De um dia para o outro Paulo Portas deixou de se preocupar com o rendimento mínimo para eleger como principal preocupação as obras públicas, até porque estas obras segundo diz conduz a um segundo problema que é uma bandeira habitual do CDS, a emigração.
Sabendo-se que o Palácio de Belém tem a porta aberta e o corredor dos jornalistas sempre à disposição de quem quiser atacar o Governo o líder do CDS decidiu "travar" as obras públicas no parlamento, dando-lhe um argumento para pedir uma audiência a Cavaco Silva. Como era de esperar Cavaco deu-lhe a audiência e a oportunidade de falar aos jornalistas a partir do Palácio de Belém, o palco para todos os que estejam disponíveis para ajudar Cavaco Silva em mais um conflito institucional artificial.
Na prática Paulo Portas acabou por fazer um frete a Cavaco Silva e este emprestou a visibilidade da Presidência para que o líder do PSD atacasse o primeiro-ministro. Muito mal vai este país quando o Presidente da República confunde a Presidência com o cargo de primeiro-ministro sombra.
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