sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Coelho 'faz das suas'. Madeirense dá hoje uma série de entrevistas e prossegue campanha.


A campanha eleitoral 'à madeirense' chegou à capital. José Manuel Coelho está em Lisboa e escolheu a zona de Belém e Restelo como palco para fazer passar a sua mensagem. Ontem à porta dos famosos pásteis de Belém, hoje no Restelo, junto à embaixada de Cabo Verde. Para já a razão para a insólita escolha ainda não foi divulgada. "É assunto secreto do partido", aguçou a curiosidade. O resto do dia está reservado para entrevistas à comunicação social nacional, à noite vai à 'Grande Entrevista', com Judite de Sousa, 'obrigando' Cavaco Silva a mudar a agenda, já que a conversa com o Chefe de Estado deveria ser a última, tendo passado para segunda-feira.

O candidato presidencial escolheu ontem a porta dos pastéis de Belém para fazer a sua primeira conferência de imprensa, o que atraiu a atenção de muitos curiosos, sobretudo estrangeiros surpreendidos pelo aparato. "Já algumas pessoas me vão conhecendo", admitiu mais tarde em declarações ao DIÁRIO. "E até cumprimentam", acrescentou, antes de uma passagem pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) para discutir Direitos de Antena..

Cavaco é pastel


A escolha do local a escassos metros da residência oficial foi simbólica e serviu para atacar o actual Presidente da República, a quem acusou de estar "subserviente aos grandes senhores do dinheiro, às grandes potências capitalistas". José Manuel Coelho trouxe a lume o escândalo Wikileaks para alertar os eleitores para a visão que Cavaco Silva tem dos portugueses. "O senhor presidente da República acha que a comunicação social é mansa e também deve pensar isso dos portugueses", criticou. E prosseguiu: Em Portugal há "povo indomável, que resistiu à apatia, ao discurso dos velhos do Restelo". "E penso que os portugueses não vão aceitar candidatos da Presidência da República que sejam pastéis, pessoas passivas, inoperantes, subservientes" afirmou ainda.

Para o deputado do PND no parlamento regional, a divulgação de um telegrama efectuado pelo embaixador norte-americano em Portugal mostra bem que a acção do actual Presidente não tem em conta "os interesses nacionais". "Cavaco Silva só foi contra o envio de mais tropas para o Afeganistão porque estava ressabiado com o facto de não ter sido recebido na Casa Branca", apontou.

Questionado sobre o tema que tem dominado a pré-campanha - o caso BPN -, Coelho classificou-o como uma "novela mexicana" e reforçou que "nada disto é inocente, tudo isto é preparado, tudo isto é pensado pelos estrategas da comunicação social" e dos "candidatos do regime" para desviar a atenção dos portugueses dos problemas reais do país".

Fonte:
DN Madeira

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