Malheiro explica a sua posição considerando que “o PSD está cegamente refém da liderança de Passos Coelho”, reeleito antes do congresso. “O PSD sabe que os tempos actuais não se compadecem com hipocrisias ou encenações, com o culto da personalidade ou com aquela irritante ideia de que elegemos, não políticos normais, vulgares e vulneráveis, que prometiam ser diferentes dos que lhes antecederam e fazer o que pelos vistos não podem cumprir, mas antes uma espécie de clones desse passado, auto-promovidos a 'deuses' menores de coisa nenhuma, apostados em serem rigorosamente mais do mesmo, nada mudando no essencial face ao passado, até na vil propaganda ou na manipulação da informação”.
Em artigo de opinião publicado hoje no governamental Jornal da Madeira, este membro da comissão política regional do PSD e chefe de gabinete do presidente da Assembleia Legislativa da Madeira retoma algumas críticas à direcção nacional feitas por Alberto João Jardim na moção que apresentou ao congresso para “marcar território” e “reafirmar a autonomia do PSD no seio do partido”.
Considerado muito próximo do líder madeirense e muitas vezes porta-voz das suas posições, Malheiro lembra que “o PSD de Passos Coelho protagonizou, no último processo eleitoral regional, procedimentos absolutamente intoleráveis que ameaçaram a campanha e os objectivos dos social-democratas madeirenses”, a que se juntou “a forma lamentável e abjecta como reagiu à vitória de uma sua estrutura regional, com o secretário-geral protagonista desse momento absolutamente idiota, a ler o que parecia ser mais um penoso discurso de funeral, do que a realçar uma vitória eleitoral arrancada a ferros e naquela que foi a conjuntura política regional mais difícil de todas”. Recorda também “o comportamento de Passos Coelho, já como governante, no que ao processo negocial com a Madeira diz respeito”, em que “não revelou uma atitude de solidariedade (que nada tem a ver com o pagamento da dívida) ou de compreensão para a nossa realidade insular, impondo-nos, repito, impondo à região um modelo assente no próprio modelo de recuperação das contas públicas nacionais, que todos dizem estar condenado ao fracasso e que apenas tem gerado mais miséria, desemprego, falências, pobreza e endividamento”.
Malheiro critica Passos Coelho pelo que “fez com o IVA ou as hesitações com o CINM [Zona Franca], a par da tentativa de humilhação da região” no processo negocial, “a forma como deliberadamente é mantida a Madeira, durante estes dois meses, sem dinheiro para pagar seja o que for, contrastando com a pouca-vergonha que se passa com o BPN”. E “por muito que tentem lavar as mãos, quais Pilatos, eles sabem que a carta de intenções bem como todas as medidas constantes do acordo financeiro, assinado pela Madeira (o desespero financeiro não deixou alternativas), foram impostas por Lisboa”. No fundo, conclui Malheiro, “tal como as medidas constantes do ´memorando de entendimento´ negociado pelos socialistas e que foram impostas pela troika não tendo nada a ver com aquilo que Sócrates queria, sobretudo em vésperas de eleições legislativas. Acabem com essa mentira”.
Opositor de eleições directas, Luís Filipe Malheiro diz temer que “o PSD acabe por se comportar como a mulher marcada pelos anos que recusa aceitar o peso da idade e o desgaste, e que sabe, mas não aceita, que nunca irradiou qualquer beleza, mas que todos os dias se convence do contrário”. E aponta o motivo: “Porque se olha ao espelho e não percebe que, em vez de se ver a si própria, se confronta com uma imagem prévia e repetidamente ali projectada, de uma qualquer outra mulher, mais jovem, atraente e de inegável beleza, mas retocada com recurso ao Photoshop”.
Fonte: Publico
Em artigo de opinião publicado hoje no governamental Jornal da Madeira, este membro da comissão política regional do PSD e chefe de gabinete do presidente da Assembleia Legislativa da Madeira retoma algumas críticas à direcção nacional feitas por Alberto João Jardim na moção que apresentou ao congresso para “marcar território” e “reafirmar a autonomia do PSD no seio do partido”.
Considerado muito próximo do líder madeirense e muitas vezes porta-voz das suas posições, Malheiro lembra que “o PSD de Passos Coelho protagonizou, no último processo eleitoral regional, procedimentos absolutamente intoleráveis que ameaçaram a campanha e os objectivos dos social-democratas madeirenses”, a que se juntou “a forma lamentável e abjecta como reagiu à vitória de uma sua estrutura regional, com o secretário-geral protagonista desse momento absolutamente idiota, a ler o que parecia ser mais um penoso discurso de funeral, do que a realçar uma vitória eleitoral arrancada a ferros e naquela que foi a conjuntura política regional mais difícil de todas”. Recorda também “o comportamento de Passos Coelho, já como governante, no que ao processo negocial com a Madeira diz respeito”, em que “não revelou uma atitude de solidariedade (que nada tem a ver com o pagamento da dívida) ou de compreensão para a nossa realidade insular, impondo-nos, repito, impondo à região um modelo assente no próprio modelo de recuperação das contas públicas nacionais, que todos dizem estar condenado ao fracasso e que apenas tem gerado mais miséria, desemprego, falências, pobreza e endividamento”.
Malheiro critica Passos Coelho pelo que “fez com o IVA ou as hesitações com o CINM [Zona Franca], a par da tentativa de humilhação da região” no processo negocial, “a forma como deliberadamente é mantida a Madeira, durante estes dois meses, sem dinheiro para pagar seja o que for, contrastando com a pouca-vergonha que se passa com o BPN”. E “por muito que tentem lavar as mãos, quais Pilatos, eles sabem que a carta de intenções bem como todas as medidas constantes do acordo financeiro, assinado pela Madeira (o desespero financeiro não deixou alternativas), foram impostas por Lisboa”. No fundo, conclui Malheiro, “tal como as medidas constantes do ´memorando de entendimento´ negociado pelos socialistas e que foram impostas pela troika não tendo nada a ver com aquilo que Sócrates queria, sobretudo em vésperas de eleições legislativas. Acabem com essa mentira”.
Opositor de eleições directas, Luís Filipe Malheiro diz temer que “o PSD acabe por se comportar como a mulher marcada pelos anos que recusa aceitar o peso da idade e o desgaste, e que sabe, mas não aceita, que nunca irradiou qualquer beleza, mas que todos os dias se convence do contrário”. E aponta o motivo: “Porque se olha ao espelho e não percebe que, em vez de se ver a si própria, se confronta com uma imagem prévia e repetidamente ali projectada, de uma qualquer outra mulher, mais jovem, atraente e de inegável beleza, mas retocada com recurso ao Photoshop”.
Fonte: Publico
Sem comentários:
Enviar um comentário