quarta-feira, 24 de setembro de 2008

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Manuel Monteiro defende círculos uninominais










«A maior parte não sabem de facto quem são os eleitos pelo distrito, temos sistema iníquo, fraudulento e falido », afirmou Manuel Monteiro,
mostrando-se convencido que «se se repetir esta iniciativa noutras partes da cidade e noutros concelhos do distrito e, eventualmente, noutros distritos do país, é provável que esmagadoramente a resposta seja também “não sei”, “não conheço”, “não me lembro”». Neste inquérito, dos cerca de 200 participantes, 70 por cento não se lembra ou não conhece nenhum deputado, 21 por cento identificou políticos errados – como Mesquita Machado, Ricardo Rio, Miguel Brito, Santana Lopes, António Costa, Fernando Reis ou José Manuel Fernandes – e só 16 pessoas responderam nomes de verdadeiros eleitos, dos quais cinco identificaram o parlamentar Agostinho Lopes, que acabou, assim, por ser “o mais conhecido”. Segundo o líder da Nova Democracia, esta situação «prova a falência e a fraude do nosso sistema político e eleitoral, em que os partidos pedem aos eleitores que depositem cegamente o seu voto, escondendo os candidatos por detrás do círculo». Deputados “pára-quedistas” Monteiro apontou também que o distrito de Braga «tem um deputado que é ao mesmo tempo presidente da Assembleia Municipal de Loulé, Patinha Antão; elegeu como cabeça de lista do PSD, Luís Filipe Menezes, que é o presidente da Câmara Municipal de Gaia; e como número dois do Partido Socialista um homem que é o actual ministro do Emprego e da Solidariedade, que é o actual ministro do Emprego, o que não deixa de ser curioso num distrito tão flagelado pelo desemprego». «Isto é demonstrativo de um conjunto de pessoas que são candidatas “à boleia” e por detrás do símbolo de um partido político», refere o presidente da PND, explicando que a iniciativa pretendeu «provocar o sistema». «Braga tem 18 deputados eleitos e apenas pedimos que escreva três, mas aquilo que temos constatado é que a maioria avassaladora nem um nome é capaz de escrever», frisou. Círculos uninominais não interessam… A maioria das pessoas desconhece completamente quem são os deputados que elegeram para a Assembleia da República e o trabalho que estes fazem ou não. Este foi o resultado de um inquérito aos transeuntes, realizado anteontem na Avenida Central, pelo Partido da Nova Democracia, com a presença de Manuel Monteiro, que denunciou ainda o facto de muitos terem-se servido do distrito como “barriga de aluguer”, estando, agora, a exercer funções que não têm nada a ver com as funções para que foram eleitos. Sobre a solução para alterar esta situação, Manuel Monteiro pensa que deveria existir «um sistema misto, uma lista única nacional, com os partidos, e listas uninominais, onde paralelamente se desse oportunidade às pessoas de conhecerem, puderem apoiar ou criticar e saberem a quem pedir contas pelo seu desempenho». «Com o actual sistema continuamos a ter uma Assembleia da República de ilustres desconhecidos, em que a maioria dos 230 deputados não é conhecida dos portugueses, logo não pode haver empatia entre o cidadão e o deputado», acrescentou o líder partidário, lamentando a falta de vontade de alterar a lei. «Há possibilidade de alterar a lei, mas não lhes interessa verdadeiramente. Repare que, desde que a Constituição foi aprovada em 1976, só na revisão de 1997 é que foram permitidas listas independentes às Câmaras Municipais, até aí era o monopólio dos partidos. Também deveria ser possível listas de cidadãos independentes concorrerem à Assembleia da República», apontou.

Fonte: http://www.demoliberal.com.pt/

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