segunda-feira, 22 de novembro de 2010

A Todos Os Portugueses


Neste país de rastos, entregue à mais descarada corrupção, onde os políticos, na sua maioria, trabalham unicamente para obterem ricos tachos e viverem à grande e à francesa, acantonados no Orçamento de Estado, sugando a alma e o tutano deste povo, que outrora foi capaz de grandes feitos; neste país onde a justiça, subordinada a compadrios e esquemas, condena aqueles que denunciam os ladrões, mas absolve descaradamente a ladroagem de fato e gravata; neste país atordoado e à mercê de medíocres com pouca ou nenhuma vergonha; é hora dos portugueses tomarem uma posição. Têm que se libertar urgentemente deste regime caduco, oligárquico e corporativista, no qual o mérito e o valor são vistos, não como qualidades, mas como ameaças à incompetência nacional, que tomou de assalto os mais altos cargos desta martirizada nação.

Ouvindo o apelo da pátria agonizante e correndo, embora, o risco do apoio de Alberto João, que sempre defendeu a ascensão de madeirenses aos altos cargos da nação, venho eu, José Manuel Coelho, pintor de construção civil, jornalista, deputado e revolucionário, candidatar-me à Presidência da República Portuguesa.

Não me revejo nos candidatos anunciados, porque apesar de apresentarem cores e hábitos divergentes, são todos eles peixes das mesmas águas, dos mesmos fundos, das mesmas correntes subterrâneas, todos eles filhos deste sistema corrupto, que enferma Portugal.

A minha candidatura não é uma pedrada no charco, a minha candidatura é uma avalanche neste enorme pantanal, em que se transformou Portugal. O meu objectivo não é drená-lo, porque, além de trabalho inglório, essa seria a mais pura das demagogias. O meu objectivo é apontar e denunciar: - Olhem, junto àqueles juncos, está um corrupto! – Olhem, debaixo daquele nenúfar, esconde-se um juiz vendido do Tribunal da Relação! – Olhem, perto daquele tronco meio apodrecido, está um político-batráquio que ganha 60 mil euros por mês e acumula reforma e ordenado!

Nestes últimos trinta anos, o continente português tem apoiado e suportado financeiramente a Madeira. Seria agora uma enorme ingratidão deixá-lo sozinho, nas mãos de um Cavaco Silva, de um Manuel Alegre, ou de qualquer outro candidato do sistema. Nesta hora dramática para a nação, o povo português necessita, mais do que nunca, de um José Manuel Coelho, que o salve dos agiotas, dos trafulhas e dos desencantos de uma democracia postiça, há anos e anos refém dos grandes interesses instalados.

Estou aqui, caros concidadãos, não para prometer resgatar o ouro do Brasil, mas apenas para, sem medos ou hesitações, denunciar e apontar o dedo aos seus salteadores.

José Manuel Coelho

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