«Portugal, através do então ministro da Defesa, Paulo Portas, comprou 26o viaturas blindadas de rodas (VBR) Pandur 8x8, num processo também envolto em polémica pelo resultado e pelo número. Por um lado, a comissão técnica do concurso tinha recomendado o já comercializado modelo Piranha - da empresa suíça Mowag - e a exclusão da Pandur. Entre outras razões, porque a primeira passou nos testes operacionais e a segunda (viatura nova) chumbou.
Mas a comissão classificou a proposta da Steyr em primeiro lugar porque (num negócio de 364 milhões) era inferior em cerca de 12 milhões de euros à da Mowag. Acresce que o fabricante austríaco aceitava o fabrico das viaturas em Portugal - o que permitia salvar, segundo Portas, a Bombardier e os respectivos postos de trabalho.
Outro aspecto curioso nesse concurso foi o número. Segundo a Lei de Programação Militar (LPM) aprovada em Novembro de 2001, o programa das VBR para o Exército previa só 60 viaturas: 10 de reconhecimento e 50 para combate de infantaria. Mas a revisão da lei que se seguiu, já com Portas como ministro, levou à transformação do programa. Na LPM de Maio de 2003 estava inscrita a "aquisição de cerca de 300 viaturas" de emprego imediato nas operações de apoio à paz em que Portugal participa" (o que até hoje não aconteceu).» [DN]
Parecer: Na República Checa há suspeitas de corrupção.
Despacho do Director-Geral do Palheiro: «Fiquemos descansados, com Durão Barroso e Portas a mandar e Ferreira Leite a pagar correu tudo de forma muito honesta.»
Fonte: o Jumento
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