Tem 21 anos e é já uma referência na Natação madeirense. Em Berlim, na Alemanha, Emanuel Gonçalves sagrou-se vice-campeão europeu de 5.000 metros Águas Abertas. Uma lição de vida a sua história e o seu percurso na modalidade, de um atleta que quer continuar a vencer e a dar (sempre) o seu melhor. Os Jogos Paralímpicos do próximo ano esperam-no...
JORNAL da MADEIRA - Nos “Europeus” de Berlim conquistaste uma medalha de prata (2.º lugar) nos 5.000 metros de Águas Abertas. Qual a sensação?
EMANUEL GONÇALVES - É uma sensação de satisfação. É muito gratificante saber que todo o trabalho que fiz foi recompensado com este resultado no "Europeu". Podiam até ter sido um pouco melhor, atendendo a que uma semana antes não fui para a água, porque tive uma amigdalite forte, com febre de 40 graus e emagreci três quilos, o que foi mau. Quando cheguei a Berlim, comecei a nadar no primeiro dia, ainda sob o efeito dos antibióticos, mas fui ganhando forma aos poucos e consegui, mesmo assim, bons resultados.
JM - Que expectivas tinhas para o evento na Alemanha?
EG - As minhas expectativas passam sempre por dar o meu melhor e baixar as minhas marcas. Acabei por bater o recorde nacional à passagem dos 200 metros Livres, que acaba por ser um tempo muito bom, mas não consegui estabelecer uma melhor marca nos 400, porque não me sentia bem. Depois ainda dei o meu contributo,com o recorde nacional, na estafeta, e nas restantes provas estive perto dos meus recordes. Se não tivesse ficado doente, porventura, tinha estabelecido novos máximos.
JM - Esperavas ganhar uma medalha?
EG - Na prova de 5.00 metros nadamos num lago utilizado nas provas de Canoagem nos Jogos Olímpicos de 1936. É um lago que tem alguma corrente, o Sol não nos permitia ver as bóias, estava muito mal sinalizado e a água era muito turva. Estavam em competição 17 adversários muito fortes e as primeiras voltas acabaram por ser “infernais”, porque os nadadores chocavam uns com os outros e acabam por nos bater, mesmo sem intenção. Até às últimas voltas estive na disputa pelos primeiros lugares, puxaram-me a touca, pelos pés, bateram-me e até fiquei com a língua a sangrar, mas não desisti. Mantive a serenidade, mas o mesmo não se passou com outro colega (de Portugal) em que, com tanta "porrada", acabou por desistir. Depois consegui destacar-me um pouco e cheguei no 2.º lugar.
JM - Em termos de provas quais as tuas “especialidades”?
EG - A minha prova principal é os 400 metros Livres (já é meio fundo), a qual pertence ao calendário olímpico e, por quatro segundos, já obtive os mínimos para (os Jogos Paralímpicos) Londres2012. Os 5.000 metros (Águas Abertas) são outra das minhas especialidades, só que essa prova ainda não faz parte dos "Jogos", pois apenas consta dos "Europeus" e dos "Mundiais". Os 100 metros Mariposa e os 200 metros Estilos são também as minhas preferidas, as quais nado sempre em provas internacionais. Já tive recordes nacionais nas distâncias mais curtas e em algumas sei que estou bem perto. Se treinar e se me dedicar como o faço para as provas de fundo vou melhor armuito a minha capacidade. Só que a minha fisionomia também não ajuda. Sou um pouco baixo, magro e não tenho um corpo de velocista, mas há sempre coisas que posso melhorar e chegar mais longe.
JM - Em quantos “Europeus” já participaste?
EG - Este foi o meu 2.º Campeonato da Europa, depois de em 2009 ter estado na Islândia. Na altura, bati o recorde nacional em todas as provas que participei. Ao todo foram nove e obtive um 6.º lugar na final dos 400 metros Livres (o mesmo que consegui em Berlim) e não houve as "Águas Abertas", porque os lagos são gelados.
JM - E em termos de “Mundiais”?
