quarta-feira, 31 de março de 2010

Por favor, Sr. Bispo do Funchal










V. Exa Reverendíssima está nesta Região há cerca de dois anos e depressa nos cativou com o sorriso. Depois de vários anos a ver a nossa Diocese a desaparecer e a um crescente divórcio entre crentes e o seu Bispo (só faltava mesmo ser ele a falar de pedofilia e do seu amigo Frederico. Já não lhe bastou a triste figura da época), as nossas esperanças cresceram com a sua vinda. Como tem conhecimento o Jornal da Diocese - Jornal da Madeira transformou-se desde há muito num instrumento político do Governo. Queimam-se desde há muitos anos verbas incríveis anualmente (4 milhões de euros por ano) dinheiro esse com a única finalidade de promover o Governo e asfixiar o concorrente Diário de Noticias. Como é possível V. Exa Reverendíssima assistir a tudo isto e nem uma palavra dizer? Esta postura do Governo com o beneplácito da Diocesse já originou despedimentos o ano passado e V. Exa nem uma palavra de conforto lhes dirigiu, e se o fez então ninguém soube. Acredito que V. EXa Reverendíssima saiba que esta situação não agrada à grande maioria dos católicos e então porque se mantém como se nada acontecesse? O pior cego é aquele que não quer ver...

Por favor, Senhor Bispo, demarque-se deste escândalo que são aqueles milhões a serem desbaratados anualmente num meio de informação que só serve o poder. Asseguro-lhe que ganhava o respeito da grande Comunidade Católica que considera isto uma vergonha e acima de tudo não era conivente num projecto de asfixiamento de um meio de Comunicação Social. Fingir que não vê é pior emenda que o soneto.

E não há maneira de fingir que não vê. Os partidos da oposição na Assembleia Regional têm denunciado a situação que o Sr. Bispo bem conhece. Ainda agora, pelo que lemos há um projecto para se inspeccionar a situação do Jornal da Madeira e os dinheiros que são gastos ali desde há tantos anos.

Como os próprios deputados da oposição dizem esse projecto é mais um para morrer na gaveta como tantos outros que já vimos serem esquecidos propositademente pelas forças da maioria na Assembleia. Não faz confusão a maioria fazer isso ao lado da Igreja? Pensávamos que o Sr. Bispo ia acabar com as misturas da política com a religião. Bem Haja.

Por :Armando S. Silva

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