marco Freitas frisou que deseja, acima de tudo, que se faça justiça, a bem do desporto regional e a bem da verdade desportiva. "Espero que a investigação que está ser feita prossiga sem grandes distúrbios externos e que os agentes políticos que têm feito do 'caso ADM' um circo, parem de o fazer e deixem a justiça trabalhar. Só estão a prejudicar a investigação que está a ser feita", destacou.
Direcção demissionária iliba governo

Perante tamanhas dívidas, como é que o Governo Regional continuou a assinar e a pagar os respectivos contratos-programa? Marco Freitas iliba o erário público neste particular, até porque ao antigo IDRAM sempre chegou contabilidade organizada, a que apurámos pela empresa Profisco, algo que não acontece há dois anos.

"Não sei como mas a ADM sempre apresentou contabilidade organizada e relatórios de contas e actividade em dia, sem dívidas ao fisco e segurança social. As verbas foram sendo transferidas, exceptuando nos últimos dois anos, em que foram canceladas as transferências, porque começaram a aparecer dívidas à segurança social e Finanças", explicou o presidente demissionário.
Fonte: DN Madeira

3 comentários:

Unknown disse...

E as barracas que esse senhor usou o nome da associação para pedir na câmara municipal do Funchal para a noite do mercado, para o evento que ocorreu em frente as vespas por altura do final do ano. E não esquecendo também a câmara municipal de santa cruz para as festas de santo amaro. deixo uma pergunta para onde foi o dinheiro gerado nesses eventos? Para a associação e que não foi!

Unknown disse...

E as barracas que esse senhor usou o nome da associação para pedir na câmara municipal do Funchal para a noite do mercado, para o evento que ocorreu em frente as vespas por altura do final do ano. E não esquecendo também a câmara municipal de santa cruz para as festas de santo amaro. deixo uma pergunta para onde foi o dinheiro gerado nesses eventos? Para a associação e que não foi!

Unknown disse...

E as barracas que esse senhor usou o nome da associação para pedir na câmara municipal do Funchal para a noite do mercado, para o evento que ocorreu em frente as vespas por altura do final do ano. E não esquecendo também a câmara municipal de santa cruz para as festas de santo amaro. deixo uma pergunta para onde foi o dinheiro gerado nesses eventos? Para a associação e que não foi!