segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

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Vânia Jesus "deixou cair as bandeiras da JSD"
















De saída da presidência da Comissão Política da JSD-Machico, Victor Ruel considera-se "injustiçado" pela liderança de Vânia Jesus e alerta para as consequências da perda de bandeiras e da acumulação do cargo com as funções de deputada na Assembleia da República.

"Há iniciativas que estão por fazer e que eram importantes bandeiras da JSD-M... é o caso da Festa da Juventude e dos congressos no Porto Santo", afirma.

No balanço do quinto mandato na presidência da Concelhia de Machico, Victor Ruel diz não ter dúvidas de que a sua relação com a actual direcção da 'jota laranja' foi determinada pelo facto de ter integrado o projecto de Francisco Nunes cuja candidatura foi retirada em benefício de Vânia Jesus. "Sinto que fui injustiçado, apenas por não me enquadrar no projecto da Vânia", afirma.

Ruel garante que o 'frisson' com a actual líder não prejudicou a concelhia de Machico, uma estrutura com grande capacidade negocial - são 516 os militantes actuais - e representada na Comissão Política da JSD-M com um elemento.

O jovem social-democrata afirma, contudo, ter-se sentido "triste" em várias situações, nomeadamente aquando da circulação de um abaixo-assinado contra Vânia Jesus.

"Obviamente que me senti triste por ter sido associado a esse movimento pela líder, quando na verdade eu soube do abaixo-assinado pela comunicação social", declara.

Ruel cujo currículo acumula 5 vitórias, passou por três lideranças distintas e não hesita em eleger Jaime Filipe Ramos como o melhor presidente. De Nivalda Gonçalves, o social-democarata destaca iniciativas como a 'Universidade Jota Autárquica'. Já a actual direcção, exclama, ainda não teve nenhuma medida marcante. "O que fez Vânia Jesus? Isso é um ponto de interrogação", ironiza.

Numa conjuntura em que até Alberto João Jardim está preocupado com os níveis de abstenção, Ruel teme que o facto de a líder da JSD ser também deputada na Assembleia da República esteja a contribuir para um maior afastamento dos jovens para com a estrutura.

O presidente da Concelhia da JSD-Machico diz ter a percepção dos contactos mantidos com os militantes que a acumulação de cargos não tem sido benéfica para a 'Jota', no que ao dinamismo diz respeito.

Ruel, que não se recandidata em Machico por ter atingido o limite de idades, acredita que a proximidade com as bases e com a população é fundamental para a conquista de novos militantes e diz ter sido essa uma das suas preocupações.

Na hora da despedida, o social-democrata atribui parte do "sucesso" da sua liderança ao apoio das estruturas locais do PSD e ao empenho da sua equipa.


Machico disputado

Espera-se que sejam pelo menos duas as listas por Machico a concorrerem às eleições dos órgãos locais da JSD/M.

Oficial é, para já, a candidatura de Magna Mendonça, uma militante da 'Jota' com 28 anos. Em Machico, fala-se também do possível avanço de Carlos Maurício, de 29 anos.

Para Victor Ruel que está de saída, a existência de mais do que uma lista é sinal de vitalidade da estrutura local e deve ser encarado com absoluta normalidade.
Patrícia Gaspar

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