Hélder Spínola
"Já venho cá há longos anos e nunca vos consegui vender um único artigo"- desabafa um velho vendedor ambulante, depois de passar vezes sem conta com a sua carroça numa pequena aldeia encravada no meio das montanhas. "Então porque continua a passar por cá?"- pergunta uma jovem apenas interessada em copiar os modelos dos vestidos para costurar em casa. "É o caminho que conheço e o único que sempre tomei. Tinha esperança que um dia a minha sorte mudasse…"
Como é possível mudar o nosso destino sem mudar o caminho que tomamos? Vamos continuar agarrados a uma escolha que nos arrasta para o insucesso? Vamos acreditar mais uma vez que desta é que é? Que os mesmos farão melhor? Que deixarão os seus interesses para olhar pelos nossos? Ou vamos decidir ir por outro caminho? Fazer outras escolhas? Seguir outro destino?
"Já venho cá há longos anos e nunca vos consegui vender um único artigo"- desabafa um velho vendedor ambulante, depois de passar vezes sem conta com a sua carroça numa pequena aldeia encravada no meio das montanhas. "Então porque continua a passar por cá?"- pergunta uma jovem apenas interessada em copiar os modelos dos vestidos para costurar em casa. "É o caminho que conheço e o único que sempre tomei. Tinha esperança que um dia a minha sorte mudasse…"
Como é possível mudar o nosso destino sem mudar o caminho que tomamos? Vamos continuar agarrados a uma escolha que nos arrasta para o insucesso? Vamos acreditar mais uma vez que desta é que é? Que os mesmos farão melhor? Que deixarão os seus interesses para olhar pelos nossos? Ou vamos decidir ir por outro caminho? Fazer outras escolhas? Seguir outro destino?
O problema que afecta o país e a Madeira resulta de uma crise de valores. Aos políticos que temos escolhido para governar falta honestidade, humildade e seriedade. Falta-lhes empenho, competência e dedicação. Sem estes valores, está também ausente da governação a transparência, a justiça e a igualdade.
Partidos fechados
Nas comemorações da Revolução dos Cravos, a 25 de Abril, o ex-Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio, alertou para o facto de termos "partidos fechados, com poucas ideias e pouco debate". Na verdade, as estruturas dos maiores partidos não são mais do que autênticas ditaduras, onde há censura e não há direito à opinião, como acontecia em todo o país antes do 25 de Abril. A estrutura partidária do PSD-Madeira é um exemplo claro de como um partido político pode ser o contrário da Democracia. Não há lugar a uma única voz dissonante. Quem não fala em coro com o chefe é logo marginalizado e afastado. É premiado o seguidismo e o lambebotismo em vez das ideias, da competência e do empenho. O PSD-Madeira até possui uma estrutura pidesca e controleira denominada de «comissão de sítio» que tem como fim vigiar os vizinhos para ir delatar aos chefes quaisquer sinais de desalinho com a unanimidade do Partido. Felizmente, por estar fechado e não se adaptar aos novos tempos, um partido como o PSD-Madeira tende a apodrecer por dentro e desmoronar-se como um castelo de cartas. Infelizmente, antes dessa queda natural, está a provocar profundos estragos na Madeira e Porto Santo e, por isso, se esperarmos mais tempo, ficaremos numa situação ainda pior.
Fonte: DN Madeira
Fonte: DN Madeira
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