segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Todos têm o direito a ter o seu Kim Il Sung.





















'Único importante' com o dinheiro dos outros

Não é normal alguém se intitular de único importante. Bem sabemos que no manicómio os seus doentes costumam afirmar, uns que são importantes, outros que são o Papa, havendo também aqueles que dizem ser o Napoleão. Estas e outras afirmações curiosas são proferidas por pacientes com graves problemas de saúde mental.

Mas que há gente importante, lá isso há. Um indivíduo que é patrão de dezenas de clubes de futebol profissional e, dessa maneira, derrete elevadas somas de dinheiro dos contribuintes (qual crise) é, concerteza, importante. Um político que seja mestre do insulto e da arruaça, sem receber o devido troco de volta, é importante. Uma criatura chamar publicamente "f. da p." aos jornalistas e o Presidente da República de então ter demonstrado medo em comentar o assunto, demonstra que quem insultou os jornalistas é muito importante. Há criaturas que sozinhas são mais temidas do que a PIDE toda junta, polícia política que o ex-Chefe de Estado bem conheceu e ousou enfrentá-la. Um indivíduo com funções públicas e que pede aos jovens da sua terra para se comportarem como a máfia, só pode ser muito importante. Viajar às escondidas à conta do Zé Pagode é para gente importante.

Fazer gestão danosa permanente de dinheiros públicos (é crime) e andar por aí à solta é obra e significa que se é muito importante.

Usurpar instalações desportivas importantes que o Estado adquiriu há longos anos para uso fruto da população e entregar a um clube desportivo é ser-se importantíssimo.

O Governo da República fez uma lei sobre o consumo do tabaco que não sendo famosa, mesmo assim, minimizava os efeitos do consumo do tabaco. Toda a gente sabe que o consumo do tabaco é bastante prejudicial à saúde dos cidadãos e as próprias embalagens dos cigarros avisam que o tabaco mata. E então não é que alguém com importância arranja uma lei que é para o tabaco matar ainda mais depressa? Digamos que estamos na presença de alguém com importância divina. Ajudar a rebentar com a saúde dos cidadãos não está ao alcance de todos.

Mas o supra sumo da importância é possuir um jornal de propaganda (pago pelos contribuintes) que todos os dias traz fotografias do dono, na primeira página, na última página, nas páginas interiores, onde o patrão e os escribas residentes escrevem numa descarada manipulação da opinião pública regional, sendo que este pasquim não tem a noção do ridículo, tudo isto com a colaboração do Bispo do Funchal, que foi colocado nesta terra para servir a Igreja e não aqueles que se servem também da Igreja Católica para subjugar e manipular a maioria dos cidadãos desta terra.

Todos têm o direito a ter o seu Kim Il Sung.
Importante é a família e os amigos e nunca políticos rascas, medíocres e imcompetentes.

A.G.Mendonça - Data: 21-08-2009 - Cartas do leitor - Diario de Noticias Madeira

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