Quando assumi as responsabilidades de governar a Madeira, recusei deixar-me ficar a lamentar as condições vergonhosas a que o Povo Madeirense estava sujeito.
Havia que agir.
Com ou sem dinheiro.
Revolucionariamente.
Óbvio que esta maneira de estar na vida, me acarretou ódios colonialistas externos e propósitos vingativos de áreas sociais da «Madeira Velha».
Foram os lados para onde dormi melhor...
Podia ter deixado tudo na mesma e me deslocar, com a comunicação social atrás, a dar esmolinhas aqui e acolá.
Porque tal nada resolve, antes optei por mexer estruturalmente no arquipélago, quer material, quer socialmente.
Por isso e desde essa altura, acarreto com os ódios das famílias antes senhorias do arquipélago, nomeadamente algumas de sobrenome inglês, bem como tenho de suportar uma Lisboa culturalmente colonialista que só respeita os povos quando os perde.
E porque sempre tive o maior respeito e fé na Democracia, nunca tolerei que «sociedades secretas» do mais diverso teor, pudessem influenciar ou dirigir a vida madeirense.
Todos perceberão que, com tantas e poderosas inimizades acumuladas, eu nunca pudesse ter uma vida fácil até aos dias de hoje.
Mas há riscos que nos dão gozo.
Até nos fazem felizes.
E os anos foram assim correndo, feitos de inovação e de mudanças, rosas ladeadas por espinhos.
Apesar do ladrar boçal daqueles cuja prática era o anti-poder, sem hesitarem, para o efeito, em ser contra os Direitos e interesses legítimos do Povo Madeirense.
Em circunstância alguma se usou a miséria com que nos deparámos, para exibição farisaica na praça pública.
Antes se tomaram as medidas infraestruturais ou meramente sociais para se passar da «Madeira Velha» à «Madeira Nova».
Constitucional e democraticamente fomos informando a população do que íamos fazendo com os dinheiros públicos, apesar de sermos sempre oposição ao regime político português e apesar de os nossos adversários nos pretenderem cortar tal Direito de informar.
Impotentes sobre o terreno, os grupos sociais e os partidos políticos que nos detestam, jogaram tudo por tudo na comunicação social, ao ponto de o poder político regional ter de manter um jornal diário para garantir o pluralismo da informação.
A razão porque o grupo Blandy e os partidos da oposição querem extinguir o «Jornal da Madeira», é por demais evidente. O Povo Madeirense retrocederia cinquenta anos e ficaria outra vez nas mãos dessa gente, já que RTP e RDP estão controladas pelo poder hostil de Lisboa.
Hoje, Portugal está na situação em que está.
Tal como, a tempo, sempre fomos avisando.
Fomos avisando a tempo, até na lógica de sempre nos termos declarado oposição ao regime político português.
E que vemos agora?
Os partidecos locais – que aceitam esta palhaçada de os «partidos» serem uma camuflagem, enquanto outros poderes ocultos mandam em Portugal e no mundo – os partidecos locais de repente procedem como se nada tivessem a ver com o colapso do regime que eles defenderam e defendem.
Na sua hipocrisia, ostentam pseudo-caridade.
Num reles aproveitamento de desgraças sociais, para as quais contribuíram com a sua cumplicidade situacionista.
Acusam o «Jornal da Madeira» de viver de fundos públicos, mas pagam o «diário de notícias» com os dinheiros públicos que recebem da Assembleia Legislativa da Madeira!
Opuseram-se e apagam as políticas sociais do Governo Regional, estas meramente informadas ao público, mas nunca usadas em propaganda política, apesar dos milhões de dinheiros públicos que movimentam.
Com os dinheiros públicos auferidos da Assembleia Legislativa da Madeira, só porque vão dar mil euros ali ou quinhentos acolá, os partidecos da oposição levam uma côrte de comunicação social, cúmplice ou subserviente, para lhes fazer uma propaganda que ofende.
Nunca nos viram fazer isto com os «cabazes de Natal» do PSD, por exemplo, nem com outras iniciativas de solidariedade social que assumimos.
Querem entregar a Madeira a essa gente?!...

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