Política / Comunicação Social
Responder ao sr. Coelho é dar-lhe importância, que não tem, nem categoria, nem honestidade intelectual, mas calar-se é pior e não resisto a reagir à mentira, ao insulto, à prepotência resultante da importância que alguma comunicação social madeirense concede a quem não faz política séria.
Tenho o direito de questionar a RTP quando coloca no ar afirmações de um anormal pseudo-político, travestido e saltimbanco assumido, sem conteúdo, a não ser as barbaridades disparatadas, sem qualquer fundamento e sem direito ao contraditório.
Gostaria de saber qual a atitude dessa comunicação social, seja pública ou privada, se um anormal nas vestes de político apelidasse isto e aquilo dos seus gerentes ou chefes, ofendendo e difamando, se divulgariam e não reagiriam.
Será que a comunicação social madeirense é diferente da do restante do País? Porque motivo os jornalistas do Continente não apareceram no Terreiro do Paço depois dos disparates prestados e divulgados?
Que credibilidade poderemos ter divulgando mentiras ou não–factos, atingindo o bom nome, honra e consideração de pessoas sem direito de reacção?
E a reacção típica é sempre a mesma, se calhar o fulano tem rabos-de-palha.
Quando se misturam interesses pessoais com política ou política com economia não há isenção, independência ou imparcialidade. Quando se faz política sem regras e sem princípios, tipo vale tudo, não se faz política, mas sim qualquer outra coisa suja.
Daí que considere, cada vez mais, até por força dos últimos tempos conturbados da economia global, que há que separar as águas.
Vem isto a propósito da actuação aparentemente política do irresponsável e inimputável José Manuel Coelho que convoca conferências de imprensa para ofender, mentir e atingir a honra e o bom-nome das pessoas.
Para que fique claro na opinião pública nunca tive, nem tenho qualquer ligação a quem quer que fosse ou seja administrador ou funcionário do BPN, nem nunca fui depositante ou accionista deste banco ou de qualquer outro com este ligado.
A única relação que o escritório de advogados a que pertenço possui com o universo BPN é pública, e resulta da instalação do Banco Efisa na Madeira, como sucursal financeira exterior no âmbito institucional do Centro Internacional de Negócios da Madeira, nas nossas instalações, como qualquer outra das inúmeras sociedades a funcionar nesta Região.
E para que dúvidas não subsistem recebemos mensalmente a quantia de € 290 (duzentos e noventa euros). Como se vê é uma fortuna.
É gravíssimo que o irresponsável Coelho diga que no nosso escritório decorreram negócios obscuros de Offshore de Abdool Vakil com lavagem de dinheiro e fuga aos impostos, mas infelizmente este País permite anormais dizerem o que lhes apetece e nada acontecer. Que apresente queixa-crime contra mim e depois assuma a responsabilidade criminal de denúncia caluniosa. Que prove o que diz.
Não satisfeito dá uma conferência de imprensa junto a um prédio nos Barreiros e apelida-me de ser seu proprietário, além de outros disparates impróprios numa democracia de Direito.
Apesar da família de meu pai ser proprietária de alguns prédios na Ponta do Sol nos anos 50 por ser difícil viver na Madeira decidiu emigrar para a Venezuela.
Trabalhou como um escravo, poupou e comprou uma propriedade nos Barreiros, como tanto outros que lutaram e se sacrificaram para ter algo de seu.
Não andou a vadiar ou a comer com o dinheiro da segurança social ou do desemprego, como muitos vadios que por aí andam. Há quem necessite e deva ser ajudado, mas há quem deveria ser obrigado a trabalhar em vez de andar a disparatar tipo engraçadinho sem jeito.
E como tantos outros o meu pai permutou a sua propriedade, o que fez por escritura, declarando o que recebeu e pagando os seus impostos. Minha mãe e meus irmãos herdaram o fruto do seu trabalho.
A ofensa não é a mim, é à memória de meu pai, emigrante e trabalhador, por quem nem o irresponsável Coelho tem vergonha, enxovalhando pessoas sem qualquer justificação, a não ser lançar confusão e dúvidas nas pessoas.
Compreendo a sua ânsia e busca do conflito, em se tornar vedeta com mentiras e que não saiba distinguir a minha actividade de advogado da de político.
Mas continuarei a advogar e a actuar de acordo com a minha cabeça e com os princípios que professo e que aprendi, coisa que outros infelizmente não tiveram oportunidade ou não quiseram aprender, independentemente das ameaças veladas com as suas conferências de imprensa divulgadas pela nossa comunicação social como se isso fosse motivo para deixar de ser defensor de pessoas que foram atingidas no seu bom nome pelo sr. Coelho.
Seria bom que os jornalistas de cá aprendessem com os jornalistas de lá (do Continente). Para se ser respeitado é necessário que se dê ao respeito e saiba respeitar.
Quanto às calúnias segue para o Ministério Público a quem o sr. Coelho acusa de tudo e mais alguma coisa.
Não perderei mais tempo com o sr. Coelho.
A Justiça que se entenda com ele, é essa sua função e sua obrigação. A sua pequenez e insignificância merecia outro tratamento, mais pessoal e directa, tipo legítima defesa, por não ser possível fazer justiça pelos meios normais, mas vivemos numa democracia que espero de Direito que lhe aplique o que merece.
* Advogado
Artigo de Opinião de : Coito Pita
Fonte: Jornal da Madeira
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