Na passada noite de terça-feira, cinco jovens têm a infeliz coincidência de se cruzar com sua excelência o presidente do Governo Regional, fazendo-se acompanhar pelo deputado Rui Coelho e pelo assessor de imprensa Paulo Pereira, numa rua vazia e pouco iluminada próxima ao edifício da sede laranja.
Este inevitável cruzar entre as partes pôs à prova o civismo do Dr. Alberto João, que apesar do apelo à cedência de passagem no passeio, ignorou, continuando a sua esbelta e pomposa marcha repleta de cinismo e arrogância abalroando quem ousasse atravessar-lhe o caminho.
Tal atitude, por parte de um cidadão de tamanho estatuto, gerou um sentimento de repulsa e revolta que resultou no exclamar, em alto e bom som, da frase: "Ele é mesmo um fascista!" por parte de um elemento do grupo de jovens que se sentiu marginalizado. Ora bem, a frase, agora proferida, não fora ignorada pelo "Albertinho" como anteriormente aconteceu, quando educadamente lhe pediram "licença, se faz favor". Desta vez reagiu e deixou toda a gente que presenciou o infeliz acontecimento boquiaberta e estupefacta com a nudez de escrúpulos que este homem demonstra. O "Albertinho" teve um daqueles ataques súbitos de histeria em que incha a papada, enrosca a voz e desata e desbobinar toda a sua ira difamando um dos jovens dizendo frases como: " És um filho da puta!"; "A tua mãe é uma puta e por isso és assim!"; "Larguem-me porque eu quero dar uma batata naquele filho da puta!".
Bom, no desenrolar da situação pude constatar que em melhor estado psíquico parece estar o deputado Rui Coelho que reconheceu a atitude medíocre, ridícula e baixa do "Albertinho" e impediu a agressão de ser consumada.
Após o sucedido, posso, com toda a legitimidade, aferir que, fazendo um descortinamento do perfil psicológico do agressor, este acontecimento trás à tona o problema da tibieza de carácter que subjuga o discernimento e nos diz que está mais que na hora de o "Albertinho" ceder o cargo.
Fonte: DN Madeira
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