quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Faleceu D. Armindo Coelho


Bispo Emérito do Porto

Nascimento: 16/Fev/31, em Regilde, Concelho de Felgueiras, Distrito do Porto
Ordenação Presbiteral: 01/Ago/54 na Sé Catedral do Porto
Nomeação Episcopal: 05/Jan/79, para Auxiliar do Porto, com o título de Elvas
Ordenação Episcopal: 25/Mar/79, na Sé Catedral do Porto

Curriculum:
27/Set/82 - Bispo de Viana do Castelo
13/Jun/97 - Bispo do Porto
29/Jul/97 - Tomada de Posse da Diocese do Porto
21/Set/97 - Entrada Solene na Diocese do Porto
22/Fev/07 - Papa Bento XVI aceitou a resignação

Endereço:
Casa da Mão Poderosa - Rua D. António Barroso, 106 - 4445-396 ERMESINDE

Filho de José Lopes e de Etelvina Lopes Pereira Coelho (já falecidos), nasceu em 16 de Fevereiro de 1931 na freguesia de Santa Comba de Regilde, concelho de Felgueiras, distrito e diocese do Porto.

Tendo entrado no Seminário em 1942, concluíu o Curso de Teologia no Seminário Maior do Porto em 1954. Ordenado sacerdote em 1 de Agosto desse ano, foi enviado para Roma onde frequentou a Universidade Gregoriano até 1959, tendo-se licenciado em Filosofia (1956) e em Teologia (1958).

Em 1959 foi nomeado Prefeito e Professor do Seminário do Porto, onde leccionou até 1974. Criado nesta data o Instituto de Ciências Humanas e Teológicas, passou a leccionar neste Instituto até 1979.

Em 1970 foi nomeado Vice-Reitor do Seminário Maior do Porto, com exercício pleno da Reitoria, e em 1975 foi nomeado Reitor, função que exerceu até 1979, data em que foi nomeado Bispo titular de Elvas e auxiliar do Porto. Recebeu a ordenação episcopal em 25 de Março das mãos de D. António Ferreira Gomes, então Bispo do Porto.
Foi ainda professor do Liceu Normal de D. Manuel II (Rodrigues de Freitas), do Instituto de Serviço Social do Porto e do Centro de Cultura Católica.

Assistente diocesano da JUC (Juventude Universitária Católica) de 1962 a 1965, foi também assistente da Pastoral Familiar nas Equipes de Nossa Senhora e na Escola de Pais Nacional, de que foi co-fundador em Portugal e membro do Conselho Pedagógico.

Em 1975 foi nomeado Vigário Episcopal para o Clero e Renovação do Ministério Eclesiástico, e em 1976 Pró-Vigário Geral da Diocese do Porto, após consulta do Prelado ao Clero. Desde 1971 até ser chamado ao Episcopado foi Cónego da Sé do Porto.

Em 27 de Setembro de 1982 foi nomeado Bispo da Diocese de Viana do Castelo, tendo tomado posse em 8 de Dezembro de 1982.

Em 1991 foi encarregado de fazer a visita Apostólica aos Seminários da Província Bracarense, por parte da Congregação para os Seminários e Universidades.

Em 1997 desempenhou a mesma missão nos Seminários de Moçambique, por incumbência da Congregação para a Evangelização dos Povos.

Em 13 de Junho de 1997 foi nomeado Bispo do Porto, tendo tomado posse da Diocese em 29 de Julho.

Armas de Fé

Descrição Simbólica: A estrela de cinco pontas, de oiro, simboliza Nossa Senhora. O crisma simboliza Jesus Cristo. Os laços, a amizade, e o espinheiro ou pilriteiro, o culto a Nossa Senhora; sete, porque é o número da perfeição. A bordadura, a protecção. O ouro, a constância; a prata, a fidelidade; o vermelho, o valor; o azul, a lealdade; a púrpura, a dignidade. Descrição Heráldica Escudo ovalado cortado: I, de prata, crisma de púrpura. II, de azul, estrela de oiro; bordadura de vermelho, carregada de sete laços de espinheiro, de sua cor. Elementos exteriores do escudo, assente sobre uma tarja de prata e azul: Cruz trevada de oiro ladeada pelas insígnias episcopais; a dextra a mitra de branco, enriquecida de oiro e pedrarias e à sinistra o báculo de oiro, virado para a sinistra. Chapéu da dignidade, de negro forrado de verde, ornado de cordões de seda verde, formando três ordens de borlas de verde, seis de cada lado do escudo, postas 1, 2 e 3. Listel branco com a divisa em caracteres maiúsculas a negro: OMNIUM ME SERVUM FECI.

Explicação Teológica

LEMA: Omnium me servum feci (I, Cor 9, 19) O Apostolado é missão e serviço que se destina a concretizar a redenção de Cristo Salvador.

1. Na história e "economia" da salvação, Maria desempenhou um papel de relevo em associação com Cristo, a partir da Anunciação. À palavra e mensagem de Deus Maria correspondeu com fé e obediência livre: "Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a vossa palavra" (Ecce ancilla Domini, fiat mihi secundum verbum tuum) (Lc. 1, 38). A partir deste momento a Virgem Maria "recebeu o Verbo de Deus no coração e no corpo" (L.G. 53), isto é, tornou-se Mãe de Deus redentor; e simultaneamente tornou-se mãe dos homens (membros de Cristo), "porque cooperou com o seu amor para que na Igreja nascessem os fiéis" (S. Agostinho, De S. Virginitate, 6. CF. L.G. 53). Serva do Senhor, totalmente consagrada à Pessoa e à obra do Filho, Maria, pela obediência e disponibilidade, "tornou-se causa de salvação, para si e para todo o género humano" (S. Ireneu, Adv. Haereses, III, 22, 4).

2. Também o profeta Isaías se referiu ao Messias como sendo o servo de Deus: "Eis o meu servo... sobre ele derramarei o meu espírito; ele espalhará a justiça entre as nações" (Is. 42, 1). E de facto, segundo S. Paulo, Cristo, encarnando após a Anunciação do Anjo e a aceitação livre de Maria, tomou a forma ou condição de servo para obedecer até à morte: "Existindo na forma de Deus... aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo" (semetipsum exinanivit, formam servi accipiens) (Filip. 2, 7).

3. S. Paulo apela para a sua qualidade de homem livre e de apóstolo. Lembra os direitos que assistem a um pregador do evangelho, a um apóstolo, mas prefere libertar-se e ser livre em relação a tudo e a todos, para se fazer servo de todos e para todos: "Sendo livre para com todos, fiz-me servo para todos" (Nam cum liber essem ex omnibus, omnium me servum feci) (Cor. 9, 19). Deste modo cumpria as recomendações de Cristo aos seus Apóstolos e imitava o mesmo Cristo (Of. Lc. 22, 25-27 e Mc. 10, 43-45).

4. O novo eleito escolhe e adopta esta condição e disposição: Ser, livremente, servo de todos para exercer o seu ministério ou diaconia. Servo de todos para exercer o ministério episcopal para com todos, na linha de Maria, de Cristo e dos Apóstolos. O brasão de armas de fé de D. Armindo foi concebido pelo Dr. Manuel Artur Norton, da Póvoa de Lanhoso, e desenhado por Eduardo da Cunha Esperança, de Braga.

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