terça-feira, 5 de agosto de 2008

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A leitura deste artigo de opinião








Pobres e mal-agradecidos

... 2 O Estado assistencial deu mais 256 milhões de euros à Região Autónoma da Madeira, nisso gastando 80% das verbas disponíveis no programa 'Pagar a Tempo e Horas', o qual visa contemplar as dívidas das duas Regiões Autónomas e de todos os 310 concelhos do país. A Madeira levou 80% de todo esse dinheiro e com isso o Governo de José Sócrates passou uma esponja sobre o 'endividamento zero' da Região, que havia sido instituído por Manuela Ferreira Leite e jamais cumprido pela Região. Já Guterres, no seu tempo, tinha posto a zeros a dívida acumulada pelo Governo de Jardim, contra a solene promessa de vida nova daí em diante. Mas, de cada vez que o Estado cobre as dívidas de Jardim, sucedem imediatamente duas coisas: ele desata a gastar dinheiro à tripa forra outra vez e renova os seus insultos ao governo que lhe perdoou a dívida. De cada vez que Lisboa paga, Jardim vê isso como um acto de fraqueza e a promessa de que Lisboa pagará sempre, por mais que ele gaste e por mais que ele insulte.
Desta vez, porém, parece que Jardim foi estranhamente brando, na ocasião daquela fantochada alcoólicodegradante que é o Chão de Lagoa, e, por isso, inventou mais um comício para Porto Santo onde promete então soltar a sua verborreia toda. Anunciou-o mesmo em comunicado oficial, onde mostra a sua irritação por o 'continente' não ter prestado a devida atenção às palavras de sua eminência no Chão de Lagoa. Mas já aquela inqualificável figura chamada Jaime Ramos, n.º 2 da coisa, não se coibiu de nos dizer que 'quem quer ilhas no Atlântico, tem de pagá-las'.
A questão é justamente essa: é que ninguém nos perguntou se queremos ilhas no Atlântico, sobretudo uma ilha que o sr. Jardim em tempos classificou como "uma prostituta cara". Uma ilha no Atlântico que seja, para todos os efeitos legais, território nacional, que possa beneficiar da solidariedade da nação que o seu isolamento justifica, isso eu não me importo de ter. Mas uma prostituta cara à deriva no Atlântico, sempre a morder a mão que lhe dá de comer, eu não quero. Quem é que quer pagar impostos para o sr. Jaime Ramos e essa gente?...

Fonte: Expresso

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