sexta-feira, 14 de setembro de 2012

PND defende que a CMF tem de embargar obras junto ao aterro


A Câmara Municipal do Funchal tem de ser “coerente” e “embargar a obra” do Governo Regional que visa juntar a foz das ribeiras de Santa Luzia e de João Gomes; e também impedir que o aterro resultante do 20 de Fevereiro não tenha outra utilização que não a de servir para alimentar as zonas do litoral que estão a ser alvo de uma maior erosão marinha. E, caso a Autarquia não tenha poderes administrativos para tal, deve então avançar ou com uma “providência cautelar”, ou com mesmo liderar uma “acção popular”, defendeu, esta quinta-feira, Gil Canha, vereador do PND neste município.
Esta posição do PND foi manifestada por Gil Canha durante a reunião de Câmara realizada no mesmo dia, tendo o vereador feito questão depois de a tornar pública através da comunicação social. “A Câmara tem planos e pareceres que indicam que a segurança da cidade do Funchal corre um grande risco com a junção da foz das ribeiras zona”, lembrou, observando que ainda que foi a Autarquia liderada por Miguel Albuquerque que “abriu uma guerra com o Governo Regional”, com base nestes estudos.
“Então a Câmara abre uma guerra e quando chega ao campo de batalha colabora com o inimigo?”, ironizou Gil Canha, em resposta à posição manifestada pelo vice-presidente da Câmara, Bruno Pereira, que afirmou na reunião que o executivo camarário vai manter uma “colaboração” e um “acompanhamento institucional”.
Mostrando-se desconfiado em relação ao comportamento político evidenciado por Miguel Albuquerque nos últimos tempos, Gil Canha entende que o autarca não pode deixar o “trabalho” (leia-se “guerra”) pelo meio e, para ser “coerente”, deve recorrer às instâncias judiciais para impedir que a obra se concretize. Se não o fizer, “a oposição que vem fazendo a Alberto João Jardim não passou de um trampolim para o poleiro”.
Fonte: DN Madeira

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