quinta-feira, 26 de março de 2009

PARABÉNS Prof. Virgílio Pereira

"A alternância no poder é um pilar da democracia"

Virgílio Pereira apoia afirmações de Monteiro Diniz e defende limite de mandatos






















Histórico do PSD-M reconhece que 33 anos do mesmo partido no poder afectam a qualidade da democracia na Madeira.

O Representante da República afirmou, depois da audiência com Jaime Gama, que um dos problemas da democracia, na região, é o facto de apenas um partido exercer o poder, desde 1976. Algo que resulta da "vontade do povo da Madeira", como sublinhou Monteiro Diniz, mas que afecta a vida política regional.

Uma leitura que é apoiada por um militante histórico e fundador do PSD-M. Virgílio Pereira concorda, "em absoluto", com Monteiro Diniz e lembra que é isso que tem afirmado, "ao longo de muitos anos", na comunicação social madeirense.

"Para mim, a alternância no poder é um dos pilares de sustentação da democracia e a possibilidade de uma melhor qualidade dessa democracia", afirma.

Tal como o Representante da República, lembra que a alternância de poder só pode ser decidida "pelo eleitorado". Virgílio Pereira lança algumas questões, nomeadamente se a alternância deve ser, apenas, "no seio do partido" do poder, ou com partidos diferentes.

Monteiro Diniz também fez referência ao facto de, além de ser o mesmo partido a governar a Região desde 1976, desde 1978 que o Presidente do Governo Regional também é o mesmo: Alberto João Jardim.
Limites para todos Virgílio Pereira não tem dúvidas em afirmar que "a limitação de mandatos deveria fazer parte da lei geral portuguesa". Sobretudo porque, garante, "traria um fundo de verdade".

Limitar o número de vezes em que um político se pode candidatar a um cargo, sucessivamente, é algo que, para o ex-Presidente da Câmara Municipal do Funchal, deveria ser aplicado "desde o mandato do Presidente da República, como já é, passando pelo de primeiro-ministro e pelas outras governações". Uma lista da qual, "evidentemente", não exclui o cargo de Presidente do Governo Regional.

"A limitação de mandatos deveria entrar na própria sociedade civil, nas corporações, nos sindicatos, nas associações desportivas", justifica.

No entanto, mais uma vez, recorda que tudo, inclusive a manutenção dos mesmos políticos no poder, depende da vontade do eleitorado. "Se querem assim... Para mim, no entanto, é óbvio que a qualidade da democracia melhoraria".

Embora apoie as críticas à falta de alternância, Virgílio Pereira faz um reparo: "Só vejo preocupações de certos comentadores, políticos e comunicação social, em relação à Madeira e não vejo preocupações com outros casos".


Jorge Freitas Sousa

Com a devida vénia DIÁRIO DE NOTÍCIAS DA MADEIRA

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