O Comando Regional da PSP deu instruções aos agentes para seguir e controlar as movimentações das candidaturas de pelo menos dois partidos às eleições legislativas de 5 de Junho - Partido Trabalhista Português e Partido da Nova Democracia. O objectivo é prevenir alterações da ordem pública e distúrbios durante as inaugurações presididas por Alberto João Jardim.
Segundo o DIÁRIO apurou, a PSP destacou uma equipa de seis agentes à paisana para recolher informações mais detalhadas sobre as acções programadas pelos partidos liderados por José Manuel Coelho e por Hélder Spínola.
O Comando da Madeira pretende assim calcular o potencial de risco associado para a alteração da ordem pública e antecipar, no local onde decorrerão as respectivas iniciativas políticas, o dispositivo policial adequado às circunstâncias.
Este efectivo, considerado o 'serviço de informações secretas' da PSP, está mais vocacionado para montar operações de videovigilância que suportam as investigações criminais melindrosas, como esquemas de tráfico de droga.
É também mais usual ver estes polícias a controlarem movimentações de claques com historial de violência do que propriamente a desmontar 'acções-surpresa' preparadas pelos partidos políticos em plena campanha eleitoral, ainda que a irreverência e a imprevisibilidade das iniciativas protagonizadas por José Manuel Coelho e por Hélder Spínola, já tenham surpreendido a Polícia por diversas vezes.
Há duas semanas, o cabeça-de-lista do PND vendou os olhos à estátua do Palácio da Justiça, numa iniciativa política de pré-campanha eleitoral que deixou os polícias pouco à vontade quanto à definição do procedimento correcto a adoptar - sem ferir as formas de liberdade de expressão e o estatuto consagrado aos grupos políticos organizados, procurando simultaneamente manter a dignidade daquele símbolo institucional da Justiça e da República Portuguesa.
Mas a grande 'dor de cabeça' do Comando da PSP é a presença do PND em actos oficiais do Governo Regional. As inaugurações presididas por Alberto João Jardim contam já com um vasto historial de distúrbios entre os apoiantes do PSD e da 'máquina' do governo contra os militantes da 'Nova Democracia' que não perdem a oportunidade para lançar 'slogans' de protesto a denunciar as "inaugurações eleitoralistas".
O aparato policial na inauguração da 'promenade' Câmara de Lobos-Praia Formosa, na última sexta-feira, é o mais recente exemplo da zelosa operação policial.
A presença de cinco dirigentes do PND, que exibiam uma faixa com uma mensagem dirigida a Jardim "rema p'rá terra!", foi mantida pela Polícia a bem mais de 100 metros de distância da comitiva presidencial.
No fim, Baltazar Aguiar teceu duras críticas ao forte contingente policial que foi mobilizado para o local, considerando-o desproporcional e garantiu que ia apresentar queixa na Direcção Nacional da PSP, no Ministério da Administração Interna e à Comissão Nacional de Eleições, alegando que foi vedado o acesso a candidatoas às eleições.
Segundo o DIÁRIO apurou, além de quatro polícias que garantiam a segurança pessoal a Alberto João Jardim, na Praia Formosa estavam mais quatro polícias à civil das brigadas de investigação criminal, cinco fardados da Esquadra do Funchal, cinco do trânsito e ainda dois das equipas velocipédicas.
Se somarmos todo o efectivo policial mobilizado pelas divisões policiais de Câmara de Lobos e do Funchal, chega-se a uma soma considerável de perto de meia centena de polícias, entre agentes, chefes e oficiais, sobretudo quando nesse momento, a PSP dispunha de apenas três equipas para assegurar o patrulhamento automóvel em todo o concelho do Funchal. O DIÁRIO tentou contactar ontem o comandante regional da PSP para obter alguns esclarecimentos sobre este assunto, mas Oliveira Martins não esteve disponível.
Fonte: DN Madeira
Segundo o DIÁRIO apurou, a PSP destacou uma equipa de seis agentes à paisana para recolher informações mais detalhadas sobre as acções programadas pelos partidos liderados por José Manuel Coelho e por Hélder Spínola.
O Comando da Madeira pretende assim calcular o potencial de risco associado para a alteração da ordem pública e antecipar, no local onde decorrerão as respectivas iniciativas políticas, o dispositivo policial adequado às circunstâncias.
Este efectivo, considerado o 'serviço de informações secretas' da PSP, está mais vocacionado para montar operações de videovigilância que suportam as investigações criminais melindrosas, como esquemas de tráfico de droga.
É também mais usual ver estes polícias a controlarem movimentações de claques com historial de violência do que propriamente a desmontar 'acções-surpresa' preparadas pelos partidos políticos em plena campanha eleitoral, ainda que a irreverência e a imprevisibilidade das iniciativas protagonizadas por José Manuel Coelho e por Hélder Spínola, já tenham surpreendido a Polícia por diversas vezes.
Há duas semanas, o cabeça-de-lista do PND vendou os olhos à estátua do Palácio da Justiça, numa iniciativa política de pré-campanha eleitoral que deixou os polícias pouco à vontade quanto à definição do procedimento correcto a adoptar - sem ferir as formas de liberdade de expressão e o estatuto consagrado aos grupos políticos organizados, procurando simultaneamente manter a dignidade daquele símbolo institucional da Justiça e da República Portuguesa.
Mas a grande 'dor de cabeça' do Comando da PSP é a presença do PND em actos oficiais do Governo Regional. As inaugurações presididas por Alberto João Jardim contam já com um vasto historial de distúrbios entre os apoiantes do PSD e da 'máquina' do governo contra os militantes da 'Nova Democracia' que não perdem a oportunidade para lançar 'slogans' de protesto a denunciar as "inaugurações eleitoralistas".
O aparato policial na inauguração da 'promenade' Câmara de Lobos-Praia Formosa, na última sexta-feira, é o mais recente exemplo da zelosa operação policial.
A presença de cinco dirigentes do PND, que exibiam uma faixa com uma mensagem dirigida a Jardim "rema p'rá terra!", foi mantida pela Polícia a bem mais de 100 metros de distância da comitiva presidencial.
No fim, Baltazar Aguiar teceu duras críticas ao forte contingente policial que foi mobilizado para o local, considerando-o desproporcional e garantiu que ia apresentar queixa na Direcção Nacional da PSP, no Ministério da Administração Interna e à Comissão Nacional de Eleições, alegando que foi vedado o acesso a candidatoas às eleições.
Segundo o DIÁRIO apurou, além de quatro polícias que garantiam a segurança pessoal a Alberto João Jardim, na Praia Formosa estavam mais quatro polícias à civil das brigadas de investigação criminal, cinco fardados da Esquadra do Funchal, cinco do trânsito e ainda dois das equipas velocipédicas.
Se somarmos todo o efectivo policial mobilizado pelas divisões policiais de Câmara de Lobos e do Funchal, chega-se a uma soma considerável de perto de meia centena de polícias, entre agentes, chefes e oficiais, sobretudo quando nesse momento, a PSP dispunha de apenas três equipas para assegurar o patrulhamento automóvel em todo o concelho do Funchal. O DIÁRIO tentou contactar ontem o comandante regional da PSP para obter alguns esclarecimentos sobre este assunto, mas Oliveira Martins não esteve disponível.
Fonte: DN Madeira
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