domingo, 29 de maio de 2011

Perguntas a... Hélder Spínola, Cabeça-de-lista independente da candidatura do PND


Hélder Spínola era uma das vozes mais activas ao nível da política ambiental na Madeira. O que o levou a encabeçar a lista do PND?

Eu estive durante 16 anos a intervir através de uma associação de defesa do meio ambiente e nesse percurso aprendi muito. Mas senti que não estava a conseguir mudar a forma como o GR faz as suas opções e desenvolve a Madeira. Quando me foi feito o convite, senti que deveria aceitar o desafio porque era uma forma de colocar perante os próprios madeirenses uma possibilidade de escolha que não havia.

Esta candidatura tem o objectivo de eleger algum representante à Assembleia da República ou limita-se a ser um barómetro para as 'regionais' de Outubro?

Nós, no decorrer da campanha, temos sentido que há uma marca da candidatura que terá resultados. Sentimos que estamos a reunir todas as condições para eleger, de uma forma folgada, o cabeça-de-lista desta candidatura. As pessoas estão a escutar a nossa mensagem e estão a apoiar-nos.

O PND foi declarado extinto pelo seu fundador, Manuel Monteiro. Na Madeira arrisca-se a ser um partido regional?

É óbvio que o PND, do ponto de vista nacional, tem a sua maior dinâmica aqui na Madeira mas concorre a outros círculos eleitorais nestas eleições. Aqui, o PND assume a característica de um projecto político e não a característica de uma estrutura partidária. Nós temos uma candidatura com muitos independentes, como é o meu caso e que não estão, portanto, reféns dessa disciplina partidária e poderão, na Assembleia da República, defender, de uma forma livre e sem agendas escondidas, os interesses da Madeira e do Porto Santo.

Muitos criticam o PND por ser um projecto político radical. Como reage?

Quem faz essas críticas são as pessoas que estão nas lideranças dos partidos mais acomodados e que estão, tradicionalmente, ou no poder, ou na oposição. É claro que essas pessoas não querem que ninguém dê uma pedrada no charco. Não querem que ninguém agite as águas. Perante uma situação grave como aquela que se passa aqui na Madeira, é claro que nós temos de confrontar e expor essa situação de uma forma que chegue aos madeirenses e que abale consciências. Esta estratégia de intervenção, recordo, também é muito usada, e essa é a minha escola, em organizações de defesa do meio ambiente. Veja-se a Greenpeace, a Quercus...

Que diferença fará votar no PND?

Votar no PND é a única forma de nós termos na AR alguém que vá expor os mandos e desmandos, a má governação, o desrespeito para com os madeirenses que existe na governação do Dr. Jardim. Veja-se aquilo que tem acontecido com os candidatos que têm sido eleitos, por outros partidos, à AR: têm ido para Lisboa, muitas vezes estão calados, nomeadamente os eleitos pelo PSD-M. Noutros casos não denunciam, não expõem aquilo que se passa na Madeira em matéria de favorecimentos, de serviços para uns e exclusão de mercado para outros, de perseguição, de má educação de quem nos governa e a única forma disso ser combatido é, sem dúvida, elegendo o cabeça-de-lista da candidatura do PND.

Fonte: DN Madeira

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