EG - Participei em 2006 - foi a minha 1.ª grande e importante prova - e fui medalha de bronze (3.º lugar) nos 5.000 metros. Depois estive no Campeonato do Mundo de 2010, em Eindhoven (Holanda), e fiz "prata" (2.º lugar) nessa prova. Fui ainda à final dos 400 Livres, já com mínimos para os Jogos de Londres2012.
JM - Será a tua estreia em olimpíadas...
EG - Infelizmente até hoje não participei. Em 2004 (na Grécia) tinha mínimos, mas era ainda muito novo. Em 2008 (Pequim) também tinha mínimos, mas os países não dependem apenas disso, mas sim do número de quotas que são atribuídas. No caso de Portugal, para cada dois rapazes com mínimos tem de haver, obrigatoriamente, uma rapariga também com mínimos. O que se passa é que temos apenas uma rapariga para cinco rapazes e, por essa razão, fiquei de fora de Pequim2008. Para 2012, em Londres, tenho grandes chances de estar presente. Estou muito bem classificado no "ranking" mundial e sou uma das esperanças de Portugal para estar nos Paralímpicos. Tudo farei para ir a esse grande evento, todo o trabalho de preparação e de treinos está a ser feito nesse sentido. Esta medalha de prata - mesmo não fazendo parte do calendário olímpico - penso que foi uma afirmação que mereço estar presente em Londres2012. Tenho consciência das dificuldades de lá chegar, mas estou sinceramente muito confiante...
Nadador da categoria S10 numa história de vida que é exemplo
Emanuel Gonçalves pratica Natação Adaptada e aqui conta a categoria (S10) que compete e a sua história: «Aos seis anos tive um vírus que me afectou o sistema nervoso e muscular. Na altura, era um vírus quase desconhecido e fui a primeira pessoa na Madeira a tê-lo. Estive internado três meses, completamente paralisado e depois quando comecei na fisioterapia e na Natação - para reabilitação - voltei a recuperar a força dos membros e apenas fiquei com pequenas sequelas nos pés. Ou seja, não tenho força nos pés para cima, só tenho para baixo, e as mãos estão sempre a tremer visto ter-me afectado o sistema nervoso. Em relação à minha categoria, sendo a S1 aquela para atletas com maior grau de deficiência (geralmente para pessoas com cadeira de rodas), a S10 é aquela com menos grau, onde há muita competitividade e atletas de topo mundial, alguns deles com mínimos para olímpicos "normais". No dia-a-dia não tenho dificuldades e faço uma vida normal. Estou no 1.º Ano de Educação Física e Desporto na Universidade da Madeira (UMa), jogo à bola, corro, salto, ando de bicicleta e faço tudo. A única desvantagem é o arraque, o "sprint", ou uma corrida fort. Isso não consguido. Na Natação, nas viragens fico em desvantagem porque não tenho tanta força e nas partidas, no bloco, também tenho alguma desvantagem. Quis e quero continuar na Natação, porque gostava de ver quais os meus limites. Acredito que o corpo humano não tem limites e penso que posso chegar ao nível de pessoas "normais". Esse é um objectivo meu, assim como fazer mínimos para um Campeonato de Portugal para pessoas "normais", que não é impossível, e até ao fim da minha carreira acho que é um objectivo que será cumprido».
«Trabalhar e dar sempre o meu melhor»
«Apenas posso prometer que vou continuar a trabalhar e a dar o meu melhor, como o fiz até aqui. Quero superar todas as marcas que tenho e posso dar uma garantia - porque estou muito confiante - que vou estar em Londres2012», diz de forma convicta o madeirense. «Em meados de Agosto vou iniciar a preparação para os Jogos Paralímpicos. Em Novembro conto com um estágio de altitude (Sierra Nevada), de cerca de um mês e devemos ter um Open em Berlim, no mês de Dezembro, o qual vai ser fundamental aparecerem boas marcas, muito perto dos meus melhores, para conseguir o "passaporte" para Londres2012. Em Maio ou Junho do próximo ano deverei ter essa confirmação, embora antes também possa já estar confirmado para os "Jogos"», frisa ao JM.
