terça-feira, 19 de maio de 2009

Deputado da bandeira nazi prefere trabalhos forçados na prisão a serviço comunitário







Funchal, 19 Mai (Lusa) - O ex-deputado do PND Madeira, José Manuel Coelho, recusou hoje em audiência no tribunal de Santa Cruz prosseguir o cumprimento da pena de trabalho comunitário a que foi condenado em 2003 pelo crime de difamação.
A juíza deste tribunal, Susana Mão de Ferro, ordenou hoje a detenção de José Manuel Coelho para garantir que este compareceria em tribunal visto que havia faltado a uma notificação judicial para informar se iria continuar a prestar o trabalho comunitário como pintor na câmara municipal do Funchal ou preferia cumprir os três meses de prisão a que fora sentenciado há seis anos, que poderiam ser substituídos por uma multa a cinco euros por dia.
O ex-deputado suspendeu o trabalho comunitário quando assumiu funções parlamentares na Assembleia Legislativa da Madeira, cargo que já deixou de exercer no princípio deste ano, sendo substituído por Baltasar Aguiar.
José Manuel Coelho em 2003 foi condenado pelo crime de difamação, por distribuir panfletos denunciando alegados casos de corrupção do ex-presidente da câmara municipal de Santa Cruz e criticas ao PSD/Madeira.
O ex-deputado que exibiu a bandeira nazi no parlamento madeirense, justificou a sua decisão com o argumento de que estava a ser "alvo de perseguição politica por parte da juíza do tribunal da comarca de Santa Cruz", situação que solicitou ficasse registada em acta, acrescentando que "preferia cumprir a pena em trabalhos forçados na prisão".
Disse também em audiência discordar do mandado de captura, considerando desnecessário o recurso a este meio para garantir a sua presença naquela instância.
O tribunal de Santa Cruz remeteu uma decisão para depois do Ministério Público se pronunciar sobre as acusações do arguido à juíza responsável por este processo.
José Manuel Coelho voltou pela segunda vez à sala de audiências, para ouvir uma outra sentença de um processo crime, igualmente por difamação contra o mesmo autarca e a juíza Joana Dias, julgado pela juíza Rosa Aguiar Moura, cuja leitura ficou adiada para 04 de Junho devido à falta do relatório do Instituto de Reinserção Social.
Em declarações à agência Lusa, José Manuel Coelho, declarou: "eu estava a vestir-me para ir ao julgamento das 14:00 quando apareceram dois polícias com o mandado de captura. Acompanhei-os e fiquei na esquadra de Santa Cruz, onde acabei por almoçar com os dois agentes um magnifico bacalhau à Gomes de Sá".

EC/AMB

Com a devida vénia à Agencia Lusa )

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