segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O terroristazinho



O personagem tem nome e história. Chama-se José Pedro Pereira e, infelizmente para ele e para a instituição partidária que dirige, é dono de uma história curta e lamentável.

Depois dos episódios com a polícia, com o delegado da Comissão Ncional de Eleições, depois das cenas tristes em inaugurações com o beneplácito de quem deveria ter mais juízo, e depois ainda da forma boçal e criminosa como festejou a mais magra maioria do seu partido, eis que a criatura está de volta.

Antes ainda teve tempo de ir a Fàtima, não se sabe bem fazer o quê, já que espírito cristão é coisa que parece não lhe correr no sangue, nem em qualquer outro líquido.

O menino que parece pensar ser dono da ilha, apenas porque dirige uma organização partidária de juventude ligada ao poder, acha por bem importunar quem pensa diferente e demonstra, com isso, uma ideia retrocida de democracia e um perigoso conceito de impunidade.

O mais grave de tudo isto é que o comportamento desta criaturinha não se fica pela pouca cultura democrática e pela educação que ou não teve ou não soube assimilar. O comportamento da criatura, porque ainda não foi criticado por quem de direito, é sinal de algo mais profundo e preocupante, num regime que dá claros sinais de fim de ciclo e de algum descontrolo que, a não ser contido a tempo, pode desembocar em algo muito mais grave do que a incontinência verbal, mal educada e urinária do líder da JSD.

Este terroristazinho de trazer por casa mancha a dignidade de uma instituição que era, até a sua eleição, uma escola de políticos, de gente que se afirmou por meios bem diferentes daqueles que o jovem José Pedro Pereira parece acarinhar tanto.

Mas, enfim, talvez um dia alguém tenha a decência de explicar a este terroristazinho que vivemos, apesar de tudo, num regime democrático, que não se compadece com meninos que fazem xixi nos carros da polícia, que ofendem tudo e todos, que celebram vitórias políticas atacando sedes de jornais, e que se acham no direito de provocar adversários políticos em locais públicos onde todos têm o direito de estar. E seria bom que o fizessem rápido, porque, como diz o povo, de pequenino é que se torce o pepino.

Raquel Gonçalves

Fonte: DN Madeira

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