quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Será que alguém acredita numa palavra deste Marco Perdigão? Duvido muito!



Críticos da JSD pedem reabertura do processo


Ausência de actas, tentativas de intimidação e cheques. Volta tudo à jurisdição


Tudo na estaca zero. É isso que desejam os antigos dirigentes e alguns militantes da JSD-M. Meses depois do congresso que garantiu a vitória de Rómulo Coelho, o actual líder, alguns dos dissidentes acabam de voltar às críticas. Formalizaram queixas que devem estar a chegar pelo menos a duas entidades: o Conselho de Jurisdição da Juventude Social Democrata e o Conselho de Jurisdição do Partido Social Democrata na Madeira.
As acusações são basicamente as mesmas que estiveram na origem dos protestos anteriores. Os jovens afectos ao anterior líder sentem-se agora excluídos, alguns mesmo perseguidos, como é o caso de Marco Perdigão, o que dá a cara pelos mais críticos. É por ele assinada a carta enviada a Carolina Silva e a José Prada (da jurisdição jovem e sénior). Na carta enviada, Perdigão contesta a resposta que obteve e recorre da decisão tomada. Pede ainda a atenção dos dirigentes do partido para a "conduta" da Comissão de Jurisdição da JSD.
A base da argumentação para esse eventual procedimento tem que ver com a resposta dada aos militantes que protestaram formalmente depois do último congresso.
A presidente da Comissão terá dito, como fez com Marco Perdigão, que tinha cinco dias para aperfeiçoar a queixa. E por aperfeiçoar, a Jurisdição da JSD entenderá o seguinte: a entrega dos cheques alegadamente mal aplicados, as datas precisas das infracções e a indicação circunstanciada dos factos. Se tudo o resto não oferece grande resistência, já a entrega dos cheques é vista como um travão à queixa. Por uma razão simples: o livro de cheques e respectivas cópias estarão com a actual direcção e não com os que saíram, alega Marco Perdigão.
Mas que o mais intriga os críticos da JSD-M é a ameaça feita pela Jurisdição. Diz assim o texto: "Advertimos, ainda, V. Exa. para o facto de este ser um processo secreto até ao despacho de arquivamento ou de acusação, sob pena de incorrer em processo disciplinar". Ou seja, entendem os jovens agora fora da máquina da JSD, que se reclamarem de um processo disciplinar... apanham outro. E perguntam como podem defender-se desta forma. "Isto é intimidação", afirma Marcos Aragão.
O jovem, que agora é apenas militante de base, diz-se desiludido com a actual liderança. Nota menor actividade na organização do que quando lá estava José Pedro Pereira e não se esquece de outras tentativas de intimidação, como quando o terão mandado ficar quieto, diz ele, durante o último congresso.
Essa lembrança, leva a outra acusação: ainda não há acta pública sobre o último congresso. Estranho, diz. Sobretudo porque também não haverá ainda relatórios de contas de 2011, nem de 2012.
Contas antigas
Além do pedido de reabertura do processo, Marco Perdigão está disposto a reiterar acusações que atingem o próprio Rómulo Coelho. Acusa-o de estar ligado à destruição de cartazes da oposição e não entende como lhe podem pedir a ele, simples militante, cópias de cheques que devem estar com a direcção.

Se as pretensões dos jovens social-democratas desavindos com a actual direcção não forem atendidas, o caso promete seguir outro curso. Além da eventual queixa para a Ordem dos Advogados (que na Madeira é liderada por José Prada, em acumulação com o Conselho de Jurisdição do PSD), os elementos agora desavindos prometem mesmo levar o caso ao Ministério Público.
Da parte da direcção da JSD, Rómulo Coelho mantém-se afastado das críticas e lembra que esses processos são matéria para o Conselho de Jurisdição.
Fonte: DN Madeira

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