sexta-feira, 11 de março de 2011

Coelho candidata-se por partido que apoiou o adversário Cavaco Silva


O ex-candidato presidencial José Manuel Coelho adiou para amanhã a conferência de imprensa em que vai anunciar a sua adesão ao Partido Trabalhista Português (PTP). Na Madeira, o PND, com o qual entrou em ruptura após a surpreendente votação de 39 por cento na região e de 4,5 a nível nacional, aguarda a confirmação para decidir sobre a sua substituição na Assembleia Legislativa da Madeira.

Coelho participa amanhã, em Lisboa, na manifestação da “geração à rasca”, que é apoiada pelo PTP que considera ser “necessário derrubar este Governo”. Antes, o ainda deputado regional do PND dá uma conferência de imprensa nas Portas de Santo Antão, em Lisboa, para anunciar a nova “barriga de aluguer” que, como confirmou ao PÚBLICO, vai “utilizar para combater o jardinismo”.

Ex-militante do PCP e antigo autarca por este partido e pela UDP, Coelho revela a intenção de “manter o posto de combate” na Assembleia regional enquanto não for substituído. Por seu lado o líder do PND, Baltazar Aguiar que lhe cedeu temporariamente o lugar de deputado, aguarda que o “Tiririca da Madeira”, como ficou conhecido na campanha, confirme a adesão a um novo partido, para decidir sobre a cessação de mandato.

O PTP - pelo qual Coelho, após frustradas tentativas junto de outras formação partidárias, se candidatará a deputado da Assembleia Legislativa da Madeira nas eleições previstas para Outubro próximo -, apelou à “ mobilização maciça dos trabalhadores, dos democratas” para eleger Cavaco Silva à primeira volta, um objectivo contra o qual o candidato madeirense se empenhou e na campanha com denúncias sobre ligações ao BPN e sobre a Casa da Coelha. Aquele mesmo partido, actualmente sem expressão na Madeira, considerou ainda a reeleição do candidato apoiado pelo PSD e CDS-PP como “um passo de extraordinária importância” para a sua luta pela queda do actual Governo, defendendo que Cavaco Silva, após a posse, convoque “de imediato o Conselho de Estado” e demita “este Governo reaccionário de Sócrates, que já explorou e oprimiu demasiado os trabalhadores e as classes mais pobres deste país”.

Fonte: Público

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