terça-feira, 12 de julho de 2011

O BANQUETE DA PALAVRA de José Luís Rodrigues




GILBERTO TEIXEIRA
Padrecos mediáticos
www.jornaldamadeira.pt
Duas ou três notas: Este é um título de um artigo de opinião publicado no Jornal da Madeira no dia 7 de Abril de 2011. A saga das ofensas a tudo e todos continua, basta que mexa em sentido contrário.
Perguntas: como é possível a Igreja Católica da Madeira se permita servir de sombra moral a um Jornal totalmente instrumentalizado pelo poder político vigente na nossa terra, permitindo que à sombra dos dinheiros dos contribuintes, alguém, pretensamente achar-se dotado a tal ponto, para ofender, acusando gravemente, com linguagem de calhau os pares da Igreja Católica da Madeira?
Acharia bem este senhor que os padres perante as suas assembleias destratassem com nomes malcriados os deputados, os militantes de qualquer partido, os escribas do regime e outros agentes da sociedade com alcunhas e outros nomes mais aproriados à linguagem dos arruaceiros de quinta categoria?
Achará este senhor que todos os padres devem pregar ao povo da nossa terra que na hora de votar devem fazê-lo colocando a «cruzinha no quadradinho das setinhas voltadas para o céu». Então, era isso... - Como dizem os nossos jovens?
Em que mundo anda este senhor?
Nota final: se este senhor, pensava na minha pessoa quando escrivinhava estes gatafunhos do calhau, é melhor despertar e transmitir as lições de fé e moral para os seus pares. E quem sabe se ficaria mais bonito utilizar o espaço do Jornal da Madeira para cronicar sobre o Bem-Comum (um princípio extraordinário da Doutrina Social da Igreja, claramente dirigido aos governantes) e fazer propostas sobre a forma como deve cumprir o seu dever o Governo Regional pagando o que deve a tempo e horas, isto é, cumprindo o que deve ser feito a favor de todo o povo da nossa terra.
Pensa este senhor que os padres ideais não devem utilizar os meios modernos de comunicação, devem estar circunscritos às sacristias e dedicar-se às esmolinhas para alimentar os pobrezinhos coitadinhos que Deus coloca no nosso caminho para nós salvarmos a nossa alminha.
E o exemplo do padre Américo... Boa, gostei. Não deveria ser tão orgulhoso com a sua obra, dado que a sua existência manifesta que os poderes instituídos demitiram-se da sua função. Tenho orgulho de todos os membros da Igreja que tudo fizeram e fazem em favor dos outros, especialmente os mais pobres. Porém, isso não me leva a desqualificar o trabalho que se faz hoje e a função essencial que cada padre (não padreco como chama com todo o desprimor este sr.) realiza em favor de todos em cada comunidade.
E que tal uma frase do ilustre Padre Américo para meditar: «É necessário que o mundo não pasme do que me dão.. Mas, sim, que se aflija com o que me falta. É só a fome e sede de Justiça que eu tenho, que me leva... a mostrar a minha chapa de mendigo, só isso». Não é uma frase que deve fazer corar de vergonha todos os políticos?
Por fim, quanto ao mimo de «padrecos», guarde-o para si e aplique-o os seus familiares ou aos membros do seu imprescindível partido. Para nós fica a advertência, estes senhores que se acham donos da Madeira, têm os dias contados, porque enveredaram por um caminho onde ninguém escapa e pelo andar da procissão não tarda nada o sr. bispo será tratado por «bispeco» pelo Jornal que teima em seguir princípios claramente católicos. Meus amigos, este serviço à Igreja é melhor ser dispensado. No entanto, fique com a certeza, rezarei por si sr. Gilberto Teixeira, porque do Evangelho tomo o ensinamento que é bom caminho de salvação rezar pelos nossos inimigos e pelos os que nos ofendem.


JLR

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