“Unidade para mudar Portugal”
A coesão em torno do líder num partido que não é uniforme, é a face visível da unidade de Coelho para o PSD. 13 listas depois Coelho reforça a sua liderança com 87% na sua lista para a Comissão Politica, maioria absoluta para o Conselho Nacional [com Rangel], e sete membros no Conselho de Jurisdição Nacional.
A única “ameaça” à unidade de Coelho vem da Madeira.
"Eu, de facto, não concordo ideologicamente, nem na prática política, com a actual direcção do partido, mas isso não significa que eu vá fazer alguma coisa que seja uma faca nas costas, uma tentativa de conspirar, porque não tenho jeito para conspirar" Alberto João Jardim
No último congresso Jardim presenteou-nos com um exemplo da sua teatralidade, desta feita optou por não comparecer, mas manteve a teatralidade. Passos Coelho vai ao Pontal, mas não será convidado ao Chão da Lagoa. Vejamos, o PSD-M é Jardim, por conseguinte o PSD-M não gosta de Coelho. Luís Filipe Malheiro junta-se à festa e critica assim Miguel Frasquilho, “o elo mais fracos nos discursos de medíocres que andam por aí à solta”.
“Considerado muito próximo de Alberto João Jardim, o também chefe de gabinete do presidente da Assembleia Legislativa da Madeira desafia o “caricato” deputado – que “graças aos seus tachos todos, está bem de vida, ainda por cima com a reforma vitalícia no papo” - a “ter a coragem de propor que as reformas vitalícias sejam imediatamente extintas e que cada um ganhe a reforma a que tem direito e para a qual descontou”.
Malheiro, ex-secretário-geral adjunto do PSD-M, acusa ainda Frasquilho de, devido à sua “capacidade de ‘resistência’, ora passando a mão no pêlo de uma liderança, ora colando-se a outra”, tudo fazer “para garantir, a tempo e horas, os ‘lugarzinhos’ da praxe.”
Defender a privatização do Jornal da Madeira [jornal propaganda do governo regional*] no Sinais de fogo, também não vai ajudar na relação Coelho-Jardim.
O acelerar do processo de revisão da Constituição da República [antes das presidenciais], a revisão do PEC, o ataque à “subsídiocracia”, e o combate à corrupção foram as linhas mestras de Passos Coelho neste fim de semana. Calmo, confiante, simpático, bom gestor da sua imagem, e aparentemente hábil na gestão de forças no PSD... Passos Coelho de vento em popa.
Neste congresso também Menezes foi protagonista de uma “ocasião”, acontece que hoje não há paciência para o Menezes.**
*com isto quero dizer: jornal pouco tendencioso; fiável meio de comunicação social.
**para quem tem paciência: Menezes; Coelho; Capucho.
Por Miguel A. Ferreira
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