
MANUEL MONTEIRO escreve aos MILITANTES
Cara (o) Militante
A hora que vivemos é, todos o sabem e dizem, de profunda crise. A situação nacional é grave e o facto de alguns o quererem esconder, não anula a realidade. Todavia a classe política que nos representa, demonstra não ter capacidade para enfrentar os nossos problemas. Atolada na corrupção, refém do compadrio que gerou, incapaz de definir estratégias e interessada em manter o sistema político actual, maioria e oposições parlamentares entretêm – se num jogo do faz de conta, enquanto os cidadãos sofrem e se interrogam sobre o futuro.
Ao nível político está provado que temos um Presidente que nada manda, um Parlamento que pouco dignifica a democracia e um Governo que tudo e todos controla, apresentando para combater a crise mais subsídios e apenas obras públicas.
Ao nível económico, e depois dos inúmeros crimes cometidos após o 25 de Abril e durante os anos em que recebíamos fundos comunitários, contra as Pescas, a Agricultura, a Floresta, a Indústria tradicional e o Comércio, assistimos a uma ausência gritante de um plano capaz de definir um rumo.
Ao nível financeiro, a despeito de tantas e tantas declarações e investigações, continua a incerteza sobre a solidez de muitos dos nossos Bancos, apesar dos ordenados mais do que milionários, que administradores e gestores mantêm. Estamos numa encruzilhada sem precedentes e há quem comece, em surdina, a questionar a viabilidade de Portugal se manter como Estado independente. Nunca como agora estivemos tão frágeis, tão indefesos, tão inseguros. E nunca como agora necessitamos de ser firmes e de não desistir. O nosso partido, a Nova Democracia, tem razão! Tem razão, quando propõe o Presidencialismo, para acabar com este sistema de meias tintas; tem razão, quando defende candidaturas de cidadãos independentes à Assembleia da República, para terminar com o monopólio e a ditadura dos partidos responsáveis pela podridão em que vivemos; tem razão, quando ataca os corruptos e os políticos que se escondem atrás do segredo de justiça, para se manterem impunes sem terem de justificar as fortunas que adquiriram; tem razão, quando sustenta a protecção das nossas empresas contra a concorrência desonesta e desleal; tem razão, quando coloca em primeiro lugar Portugal e os seus legítimos interesses. Nunca como agora a nossa existência foi tão oportuna. Os portugueses precisam de uma voz diferente, patriótica, livre e honesta. Nós somos essa diferença e transportamos connosco o patriotismo, a liberdade e a honestidade. Vamos por isso fazer um Congresso. No dia 31, deste mês, com início às 10h, na Cidade do Porto, no Hotel Tuela. E nesse Congresso vamos definir a melhor forma de nos dirigirmos aos eleitores e vamos eleger um novo Presidente. Eu não abandono a Nova Democracia e sinto – me honrado por estar aqui, ao seu lado, consigo. Entendo no entanto, que a minha dedicação a este projecto passa agora por um empenho activo, muito activo, numa candidatura a deputado pelo Círculo de Braga e que isso implica a eleição de um novo Presidente capaz de a todos nos conduzir, neste ano eleitoral decisivo para a mudança. Saio de um lugar à frente, mas estou e estarei ao lado, na defesa de valores, de princípios, de novas soluções para a Pátria a que me orgulho de pertencer. Escrevo – lhe pedindo a sua presença no Porto. Durante um dia, apenas um dia, vamos gritar por Portugal e dizer que ainda nos corre nas veias a coragem que os nossos antepassados tiveram para erguer esta Nação valorosa. Vamos dizer aos corruptos, aos donos do regime, aos destruidores da nossa economia, que não os tememos e que daremos luta. Chegou a Hora de dizer Basta e de dizer Presente! Vamos honrar o trabalho iniciado por Baltasar Aguiar, com a sua eleição para deputado, na Madeira, e vamos juntos dizer no Continente que a nossa eleição para a Assembleia da República será o início de uma caminhada, para a instauração de um novo regime político. Conto consigo, com a sua força, com a sua determinação. O nosso partido é para pessoas de coragem e destemidas. Eu sei que quando aderiu à Nova Democracia provou ser diferente. E por isso também sei que a (o) terei ao meu lado, no dia 31, no Porto.
Até lá.
Receba um abraço do Manuel Monteiro
Lisboa, Janeiro de 2009
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