Nuno, Vicente e... Nacional
«O Clube Desportivo Nacional é o meu clube e a minha equipa. Quero agradecer principalmente ao meu treinador, o Nuno Franco, e o seu pai, Vicente, o dirigente-técnico do Nacional. São pessoas que fazem tudo por mim, sem esquecer a restante equipa técnica. Tudo fazem para que os meus objectivos sejam concretizados e os meus méritos são também deles. O Nuno foi buscar-me em 2004, incentivou-me à prática da Natação, depois à Natação Adaptada, assim como não posso deixar de agradecer à minha família, amigos e colegas pelo grande apoio que me dão. Foram-me buscar ao Aeroporto, quando regressei de Berlim, e foi uma grande festa. Não tenho palavras. Um agradecimento ainda ao meu patrocinador, a Bioforma», diz emocionado o vice-campeão Europeu de Águas Abertas.
«Gosto de me superar. Não me preocupo com os meus adversários e com quem vai a nadar a meu lado. É uma luta contra o cronómetro, pois não somos aqueles "coitadinhos". Vêem-me com uma referência, tratam-me com muito respeito e sabem que estão perante um bom atleta e isso é gratificante para mim».
«Não sei ao certo quantas medalhas e recordes tenho»
Medalhas: «Não sei ao certo quantas medalhas já conquistei. Tenho algumas mais importantes que outras, como por exemplo as duas nos "Mundiais" (uma de bronze e outra de prata) e esta agora do "Europeu", são as que se destacam mais». Recordes - «Também não sei ao certo quantos recordes já derrubei. Sei que tenho mais de 50 recordes. Desde 2004, tenho vindo sempre a melhorar as minhas marcas e espero até ao fim da carreira bater muitos mais».
Treinar nove vezes por semana e uma hora ginásio por dia
«Treino nove vezes por semana, com cada sessão de treino de duas horas de duração e todos os dias faço uma hora de ginásio. Treino com as pessoas ditas "normais" do CD Nacional, que me dá até outro incentivo, na tentativa de os superar. Acaba por ser um incentivo para pessoas com deficiência que não praticam desporto, porque os pais não querem que os seus filhos sejam vistos como um paralímpico», refere o nadador madeirense sobre o seu dia-a-dia.
JORNAL da MADEIRA - Nos “Europeus” de Berlim conquistaste uma medalha de prata (2.º lugar) nos 5.000 metros de Águas Abertas. Qual a sensação?
EMANUEL GONÇALVES - É uma sensação de satisfação. É muito gratificante saber que todo o trabalho que fiz foi recompensado com este resultado no "Europeu". Podiam até ter sido um pouco melhor, atendendo a que uma semana antes não fui para a água, porque tive uma amigdalite forte, com febre de 40 graus e emagreci três quilos, o que foi mau. Quando cheguei a Berlim, comecei a nadar no primeiro dia, ainda sob o efeito dos antibióticos, mas fui ganhando forma aos poucos e consegui, mesmo assim, bons resultados.
JM - Que expectivas tinhas para o evento na Alemanha?
EG - As minhas expectativas passam sempre por dar o meu melhor e baixar as minhas marcas. Acabei por bater o recorde nacional à passagem dos 200 metros Livres, que acaba por ser um tempo muito bom, mas não consegui estabelecer uma melhor marca nos 400, porque não me sentia bem. Depois ainda dei o meu contributo,com o recorde nacional, na estafeta, e nas restantes provas estive perto dos meus recordes. Se não tivesse ficado doente, porventura, tinha estabelecido novos máximos.
JM - Esperavas ganhar uma medalha?
EG - Na prova de 5.00 metros nadamos num lago utilizado nas provas de Canoagem nos Jogos Olímpicos de 1936. É um lago que tem alguma corrente, o Sol não nos permitia ver as bóias, estava muito mal sinalizado e a água era muito turva. Estavam em competição 17 adversários muito fortes e as primeiras voltas acabaram por ser “infernais”, porque os nadadores chocavam uns com os outros e acabam por nos bater, mesmo sem intenção. Até às últimas voltas estive na disputa pelos primeiros lugares, puxaram-me a touca, pelos pés, bateram-me e até fiquei com a língua a sangrar, mas não desisti. Mantive a serenidade, mas o mesmo não se passou com outro colega (de Portugal) em que, com tanta "porrada", acabou por desistir. Depois consegui destacar-me um pouco e cheguei no 2.º lugar.
