"O dr. Alberto João Jardim viu-nos e ficou irritado". A garantia foi dada ao DIÁRIO pelo vereador do PND na câmara do Funchal, Gil Canha, um dos quatro auto-intitulados "cavaleiros do apocalipse", que ontem se manifestaram à porta do Conselho de Estado, em Belém. Por isso pode-se dizer que o objectivo foi cumprido. Abrigados numa paragem de autocarro, Eduardo Welshe, Baltasar Aguiar, Gil Canha e José Manuel Coelho mostraram uma faixa com a frase: "Ajudem à Madeira, mas não dêem dinheiro ao Bokassa", numa alusão ao ditador africano com quem Jaime Gama comparou Jardim há uns anos.
Perante os holofotes da comunicação social, José Manuel Coelho gritou palavras de ordem contra os despesismo de Jardim. "O regabofe tem de acabar", alertou. E prosseguiu: "O senhor Alberto João Jardim quer é dinheiro para alimentar a sua clientela política, manter a sua máquina de propaganda, manter a sua assembleia regional que custa 17 milhões de euros por ano e não funciona". Os gastos com o futebol e com o 'Jornal da Madeira' também foram criticados na pequena manifestação. Baltasar Aguiar acusou ainda o presidente do Governo Regional de só ir a Lisboa para estender a mão. "O doutor Alberto João Jardim nunca vem aos conselhos de Estado. Desta vez veio por causa do vil metal. E nós cá viemos também chamar à atenção para isso", apontou. O dirigente revelou ainda não estar "do lado de Sócrates, mas dos madeirenses". Baltasar Aguiar gostava que a LFRA tivesse mecanismos que controlassem onde o dinheiro é gasto. Questionado pelo DIÁRIO se isso não é uma atentando contra a autonomia, o deputado do PND garantiu que não. "A maior rubrica das transferências visa combater a insularidade, mas o dinheiro não vai para aí", revelou. "Depois da luta", os 'cavaleiros' foram descansar e compor o estômago nos famosos pastéis de Belém.
Fonte:http://www.dnoticias.pt/Default.aspx?file_id=dn04010109040210&id_user=
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