terça-feira, 3 de novembro de 2009

A sensação de ser dador de sangue






















Quero aqui deixar o meu testemunho real, que aliás começou por uma causa muito conhecida entre nós madeirenses, de um filho da nossa terra, o menino "Rodrigo", e aproveito para apresentar o meu pesar e o meu bem haja à luta diária, à força e dedicação dos seus pais pela sua sobrevivência, mas que muitas vezes essa luta tem um final menos feliz, mas que foi sem dúvida de louvar todo o empenho e esforço desses GRANDES PAIS.

O meu testemunho vem na sequência deste conhecido caso, quando pela primeira vez me inscrevi no Centro de Histocompatibilidade do Sul para dador de medula óssea, em Março de 2009. Este meu percurso começa no dia 29 de Maio de 2009, quando no Centro Hospitalar do Funchal pelas 9h30 da manhã me dirigi ao banco de sangue, onde encontrei duas enfermeiras extraordinárias, que vieram ao meu encontro, pois iria efectuar a recolha de sangue para efectuar as análises de caracterização da medula óssea e quando de repente me deparei com a sala de dadores de sangue.

Uma vez que me "tocou" todo aquele funcionamento e o porquê de existir este serviço (se assim se pode chamar), pois como é do conhecimento de todos, o sangue não se fabrica artificialmente, só o Ser Humano o pode dar. Como tal, o sangue existente nos serviços de sangue dos Hospitais depende diariamente de todos os que decidem dar sangue, de forma benévola e regular, partilhando um pouco da sua saúde com quem a perdeu.

De imediato pedi para me mostrarem as instalações, o seu funcionamento, os direitos e deveres de um dador, e logo de seguida uma enfermeira disponibilizou-se para me mostrar a sala, a pequena copa de apoio, o que realmente me impressionou, a sua comodidade e conforto que é dado aos utentes que estão ali a dar só cerca de 450ml de sangue o que poderá ajudar em muitas causas que um dia poderá servir também para nós ou algum nosso familiar.

Vendo o meu entusiasmo, a enfermeira que me acompanhava perguntou: " Não quer dar sangue?".

De imediato e quase sem hesitar, prontifiquei-me a ser "Dador de Sangue".

Quero aqui dizer que, desde o primeiro dia, tenho sido muito acarinhado por todos os profissionais de saúde que ali estão, desde médicos, enfermeiros, auxiliares e administrativos pela sua simpatia e carinho que nos transmitem, cada vez que vamos doar aquela pequena porção de sangue que para nós é pouco mas que será uma grande dádiva para muitos.

Sem dúvida que ganharam um dador que cada vez que se apresenta neste serviço do nosso Hospital sente uma enorme satisfação em fazê-lo, e tenho conseguido através da divulgação deste grande serviço levar outras pessoas até lá a fazerem o mesmo que eu fiz.

É uma sensação inexplicável, quando saímos do banco de sangue, a nossa auto-estima fica mais valorizada, devido à causa nobre que ali viemos fazer.

Este reconhecimento serve para evidenciar, junto da população em geral, o valor social e humano da dádiva de sangue, estimulando a sua prática e tornando mais conhecida a sua imprescindibilidade.

Um dador.

Carlos Bruno França Vasconcelos

Fonte:http://www.dnoticias.pt/Default.aspx?file_id=dn04010502031109&id_user=

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