JM - Em termos de provas quais as tuas “especialidades”?
EG - A minha prova principal é os 400 metros Livres (já é meio fundo), a qual pertence ao calendário olímpico e, por quatro segundos, já obtive os mínimos para (os Jogos Paralímpicos) Londres2012. Os 5.000 metros (Águas Abertas) são outra das minhas especialidades, só que essa prova ainda não faz parte dos "Jogos", pois apenas consta dos "Europeus" e dos "Mundiais". Os 100 metros Mariposa e os 200 metros Estilos são também as minhas preferidas, as quais nado sempre em provas internacionais. Já tive recordes nacionais nas distâncias mais curtas e em algumas sei que estou bem perto. Se treinar e se me dedicar como o faço para as provas de fundo vou melhor armuito a minha capacidade. Só que a minha fisionomia também não ajuda. Sou um pouco baixo, magro e não tenho um corpo de velocista, mas há sempre coisas que posso melhorar e chegar mais longe.
JM - Em quantos “Europeus” já participaste?
EG - Este foi o meu 2.º Campeonato da Europa, depois de em 2009 ter estado na Islândia. Na altura, bati o recorde nacional em todas as provas que participei. Ao todo foram nove e obtive um 6.º lugar na final dos 400 metros Livres (o mesmo que consegui em Berlim) e não houve as "Águas Abertas", porque os lagos são gelados.
JM - E em termos de “Mundiais”?
EG - Participei em 2006 - foi a minha 1.ª grande e importante prova - e fui medalha de bronze (3.º lugar) nos 5.000 metros. Depois estive no Campeonato do Mundo de 2010, em Eindhoven (Holanda), e fiz "prata" (2.º lugar) nessa prova. Fui ainda à final dos 400 Livres, já com mínimos para os Jogos de Londres2012.
JM - Será a tua estreia em olimpíadas...
EG - Infelizmente até hoje não participei. Em 2004 (na Grécia) tinha mínimos, mas era ainda muito novo. Em 2008 (Pequim) também tinha mínimos, mas os países não dependem apenas disso, mas sim do número de quotas que são atribuídas. No caso de Portugal, para cada dois rapazes com mínimos tem de haver, obrigatoriamente, uma rapariga também com mínimos. O que se passa é que temos apenas uma rapariga para cinco rapazes e, por essa razão, fiquei de fora de Pequim2008. Para 2012, em Londres, tenho grandes chances de estar presente. Estou muito bem classificado no "ranking" mundial e sou uma das esperanças de Portugal para estar nos Paralímpicos. Tudo farei para ir a esse grande evento, todo o trabalho de preparação e de treinos está a ser feito nesse sentido. Esta medalha de prata - mesmo não fazendo parte do calendário olímpico - penso que foi uma afirmação que mereço estar presente em Londres2012. Tenho consciência das dificuldades de lá chegar, mas estou sinceramente muito confiante...
Nadador da categoria S10 numa história de vida que é exemplo
Emanuel Gonçalves pratica Natação Adaptada e aqui conta a categoria (S10) que compete e a sua história: «Aos seis anos tive um vírus que me afectou o sistema nervoso e muscular. Na altura, era um vírus quase desconhecido e fui a primeira pessoa na Madeira a tê-lo. Estive internado três meses, completamente paralisado e depois quando comecei na fisioterapia e na Natação - para reabilitação - voltei a recuperar a força dos membros e apenas fiquei com pequenas sequelas nos pés. Ou seja, não tenho força nos pés para cima, só tenho para baixo, e as mãos estão sempre a tremer visto ter-me afectado o sistema nervoso. Em relação à minha categoria, sendo a S1 aquela para atletas com maior grau de deficiência (geralmente para pessoas com cadeira de rodas), a S10 é aquela com menos grau, onde há muita competitividade e atletas de topo mundial, alguns deles com mínimos para olímpicos "normais". No dia-a-dia não tenho dificuldades e faço uma vida normal. Estou no 1.º Ano de Educação Física e Desporto na Universidade da Madeira (UMa), jogo à bola, corro, salto, ando de bicicleta e faço tudo. A única desvantagem é o arraque, o "sprint", ou uma corrida fort. Isso não consguido. Na Natação, nas viragens fico em desvantagem porque não tenho tanta força e nas partidas, no bloco, também tenho alguma desvantagem. Quis e quero continuar na Natação, porque gostava de ver quais os meus limites. Acredito que o corpo humano não tem limites e penso que posso chegar ao nível de pessoas "normais". Esse é um objectivo meu, assim como fazer mínimos para um Campeonato de Portugal para pessoas "normais", que não é impossível, e até ao fim da minha carreira acho que é um objectivo que será cumprido».
«Trabalhar e dar sempre o meu melhor»
«Apenas posso prometer que vou continuar a trabalhar e a dar o meu melhor, como o fiz até aqui. Quero superar todas as marcas que tenho e posso dar uma garantia - porque estou muito confiante - que vou estar em Londres2012», diz de forma convicta o madeirense. «Em meados de Agosto vou iniciar a preparação para os Jogos Paralímpicos. Em Novembro conto com um estágio de altitude (Sierra Nevada), de cerca de um mês e devemos ter um Open em Berlim, no mês de Dezembro, o qual vai ser fundamental aparecerem boas marcas, muito perto dos meus melhores, para conseguir o "passaporte" para Londres2012. Em Maio ou Junho do próximo ano deverei ter essa confirmação, embora antes também possa já estar confirmado para os "Jogos"», frisa ao JM.
Nuno, Vicente e... Nacional
«O Clube Desportivo Nacional é o meu clube e a minha equipa. Quero agradecer principalmente ao meu treinador, o Nuno Franco, e o seu pai, Vicente, o dirigente-técnico do Nacional. São pessoas que fazem tudo por mim, sem esquecer a restante equipa técnica. Tudo fazem para que os meus objectivos sejam concretizados e os meus méritos são também deles. O Nuno foi buscar-me em 2004, incentivou-me à prática da Natação, depois à Natação Adaptada, assim como não posso deixar de agradecer à minha família, amigos e colegas pelo grande apoio que me dão. Foram-me buscar ao Aeroporto, quando regressei de Berlim, e foi uma grande festa. Não tenho palavras. Um agradecimento ainda ao meu patrocinador, a Bioforma», diz emocionado o vice-campeão Europeu de Águas Abertas.
«Gosto de me superar. Não me preocupo com os meus adversários e com quem vai a nadar a meu lado. É uma luta contra o cronómetro, pois não somos aqueles "coitadinhos". Vêem-me com uma referência, tratam-me com muito respeito e sabem que estão perante um bom atleta e isso é gratificante para mim».
«Não sei ao certo quantas medalhas e recordes tenho»
Medalhas: «Não sei ao certo quantas medalhas já conquistei. Tenho algumas mais importantes que outras, como por exemplo as duas nos "Mundiais" (uma de bronze e outra de prata) e esta agora do "Europeu", são as que se destacam mais». Recordes - «Também não sei ao certo quantos recordes já derrubei. Sei que tenho mais de 50 recordes. Desde 2004, tenho vindo sempre a melhorar as minhas marcas e espero até ao fim da carreira bater muitos mais».
Treinar nove vezes por semana e uma hora ginásio por dia
«Treino nove vezes por semana, com cada sessão de treino de duas horas de duração e todos os dias faço uma hora de ginásio. Treino com as pessoas ditas "normais" do CD Nacional, que me dá até outro incentivo, na tentativa de os superar. Acaba por ser um incentivo para pessoas com deficiência que não praticam desporto, porque os pais não querem que os seus filhos sejam vistos como um paralímpico», refere o nadador madeirense sobre o seu dia-a-dia.
Fonte: Jornal da Madeira
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